31/03/2008

Um verdadeiro mãos largas, este Castro

PUBLICO - Raúl Castro autoriza cubanos a frequentar hotéis para estrangeiros

-Depois de autorizar os cubanos a adquirirem telemoveis e computadores, Raul Castro permite agora que os cubanos possam hospedar-se nas unidades hoteleiras, até aqui exclusivamente destinadas ao turismo. Um destes dias, ainda serão autorizados a comprar peixe, carne ou medicamentos nas farmácias, fora das senhas de racionamento que o governo atribui a cada família, em função das necessidades básicas de subsistência decretadas pelo regime. A ortodoxia comunista terá de ter cautela com eventual continuação desta política de Raul Castro, pois isto poderá ser o começo da glassnost versão cubana, acabando numa perestroika caribeña, o que deixaria desgostosos cá no burgo, muitos adeptos da "revolução".

Causa justa

Petição a favor da aprovação pela Assembleia da República de uma moção que condene a Violação dos Direitos Humanos e da Liberdade Política e Religiosa no Tibete.
Caso esteja de acordo, assine.

Declarações incómodas ou oportunistas?

-Jaime Gama, presidente da Assembleia da República, o mesmo que há uns anos apelidou de Bokassa Alberto João Jardim, proferiu agora elogios ao líder social democrata madeirense, considerando-o um exemplo de lutador, com obra feita, uma referência em termos de poder local. Desconheço o exacto contexto, em que Jaime Gama proferiu estas palavras, pormenor que por vezes é importante, mas as mesmas não poderiam deixar de causar incómodo no PS Madeira, como demonstra esta reacção. Um político experiente como Jaime Gama, não profere declarações deste teor inadvertidamente, resta saber se pretendia atingir a actual liderança do PS Madeira, ou a liderança do PSD nacional, da qual Alberto João Jardim se tem vindo progressivamente a distanciar, havendo também que levar em consideração a próxima visita de José Socrates á região, estratégias mais importantes para o PS nacional no imediato, que se mantém no mais absoluto silêncio, do que combater Alberto João Jardim, já que eleições no arquipélago só em 2011, e provavelmente com outra liderança no PSD Madeira.

30/03/2008

Mais uma (des)União Europeia

PUBLICO - UE fragilizada para negociar política de vistos com Washington

-Mais uma vez se coloca em causa a necessidade dum tratado político, numa união que não passa duma associação comercial de interesse comum. Como se poderá aprofundar politicamente o funcionamento duma união, quando não raras vezes, cada estado limita-se a defender os seus interesses? Então quando se trata de negociar com Washington ou Pequim, não existe de todo qualquer U.E., como de resto no Kosovo ou Tibete, para falar apenas nas questões mais recentes. Antes de partirem para qualquer tratado, os políticos europeus deveriam começar por ponderar, se existe algum sentimento de ser-se Europeu, a começar nos próprios, e será fácil de constatar que tal sentimento não existe.

Que sindicalismo é este?

PUBLICO - Carvalho da Silva: "Diabolização" do sindicalismo é "erro estratégico"

-Para Carvalho da Silva, as alterações á legislação laboral, não devem ser feitas sem acordo dos sindicatos, porque em sua opinião estes representam os trabalhadores, estão no terreno, pelo que não será possivel construir um saudável ambiente laboral numa lógica de confrontação. Acontece que o actual sindicalismo português, não é representativo dos trabalhadores deste país, mas apenas duma minoria instalada na administração pública, ou em grandes empresas nacionais, quando detêm capitais públicos. Os sindicalistas actualmente em actividade, fazem parte dos quadros destas empresas, ou da própria administração pública, estando dispensados de exercer as funções laborais, mas continuam a receber mensalmente o seu vencimento, ora é precisamente esta lógica, que mantém muitos deles agarrados ao lugar, sempre contra qualquer reforma ou privatização, lá se ia o cargo sindical, completamente alheados da realidade laboral dos portugueses, nomeadamente os mais jovens, já que defendem precisamente interesses corporativos instalados, que impedem a renovação e modernização. Quando os sindicatos representam de facto os trabalhadores, como no caso da Auto-Europa, é possivel negociar, obter acordos, e normalmente não alinham em greves gerais e outras lutas políticas, já que defendem o posto de trabalho dos seus representados, ao invés, a maioria dos sindicatos representativos dos diversos sectores do estado, sabem que no final do mês o salário está garantido, o posto de trabalho idem, pelo que são muitas vezes mais sensiveis aos interesses políticos dos seus patrocionadores, a quem prestam contas, do que aos trabalhadores que representam. Seria bom alterar a actual legislação que permite este estado de coisas, e colocar os sindicalistas a trabalharem nos seus postos, um sindicalista deveria ser em primeiro lugar um trabalhador, e não apenas tê-lo sido há uns anos atrás, para que não se percam as noções de quem está a ser representado, e talvez até consigam atrair novos filiados ao movimento sindical. De contrário, um dia destes, apenas existirão sindicatos para trabalhadores ligados contratualmente ao estado, de forma directa ou indirecta, já que os demais, não encontram quem os represente.

29/03/2008

Fala quem sabe

ECONOMIA - PUBLICO - Joaquim Ferreira do Amaral: “A ponte Chelas-Barreiro não resolverá o problema da 25 de Abril”


-Vale a pena ler a entrevista de Joaquim Ferreira do Amaral ao PÚBLICO, sobre o impacto da 3ª travessia do Tejo, caso o governo decida optar pelo traçado Chelas-Barreiro. Não resolve os actuais problemas da pte 25 de Abril, já que muito do actual tráfego tem origem no concelho de Almada, com destino aos concelhos de Amadora e Oeiras. Qualquer solução que coloque mais automóveis em Lisboa, será um desastre para o já saturado tráfego lisboeta, pelo que a opção de construir o túnel Algés-Trafaria, poderá ser a única a contribuir realmente para a resolução dos actuais problemas. Chelas-Barreiro, poderá encontrar justificação como travessia ferroviária, mas está por provar, a necessidade que Portugal tem no TGV. Quanto a mim, seria preferivel apostar no túnel, como prioridade, até pela óbvia necessidade de existir uma alternativa, quando o tráfego na 25 de Abril sofrer obrigatórias restrições, por inevitáveis obras que terão mesmo de ser realizadas, mais cedo ou mais tarde.

28/03/2008

Redução fiscal no reino da fantasia

PUBLICO - Sócrates: baixa do IVA terá efeitos na economia, nos preços e nas expectativas

-"uma descida de impostos é sempre desprezível para quem é rico mas não para quem é pobre".
-A frase acima proferida pelo primeiro ministro, encerra em si mesma uma demagogia inacreditável. Basta fazer contas, em cada 5 Euros, os preços descem 5%, mas apenas nos artigos taxados a 21%. Para preços inferiores, os arredondamentos, deixarão os preços exactamente na mesma, ou descerão 1 a 2 cêntimos. Sabendo á partida, o peso que representam bens e serviços alimentares, no orçamento das famílias mais carenciadas, os quais não irão sofrer qualquer redução, por já serem taxados de forma reduzida, reduções significativas só mesmo no sector automóvel, bem como outros artigos de elevado valor, precisamente aqueles que os mais pobres adquirem, mas só quando entram no reino da fantasia, para visitar Socrates no país das maravilhas. A descida de 1% na taxa de IVA, apesar de benéfica para as empresas, é insuficiente para o crescimento económico, ineficaz para os mais carenciados, servindo principalmente, os objectivos demagógicos e eleitoralistas do governo.

A cidade do Zé - II

PUBLICO - Sá Fernandes disponível para melhorar proposta do Wind Parade em Lisboa

-Já tinha escrito no início do mês este post, intitulado a cidade do Zé, reagindo á notícia então avançada pelo semanário SOL. Sendo alguém que se tornou conhecido em Lisboa, por lutar contra atentados urbanisticos, alguns dos quais não chegaram a ser construidos, como o célebre elevador, não se percebe a ideia de colocar numa cidade histórica como Lisboa estes verdadeiros mamarrachos, capazes de degradar por completo a bela paisagem da cidade das 7 colinas. Espero que os vereadores da oposição, levem tanto a sério esta proposta, quanto a ideia apresentada no final do verão passado por Sá Fernandes, de explorar comercialmente, as corvinas e conquilhas do Tejo, bem como criar azeite e vinho com marca Lisboa. O Zé faz realmente falta a Lisboa, sem ele, o anedotário da cidade, ficaria bem mais pobre. Agora afirma-se disponivel para melhorar a proposta, mostrando-se sensivel aos argumentos da oposição, só se fôr no sentido de não colocar esta bizarria, numa cidade que tem paisagens bem mais interessantes, como o Castelo de S. Jorge, a Torre de Belém, os Jerónimos, a Ajuda ou o Terreiro do Paço, entre muitos locais admiráveis, não precisando rigorosamente para nada, das turbinas do Zé.

27/03/2008

Consequências da descida no IVA

J.N. - IVA baixa para 20% a 1 de Julho

-Muitos já vieram a público clamar por descidas de preços, ou alertar para eventuais apropriações da baixa na taxa de IVA, de 21 para 20 por cento. Convém relembrar, que há 3 anos atrás, muitas empresas também não aumentaram os preços ao consumidor, nomeadamente pequenos comerciantes e prestadores de serviços, que face á dificil situação económica, e quebra no consumo, optaram por assumir para si as consequências do aumento no imposto. Será lógico que esses agora não desçam preços, embora sejam as leis da concorrência a ditar regras. Por outro lado, convém não esquecer, que 1 por cento, representa 5 centimos em 5 Euros, pelo que em preços de bens de custo inferior, um café por exemplo, tal descida é logo assumida por arredondamento. Quer isto dizer que o governo não deveria ter baixado o IVA? Não, ao contrário do que defende o BE, aumentar margens de lucro das empresas, muitas delas completamente asfixiadas financeiramente, poderá ser a diferença entre encerrar portas ou manter actividade, sabendo qual a importância social no país real, das pequenas e médias empresas, em termo de criação de emprego e redistribuição da riqueza. Mas esta medida, peca por defeito, 1 por cento não chega, o ideal será voltar aos 17 por cento, em conjunto com redução do IRS e IRC, possibilitando um aumento no consumo, bem como maiores possibilidades de investimento na economia, mas para tal acontecer, será necessário repensar e definir as funções do estado, e principalmente, reduzir a despesa pública. Exactamente o caminho que o governo teima em não seguir, agarrado a complexos ideológicos ultrapassados.

26/03/2008

Descida do IVA, início da campanha eleitoral

PUBLICO-José Sócrates não afasta nova descida de impostos no próximo ano

-Há apena 15 dias, José Socrates afirmou que era irresponsabilidade falar em descida de impostos. É certo que descer 1% na taxa de IVA nada tem de extraordinário, há 3 anos quando chegou ao governo, foi proposta ao país, com base nos resultados daquela duvidosa intervenção do governador do BP, uma subida de 2%, com vista á estabilização das contas públicas. Atingido o objectivo, a acreditar nos números avançados pelo governo, a descida deveria apresentar igual valor, mas claro, 2009 é ano de eleições, logo há que reduzir agora um pouco, para mais tarde, talvez no início do próximo ano, completar a operação, garantindo assim, um ano de campanha eleitoral, sempre a descer impostos, ainda que de forma pífia, sem grandes consequências previsiveis no desenvolvimento económico, que deveria ser a principal questão do país. Claro que registo como benéfico, qualquer alívio da pesadíssima e asfixiante carga fiscal, mas esta medida, será tão eficaz, quanto anunciar a alguém condenado a trabalhos forçados, que a partir da amanhã terá um tratamento mais ligeiro, podendo descansar durante um minuto.

Hillary in fantasyland

PUBLICO-Mundo: «O pequeno lapso» ou «a desonestidade» de Hillary Clinton


-Vale a pena ler esta notícia do PÚBLICO, bem como ver o vídeo, para ficarmos cientes do calculismo e hipocrisia, fabricados pela candidatura da sen. Clinton. Recorde-se o episódio da lágrima cínica de New Hampshire, por alguém incapaz de verter uma única durante todo o episódio Lewinski, as fotos de Barack Obama no Quénia, ou os ataques pessoais ao sen. do Illinois. Alguém que sai dum avião debaixo de fogo, jamais o esquecerá em toda a sua vida, nem confundirá tal sítio com qualquer outro. Quando apela á experiência, e não é líquido que ser casada com alguém, seja um factor de experiência, deverá estar a pensar na Hillary in wonderland, ou fantasyland, ainda nos tempos de criança.

25/03/2008

Horários comerciais

PUBLICO-PSD propõe que definição dos horários do comércio seja competência municipal


-Luis Filipe Menezes vem propôr a passagem para as autarquias, da responsabilidade de definição dos horários do comércio. Não deixa de ser um pouco estranha tal pretensão, no momento em que vieram notícias a público, de que o executivo se prepara para analisar a situação, pelos vistos, o PSD não quer tomar uma opção política, estendendo a mão ao governo, pois caso este aceite, dum ápice sacode a responsabilidade de tomar uma decisão impossível de agradar a gregos e troianos, e coloca o ónus nos ombros dos autarcas, os quais ficarão entalados entre a espada e a parede. Por um lado, pretendem atrair e manter as superfícies comerciais no seu território, fontes de receitas, pelo que inevitavelmente serão pressionados, por outro não podem desprezar o voto dos comerciantes. Será um caso interessante de analisar, caso a proposta vá por diante, parece-me á primeira vista, que o PS terá mais a ganhar com a mesma, do que propriamente o PSD. Sendo contudo um defensor da liberalização dos horários, a questão a meu ver, não será quem emite o licenseamento, mas a revogação imediata da legislação em vigor, razão porque eu, e outros 250.000 portugueses, assinámos uma petição. O facto positivo da proposta do PSD, seria alguns autarcas optarem pela liberalização, representando um aumento na liberdade de escolha.

Irresponsabilidade financeira

D.N. - Dívidas aumentam no crédito ao consumo

-Enquanto muita gente vai ficando preocupada com a crise norte-americana, e a consequente desvalorização do Dolar face ao Euro, prejudicando as exportações da zona Euro, e por consequência toda a economia, por cá os portugueses vão esquecendo, que não fora este cenário internacional, com a inflação no actual patamar, já o BCE teria subido as taxas de juro. Acontece, que cada vez que o juro sobe, quanto mais endividadas estiverem empresas e particulares, maior o risco de incumprimento, por vezes chegando a situações dramáticas de insolvência financeira. Não podemos passar a vida a criticar o BCE, mesmo que por vezes não tome as decisões mais acertadas, há que olhar para o actual panorama da sociedade portuguesa, os seus valores, onde a maioria julga que o crédito é um bem e um direito, será um direito é certo, quanto a ser um bem tenho sérias dúvidas, esquecendo que poupar é essencial, em lugar de aumentar constantemente a dívida, e façam-me o favor, para comprar electrodomésticos e viagens? Para adquirirem casas, a preços elevadíssimos, contribuindo assim para a especulação imobiliária, cujos salários não conseguem suportar? A maioria da população, e isso não é culpa dos juros bancários, nem da economia, é culpa individual de cada família, nem sequer previne um eventual infortunio, como desemprego, mesmo que passageiro, doença ou divórcio, qualquer imponderável será fatal face a enorme endividamento, não raras vezes, motivado por banalidades. Quem critica o país, por não ter o nível de vida de outros povos, será bom ficar avisado, que outros povos europeus, não têm o comportamento irresponsável de muitos portugueses.

24/03/2008

Fundamentalismo fiscal e bizarra metodologia

PUBLICO - DGCI ameaça noivos com coimas se não derem informações sobre o casamento


-Li 2 vezes esta notícia do PÚBLICO, pela dificuldade de acreditar na mesma á primeira, tal a bizarria nos métodos de actuação da DGCI. Não serei eu a defender a fuga e evasão fiscal, ainda que possa contribuir para a sua explicação, a mesma deriva em parte da pesadíssima carga fiscal, nomeadamente a que incide sobre o rendimento, a par com o fraco desempenho da economia. Os dois factores em conjunto, levam a que muita gente necessitada de dinheiro, para fazer face a básicas despesas do dia a dia, aceite trabalhar fins de semana ou feriados, os chamados biscates, por vezes em actividades que nem são a sua área profissional, outras, fora da sua entidade profissional. Isto acontece em casamentos, baptizados, noites de fim de ano, e mais alguns eventos esporádicos. Não fora assim, e tudo declarado, muitos nem aceitariam tais trabalhinhos extras, nem sei mesmo se existiriam pessoas para assegurar a realização de tais eventos. Isto não quer dizer que o estado, através da entidade competente, a DGCI, deva fechar os olhos, ou pactuar com a ilegalidade, mas intimidar os noivos? Não terão outros métodos? Não poderão aceder aos locais onde estas actividades decorrem, durante a realização das mesmas, identificar quem lá está prestando serviço, de forma discreta, sem perturbar a cerimónia, e actuar á posteriori? Ou como estas actividades decorrem fora das normais horas de expediente da função pública, opta a DGCI por estes bizarros métodos, para não pagar horas extraordinárias aos seus próprios funcionários? Em qualquer caso, há aqui algo de errado.


Adenda

Em reacção á notícia do PÚBLICO, Finanças vão corrigir “excessos” na informação exigida a recém-casados.

23/03/2008

Tropa de Elite, ou a violência urbana



-Li na Revista Atlântico deste mês, um artigo de Pedro Sette Câmara, sobre o escândalo que provocou em alguma sociedade brasileira, o facto do BOPE ter passado a ser aplaudido nas ruas, quando no filme de José Padilha, este batalhão tortura e mata. Será bom pensar que a realidade do Brasil, não está tão longe de nós, quanto muitos imaginam, e nos querem fazer crer. Até aceito que as estatisticas apontem no sentido da diminuição da criminalidade em Portugal, mas a que existe, está cada vez mais organizada, atingindo niveis de violência até aqui ignorados na sociedade portuguesa, com fenómenos de carjacking e assaltos á mão armada em plena luz do dia, como na passada semana foi verificado por algumas pastelarias na zona do Cacém. Este sábado é o Expresso, que apresenta uma reportagem com pessoas da linha de Sintra, que saiem armadas ás ruas. O que alguma esquerda teima em não perceber, é que ser bandido é também uma questão de escolha, muitas pessoas em bairros menos favorecidos optam por trabalhar, ganhando a vida honestamente, não raramente sendo as primeiras vítimas de escumalha sem escrúpulos, que não gostando de trabalhar, organiza-se em gangs, parasitando qual abutres, o resultado do esforço e trabalho alheio, pelo que face á ineficácia do nosso sistema policial e principalmente judicial, por enquanto apenas levou a que alguns cidadãos optem por andarem armados, caso não exista vontade política de combater o crime, chegar a uma realidade identica á do Brasil, será uma questão de tempo. Por lá, como demonstram as reacções ao filme "Tropa de Elite", a sociedade aplaude a repressão policial, porque os cidadãos, fartos de serem vítimas, gritam BASTA!

22/03/2008

Prejuízo para os consumidores

J.N. - Seis hipermercados encerrados pela ASAE

-A lei é para cumprir, nada tenho pois a opôr á actuação da ASAE, mesmo tratando-se duma lei absurda, a qual proibe os hipermercados de funcionarem em dias feriados e domingos. Para proteger o pequeno comércio não será certamente, ainda esta manhã me desloquei a uma destas superfícies, a fim de copiar uma chave que ontem á tarde parti, passei em primeiro lugar pela loja da especialidade, aqui na localidade onde resido, encontrando-se a mesma encerrada até á próxima segunda-feira, não me restando outra alternativa que deslocar-me ao centro comercial, onde existe uma loja idêntica, bastou-me esperar meia hora, entretanto aproveitada para comprar alguns artigos que faziam falta cá em casa, no hipermercado, passada meia-hora voltei á loja e já tenho a chave que necessitava. O comércio tradicional não aproveita as oportunidades da actual legislação, practicando por vezes horários parecidos com repartições do século passado, saiem penalizados os consumidores, que estão impossibilitados de adquirir o que precisam, no momento em que precisam. Apesar das petições e recolhas de assinatura, promovidas durante o ano passado, mas que ainda não mereceram atenção por parte do actual governo.

21/03/2008

A propósito do dia, da minha poetiza preferida.

Florbela Espanca

Ser poeta é ser mais alto, é ser maior
Do que os homens! Morder como quem beija!
É ser mendigo e dar como quem seja
Rei do Reino de Aquém e de Além Dor!

É ter de mil desejos o esplendor
E não saber sequer que se deseja!
É ter cá dentro um astro que flameja,
É ter garras e asas de condor!

É ter fome, é ter sede de Infinito!
Por elmo, as manhãs de oiro e de cetim...
É condensar o mundo num só grito!

E é amar-te, assim, perdidamente...
É seres alma, e sangue, e vida em mim
E dizê-lo cantando a toda a gente!

A propósito do dia, do meu poeta preferido.

Álvaro de Campos

Se te Queres

Se te queres matar, por que não te queres matar?
Ah, aproveita! que eu, que tanto amo a morte e a vida,
Se ousasse matar-me, também me mataria...
Ah, se ousares, ousa!
De que te serve o quadro sucessivo das imagens externas
A que chamamos o mundo?
A cinematografia das horas representadas
Por atores de convenções e poses determinadas,
O circo policromo do nosso dinamismo sem fím?
De que te serve o teu mundo interior que desconheces?
Talvez, matando-te, o conheças finalmente...
Talvez, acabando, comeces...
E, de qualquer forma, se te cansa seres,
Ah, cansa-te nobremente,
E não cantes, como eu, a vida por bebedeira,
Não saúdes como eu a morte em literatura!
Fazes falta? Ó sombra fútil chamada gente!
Ninguém faz falta; não fazes falta a ninguém...
Sem ti correrá tudo sem ti.
Talvez seja pior para outros existires que matares-te...
Talvez peses mais durando, que deixando de durar...

A mágoa dos outros?... Tens remorso adiantado
De que te chorem?
Descansa: pouco te chorarão...
O impulso vital apaga as lágrimas pouco a pouco,
Quando não são de coisas nossas,
Quando são do que acontece aos outros, sobretudo a morte,
Porque é coisa depois da qual nada acontece aos outros...

Primeiro é a angústia, a surpresa da vinda
Do mistério e da falta da tua vida falada...
Depois o horror do caixão visível e material,
E os homens de preto que exercem a profissão de estar ali.
Depois a família a velar, inconsolável e contando anedotas,
Lamentando a pena de teres morrido,
E tu mera causa ocasional daquela carpidação,
Tu verdadeiramente morto, muito mais morto que calculas...
Muito mais morto aqui que calculas,
Mesmo que estejas muito mais vivo além...
Depois a trágica retirada para o jazigo ou a cova,
E depois o princípio da morte da tua memória.
Há primeiro em todos um alívio
Da tragédia um pouco maçadora de teres morrido...
Depois a conversa aligeira-se quotidianamente,
E a vida de todos os dias retoma o seu dia...

Depois, lentamente esqueceste.
Só és lembrado em duas datas, aniversariamente:
Quando faz anos que nasceste, quando faz anos que morreste.
Mais nada, mais nada, absolutamente mais nada.
Duas vezes no ano pensam em ti.
Duas vezes no ano suspiram por ti os que te amaram,
E uma ou outra vez suspiram se por acaso se fala em ti.

Encara-te a frio, e encara a frio o que somos...
Se queres matar-te, mata-te...
Não tenhas escrúpulos morais, receios de inteligência! ...
Que escrúpulos ou receios tem a mecânica da vida?

Que escrúpulos químicos tem o impulso que gera
As seivas, e a circulação do sangue, e o amor?

Que memória dos outros tem o ritmo alegre da vida?
Ah, pobre vaidade de carne e osso chamada homem.
Não vês que não tens importância absolutamente nenhuma?

És importante para ti, porque é a ti que te sentes.
És tudo para ti, porque para ti és o universo,
E o próprio universo e os outros
Satélites da tua subjetividade objetiva.
És importante para ti porque só tu és importante para ti.
E se és assim, ó mito, não serão os outros assim?

Tens, como Hamlet, o pavor do desconhecido?
Mas o que é conhecido? O que é que tu conheces,
Para que chames desconhecido a qualquer coisa em especial?

Tens, como Falstaff, o amor gorduroso da vida?
Se assim a amas materialmente, ama-a ainda mais materialmente,
Torna-te parte carnal da terra e das coisas!
Dispersa-te, sistema físico-químico
De células noturnamente conscientes
Pela noturna consciência da inconsciência dos corpos,
Pelo grande cobertor não-cobrindo-nada das aparências,
Pela relva e a erva da proliferação dos seres,
Pela névoa atômica das coisas,
Pelas paredes turbihonantes
Do vácuo dinâmico do mundo...

o eduquês

-Os burocratas do ministério da educação, sentados nas suas secretárias da 5 de Outubro, puderam ontem assistir, ao resultado das suas políticas implementadas nas últimas décadas, o eduquês em todo o seu esplendor. Aquela turma, julgo que o 9º C, da escola secundária Carolina Michaelis, acabou prestando, ainda que involuntariamente um grande serviço ao país, hoje sabemos exactamente, que as escolas funcionam apelando ao bom senso e colaboração de pais e alunos, sem que os professores exerçam qualquer tipo de autoridade. Não é permitido suspender ou expulsar um aluno, procuram-se todas as formas de facilitismo, que visem evitar reprovações, para orgulhosamente se exibirem estatísticas, permitindo que os jovens sejam formados numa cultura onde impera a bardinagem, o desrespeito pelas mais elementares regras de civismo, educação e respeito pela autoridade. Exige-se ao governo que tome medidas, naturalmente não para resolver este caso concreto, mas que possibilite á escola uma maior autoridade, autonomia, onde os professores saibam exactamente as suas competências, e assumam as responsabilidades, quem não quiser, saia do sistema, existem outras profissões, e os alunos, passem a estar OBRIGADOS a comportamentos sociais aceitáveis, sob pena de suspensão, expulsão para reincidentes. Os paizinhos podem começar por dar chazinhos ás criancinhas, e educarem os seus filhos em casa, não podem é exigir da sociedade, que esta seja obrigada a aturar e corrigir, o resultado dos fracassos e frustrações familiares.

Os conselhos de Marcelo

J.N.-"PSD deve abrir-se à Esquerda"


-Em matéria de guinadas á esquerda, não creio que Luis Filipe Menezes necessite dos conselhos do prof. Marcelo Rebelo de Sousa, ou qualquer outra personalidade, afinal já veio publicamente garantir que um eventual governo a que presida, não encerrará qualquer serviço do estado durante uma legislatura. Também é opositor da reforma da justiça, administração ou saúde, tudo o que signifique encerrar serviços, mesmo que inúteis, não contem com o PSD, já que Menezes necessita agradar ás bases, os autarcas do partido, numa lógica populista, carregada de demagogia pelo meio. Mesmo que venha a disputar uma parte do eleitorado á esquerda do partido, com o PS liderado pelo engº José Socrates, o que eu gostaria de perceber, é quem disputará com a abstenção, o voto dos eleitores de direita, entre os quais me incluo, sem vislumbrar no horizonte, qualquer sinal de esperança protagonizado no espaço político e ideológico em que acredito, mas que pelos vistos ninguém pretende representar. Vai sendo tempo, de não nos deixarmos intimidar com os perigos duma governação de esquerda, representada pelo PS, pois que governem, será preferível a continuar na inutilidade do chamado voto útil. Ou alguém apresenta propostas concretas, coerentes, num programa que tenha por objectivo reduzir o peso do estado na sociedade, baixando a asfixiante carga fiscal que pesa sobre particulares e empresas, redefinindo o que pretende ser o papel do estado, ou definitivamente recuso votar.

20/03/2008

Björk menciona o Tibet, durante concerto em Xangai



-A cantora islandesa Björk, actuou no passado dia 2 em Xangai. Terminou a sua actuação com a canção "Declare Independance", pelo meio, ouvem-se as palavras Tibet. A alusão é óbvia.

O lamentável ensino público português


-Uma professora tenta tirar o telemóvel a uma aluna insubordinada, que deveria pura e simplesmente ter sido mandada sair da sala de aula. Uma vergonha, para alunos, professores e ministério. O estado deplorável da educação em Portugal.

-Também publicado n' O Andarilho.

Uma oferta de quase nada, a quase ninguém



-O primeiro ministro José Socrates, decidiu apresentar ontem no parlamento, o trunfo de reduzir em 50%, o valor das taxas moderadoras aos utentes do SNS, com mais de 65 anos. Mas durante o debate, veio a verificar-se, que cerca de 80% dos utentes naquela faixa etária, já se encontram isentos, pelo que restam 20% para quem a medida se revelará eficaz. Mas dado o valor das taxas moderadoras aplicadas, será uma redução quase sem significado, atingindo quase ninguém, normalmente a este tipo de prácticas, chama-se demagogia. O primeiro ministro poderia e deveria sim, abordar de forma mais séria o significado das taxas moderadoras, que como o próprio nome indica, servem para moderar o acesso, criar nos utentes um efeito dissuasor de recurso a determinados serviços, por exemplo as urgências em detrimento das consultas, mas aí as isenções tornam-se dificeis de justificar, nomeadamente quando não existe razão médica válida que justifique tal recurso, por outro lado, sendo o SNS um serviço tendencialmente gratuito, o mesmo não deve ser financiado por taxas, pelo que das duas uma, ou o seu valor é meramente simbólico, logo completamente ineficaz cobrá-lo, ou o seu valor é importante para o funcionamento do SNS, logo será inconstitucional. Isto porque o SNS é financiado através dos cidadãos, de forma proporcional ao rendimento, pelo que não se justificam depois diferenciações ou escalonamentos na prestação dos serviços médicos, razão que também me leva a criticar a posição assumida pelo PSD, quando afirmou que a medida não vinha beneficiar os mais necessitados, nem deveria, as taxas moderadoras a existirem devem ser universais. Já não consigo compreender e aceitar, a existência de taxas nas cirurgias e internamentos, pois não vejo em que medida as mesmas podem ter o tal efeito dissuasor, ninguém é internado ou sujeito a cirurgia por vontade própria.

-Nota - Como é público, não defendo a existência do SNS, facto totalmente irrelevante neste caso concreto, já que a análise partiu do pressuposto da sua existência, uma vez que é o modelo vigente em Portugal, incidindo apenas nas taxas moderadoras, numa lógica de existência dum SNS. Outros modelos não estão por agora em discussão.

19/03/2008

Tibete livre

Petição a favor da aprovação pela Assembleia da República de uma moção que condene a Violação dos Direitos Humanos e da Liberdade Política e Religiosa no Tibete.

-Caso concorde, assine aqui.

Descubra as diferenças




-Alguém especialista em Direito Internacional, fará o favor de me explicar as diferenças entre a vontade independentista destes dois territórios?

Para registar

D.N.-Direcção do PS faltou ao lançamento de Alegre

-É costume afirmar-se que existem silêncios que valem por mil palavras. Neste caso, pergunto, quantas presenças valerão uma ausência? Manuel Alegre lançou o seu novo livro, contando com a presença de amigos, e adversários políticos de vários quadrantes, mas do seu partido apenas estiveram presentes os deputados, Alberto Martins, líder parlamentar e Maria de Belém Roseira, ambos seus apoiantes nas presidenciais.

18/03/2008

Novo mapa judiciário

PUBLICO-Nova organização dos tribunais vai mudar funcionamento da justiça

-Tenho assistido aos mais incriveis argumentos contra a alteração do mapa judiciário. Guerras de alecrim e manjerona, com cada concelho a querer manter o seu tribunal, como já antes o hospital. A fazerem a vontade aos autarcas, alterações ao mapa talvez lá para o sec. XXII. Tenham juízo meu senhores, o que Portugal precisa é duma justiça célere e eficaz, funcionando em instalações condignas. Foi absolutamente vergonhoso, assistir ainda há poucas semanas na televisão, chover na sala do juiz de Gondomar, responsável pelo processo "apito dourado". Utilizar o argumento que tem de existir um tribunal em cada concelho, por razões de próximidade, para melhor servir as populações, é negar todo o investimento que o país realizou nas últimas décadas na melhoria da rede viária, aproximando populações de diferentes localidades. A mesma lógica populista e demagógica, que levou Luis Filipe Menezes a romper o acordo, percebe-se a estratégia do PSD, cada vez sofrendo maior contestação interna, L.F.M. não quer perder apoios de autarcas, envolvidos em guerras com o município vizinho, cada um esgrimindo argumentos, para manter o tribunal no seu território. É importante para Portugal, que os tribunais funcionem em instalações condignas, que os processos sejam concluidos em tempo útil, e que os cidadãos tenham acesso á justiça, agora perdermos tempo com uns quilómetros á esquerda ou á direita, façam-me o favor, deixem-se de disparates!

17/03/2008

Luta política e liberdade de imprensa

PUBLICO-Colunista Daniel Oliveira condenado a pagar dois mil euros a Alberto João Jardim por difamação

-Tenho por princípio nunca comentar decisões judiciais. Custa-me no entanto aceitar, que em Portugal alguém seja condenado por exprimir uma opinião. Mesmo não concordando com o Daniel Oliveira, pessoa que não conheço, com quem não tenho qualquer afinidade política, parece-me que neste artigo, não terá ultrapassado os limites da liberdade de imprensa, num artigo meramente político. Concordo que exista uma linha inultrapassável, que estará na protecção da privacidade do visado, o que manifestamente aqui não terá sido sequer beliscado. Se a moda pega, os jornais deixarão de ter colunistas de opinião, e mesmo em blogues será um caso a ver.

30 anos



-Goste-se ou não do estilo, seja-se apoiante ou adversário de Alberto João Jardim, a vida política portuguesa não seria igual sem esta personalidade. 30 anos é muito tempo, como retratam as imagens.

Estado todo poderoso

A.F. - CIP vai exigir ao Governo pagamento de juros em caso de atrasos

-Não sei se a pretensão da CIP irá obter acolhimento, mas não posso deixar de realçar a justeza da mesma, cidadãos particulares ou empresas, são altamente lesados na sua relação com o estado, que utiliza um poder desproporcionado, que tem, embora com grande injustiça. Quando alguém, individual ou entidade, se atrasa no pagamento duma multa, ou imposto, vê logo serem-lhe cobrados juros, quando é o estado a protelar um pagamento, acaba por pagar mais tarde sem consequências. Mesmo que durante esse período, não raras vezes, o estado ainda cobre impostos sobre uma verba que o contribuinte não recebeu, como acontece sempre que é emitida uma factura, a mesma fica sujeita a IVA, e não raras vezes, as empresas são obrigadas a liquidar mais esse imposto, sem que o estado tenha cumprido a sua obrigação, causando problemas de tesouraria, os quais irão por sua vez, dificultar o cumprimento das obrigações, para com fornecedores e colaboradores. Seria bom, que o estado, e seus tentáculos, começassem a pagar juros, como acontece aos demais, e principalmente, que começassem a pagar a tempo e horas.

16/03/2008

Free Tibet



-Sou contra qualquer boicote olímpico, por uma questão de respeito para com os atletas, que passam quatro anos a prepararem um evento, por vezes o ponto mais alto duma carreira, sendo obviamente injusto que motivos políticos deitem por terra todo um trabalho. Também me parece legítimo, que os Jogos Olímpicos de Pequim, cuidadosamente preparados pelo regime Chinês, possam ser aproveitados pela comunidade internacional, para chamar atenção para a ocupação do Tibete, e direitos Humanos na própria China, em conferências de imprensa, nas cerimónias, fora do alcance dos longos braços da censura governamental, bem dentro do território do império do meio.

Obrigação mínima cumprida

D.N.-Poucos protestos e muitos autocarros

-O PS cumpriu o mínimo que lhe era exigido, ao conseguir uma enchente no velhinho pavilhão do académico do Porto. Mas não tenhamos ilusões, para conseguir juntar cerca de dez mil apoiantes, foi necessário transportar militantes em autocarros, oriundos um pouco de todo o país. José Socrates não terá grandes razões para sorrir, noutros tempos, dez mil pessoas para um comício no Porto, conseguiam-se logo ali, com algum reforço em Matosinhos, mas hoje, mesmo os votantes fiéis do partido, não estão com disposição para grandes festanças, pelo que vai sendo necessário recorrer ás concelhias do interior do país, que proporcionam passeios aos mais idosos, com um lanche incluido. Maria de Lurdes Rodrigues por seu lado, saíu reforçada, graças ao apoio demonstrado pelas bases, numa encenação preparada pelo aparelho do partido, demonstrando claramente ao país, que está no governo para durar, apesar de muita contestação. Uma palavra para os manifestantes que se passearam pelas imediações, convocados por SMS, face ás inúmeras opiniões, questionando a oportunidade e legitimidade de perturbação dum evento partidário, após uma vitória esmagadora nas ruas de Lisboa na semana anterior, a desmobilização da acção foi por demais evidente, ficando reduzida a umas escassas duas centenas de pessoas, que ficaram por conta própria, sem apoios, não permitindo a José Socrates a jogada da vitimização.

15/03/2008

Espanhol técnico


-Via Expresso.
-Também publicado n' O Andarilho.

Porque não proibir a imbecilidade legislativa?

Correio da Manhã-Segurança: Governo avança com esterilização de cães
Extintos por decreto


-O governo socialista não pára na sua fúria reguladora. Depois da lei do tabaco, enquanto no partido já existe quem pretenda regular algo tão individual, como a colocação de piercings, vem agora o ministro da Agricultura anunciar medidas, que mais não representam que a extinção a prazo, de 7 raças de cães, classificados como potencialmente perigosos. Todos sabemos que existem em Portugal lutas de cães clandestinas, organizadas em bairros problemáticos, nos arredores das cidades de Lisboa e Porto, assim como existem pessoas que utilizam estes cães como armas, para os mais diversos fins. Como forças policiais mal equipadas, e um código penal demasiado brando e tolerante, são incapazes de retirar a escumalha das ruas, e garantir a segurança aos cidadãos, o governo opta por atacar o elo mais fraco, o animal, através de legislação constitucionalmente duvidosa, certamente a merecer uma queixa para os Tribunais Europeus. O que seria expectável e desejável por parte do governo, era obrigar os proprietários destes animais, a cumprirem a legislação em vigor, nomeadamente controlo sanitário, registos e conduta cívica, agravando duramente as penas aos infractores, aproximando-se da tradição anglo-saxónica, onde os donos destes cães podem inclusivamente ser presos, e não apenas multados. Para mais, bastará que exista um cruzamento entre raças, para se contornar a legislação agora anunciada, com consequências imprevisíveis, já que as medidas não serão aplicadas fora destas 7 raças, e as caracteristicas e comportamentos de cães resultantes de mutações genéticas, desconhecidas, mantendo-se o perigo potencial.

14/03/2008

Fracasso negocial

PUBLICO-Avaliação de professores: reunião entre ministério e Fenprof termina sem consenso


-Terminaram sem acordo as negociações entre governo e FENPROF. Umas breves considerações sobre o assunto, quando um dirigente sindical, durante um processo negocial, afirma que o seu interlocutor estará disposto a considerar acolher uma alteração de posição, sem que a mesma esteja acordada, significa trazer á praça pública, pormenores duma discussão que se deveria manter em privado, agravado ainda pelo facto de terem apresentado um ultimato ao governo, ameaçando com o fim das negociações, caso não existisse acordo até 6ª feira. A meu ver, o governo nem deveria ter comparecido á ronda negocial de hoje, quem não sabe guardar para si os detalhes duma negociação, nem merece ser reconhecido como interlocutor, o tempo das decisões plenárias, PREC's e outros desvios anti-democráticos já faz parte do passado. Os sindicatos deram uma demonstração de força no passado sábado, obtendo uma importante vitória, mas não souberam o que fazer com a mesma, percebe-se, não são apenas a ministra e os burocratas da 5 de Outubro a estarem desfazados da realidade do ensino em Portugal, os sindicalistas também o estão, há quantos anos não dará o prof. Mário Nogueira uma aula numa sala com alunos?

Direito á informação vs privacidade


-Vai uma indignação histérica, por certos sectores da esquerda, nomeadamente daquela que se auto-apelida moderna e fracturante, atingindo até alguns que não deveriam contribuir para este peditório, por exemplo jornalistas, os quais deveriam saber, ou então será altura de relembrarem algumas regras básicas, que se aprendem em qualquer manual de introdução á comunicação, o direito á privacidade e imagem dum cidadão, não se aplica estando ele num evento público. Caso um orgão de comunicação social, queira seguir alguém durante um dia, não o poderá fazer sem autorização do visado, no entanto caso este vá a um concerto, jogo de futebol ou manifestação, pode ser fotografado sem poder reclamar direitos de imagem. A professora Fernanda Tadeu, deslocou-se a uma manifestação, foi fotografada, e alguém tomou a opção editorial, discutivel como todas, de publicar u não, na primeira, na última, nas páginas centrais ou num suplemento, seria sempre um problema do orgão de comunicação em qualquer parte do mundo livre. Todos já vimos Mick Jagger nas bancadas de estádios de futebol, vibrando com a selecção Inglesa, Jack Nicholson nas primeiras filas de jogos dos Lakers ou recentemente José Mourinho num estádio de futebol assistindo a um jogo. Sendo figuras públicas, são filmados e fotografados, sem recurso a direitos ou autorizações. Fernanda Tadeu sabia ao deslocar-se á manifestação, que poderia ser fotografada, pelo simples facto de estar casada com António Costa, apesar de tudo decidiu participar, louvo-lhe a coragem, aprecio a sua dignidade, apesar de tudo ainda não vi qualquer protesto por parte da própria, ao contrário de algumas pseudo-referências da nossa praça jornalistica, quais virgens ofendidas, que procuram comparações onde elas não existem, mal sentindo algum incómodo causado aos amigos, não hesitam em mandar ás malvas a própria liberdade de imprensa.

Nem mais!

D.N.-Menezes esteve contra voto dos presidentes de junta há um ano

-Há um ano atrás, Luis Filipe Menezes defendia um modelo no qual acredito, a presidencialização dos municípios, com executivos constituidos livremente pelo presidente eleito. Fazer depender os executivos das assembleias municipais, sem direito de voto dos presidentes de junta. Simples, eficaz e democrático. Entretanto Menezes foi eleito lider do PSD, enredou-se numa teia de complicações e contradições, incapaz de defender causa alguma, sem ter de fazer cedências internas, mais preocupado com apoios para eventuais disputas que já se avizinham, do que manter coerência consigo próprio. Se isto não é uma liderança errática, em ziguezague, então expliquem-me o que é!

13/03/2008

Registar para memória futura

Sol-Menezes anuncia que PSD vai propor descida de impostos no próximo orçamento


-Quando da última discussão do orçamento de estado, o PSD acusou o governo de estar a preparar uma descida de impostos para 2009, ano de eleições, quando no entender do PSD, tal descida poderia ocorrer de imediato. Ainda que não fosse essa a opinião de destacados militantes sociais-democratas, como Manuela Ferreira Leite, foi a linha defendida pelo partido no parlamento. Agora é o próprio Luis Filipe Menezes, quem vem anunciar que o partido irá propôr tal descida para 2009, buscando uma harmonização fiscal Ibérica num futuro próximo. Por mim, enquanto defensor duma economia liberalizada, com um estado reduzido ao mínimo indispensável, estarei sempre de acordo com qualquer proposta de redução da asfixiante carga fiscal, que incide sobre particulares e empresas em Portugal, travando consumo e investimento, e por consequência, impedindo o crescimento económico. Veremos se esta posição do PSD é para manter, ou se pelo contrário, sofrerá alteração no curto prazo, e também como irá Luis Filipe Menezes concretizar a proposta de redução da despesa pública, com a promessa de não encerrar qualquer serviço durante uma legislatura.

Novo símbolo, velhos métodos



-O PSD resolveu alterar a sua imagem. Aconselhado por profissionais, da agência de comunicação Cunha Vaz, as três setas deram lugar a apenas uma, o laranja perde espaço para a côr azul. O lema passa a ser, "Mudar Portugal". Passando ao lado da qualidade e significado dos simbolos em si mesmos, existirá quem goste e quem não goste, eles encerram uma história, uma tradição, um património, sendo desejável um largo consenso para alteração dos mesmos. A actual direcção errática, revelando um certo desnorte, determinada a impôr-se a qualquer preço, não hesita em rescrever a própria História do partido, alterando prácticas, como permitir o pagamento de quotas em dinheiro, algo que já existiu é certo, mas numa época em que não estava tão massificada a utilização do chamado dinheiro de plástico ou pagamentos electrónicos. Não se pretenderá contudo lavar dinheiro, o objectivo será antes branquear caciquismos, que estas pessoas que tomaram conta do partido, sabem o que fazem, desde afastar militantes históricos ou calar vozes incómodas, deixar em aberto cadernos eleitorais até ao momento das votações, vale tudo para mudar o PSD. Já que para mudar Portugal será preciso mais, será necessária uma vassourada na actual direcção do partido, para que este volte a ter credibilidade. Azar dos portugueses se um dia esta gente tomasse conta do país, com estas prácticas tão pouco transparentes dentro de portas, imagine-se do que seriam capazes de fazer, se controlassem o ministério da Adm. Interna, o ministério da Justiça, o ministério das Finanças e o ministério da Defesa. Certamente uma governação ao velho estilo estalinista, o estilo do actual PSD.

12/03/2008

3 anos de governo


-Passados três anos da tomada de posse do actual governo, liderado por José Socrates, dispondo de condições de governabilidade que nunca existiram em Portugal, nem Cavaco Silva beneficiou duma conjectura comparável ao presente, já que tinha em Belém, nomeadamente a partir de 1991 um adversário, enquanto Socrates tem em Belém, se não um aliado, eventualmente um cumplice, a ministra da educação por exemplo, deve hoje a manutenção do seu cargo, á simpatia de Belém, não subsistem dúvidas a esse respeito. Apesar destas condições excepcionais, passaram 3 anos, e o país está exactamente igual, poderemos eventualmente atribuir algum mérito no combate ao défice, mas é verdade que a conjectura internacional não foi adversa, de resto, a despesa pública continua a aumentar, pese a vontade reformista, mais propagandeada que realizada, na saúde fechou uma ou outra urgência, sacrificado Correia de Campos, parece que a urgência na Anadia até irá reabrir, na Educação, a avaliação que iria entrar em vigor, parece que já só vai produzir efeitos lá para 2009, se entretanto não se verificarem novas cedências, a reforma da administração estará adiada para as calendas, apesar do simplex, empresas na hora, declarações electrónicas, nem se reduz o número de funcionários nos serviços entretanto modernizados, continuando a serem poucos noutros serviços, como o compravam os recentes casos das multas por processar. Na economia, pedra de toque do desenvolvimento de qualquer sociedade, para além do Allgarve e Westcoast, que resumem Portugal a uma aposta de servir os restantes povos europeus, quando estes fazem uma pausa na sua produtividade, ou quando gozam a sua merecida aposentação, também fomos á China, desta vez já não para negociar assuntos de Macau, mas para relembrar aos chineses, que temos por cá a mais barata mão de obra da U.E.
-Muito pouco a meu ver, para quem dispôs duma maioria absoluta, em rigor nem se poderá afirmar que o governo tenha cometido muitos erros, para errar é necessário agir, e no actual governo, além das reformas que continuam adiadas, também as grandes obras não sairam do papel, aeroporto, TGV e agora a nova travessia do Tejo.

Obama wins Mississipi



-Obama vence o Mississipi, avança a Reuters. Aumenta assim a diferença de delegados face á rival Hillary Clinton, parando agora durante 6 semanas, até á Pennsylvania a 22 de Abril.

Hoje é no Mississipi



Hoje, primárias no Mississipi. Espera-se nova vitória para Barack Obama, o qual segundo a CNN, terá ganho o caucasus no Texas, o que a confirmar-se, resultará na obtenção dum maior número de delegados neste estado, face á sen. Hillary Clinton. Entretanto os resultados do Mississipi, para acompanhar aqui e aqui.

11/03/2008

Governo não recua, mas vai recuando

Portugal Diário - Maioria dos professores avaliada em 2009

-Tal como Marcelo Rebelo de Sousa previra no passado Domingo, o governo habilmente não poderia deixar cair a ministra Maria de Lurdes Rodrigues, tal significaria uma derrota, mas apesar de afirmar que a política de educação, nomeadamente a de avaliação era para manter, veio hoje António Vitorino, um destacado militante socialista, suderir um período experimental de avaliação, e já depois Pedro Silva Pereira, ministro da Presidência, afirmar que este ano apenas serão avaliados 7 mil professores, num universo de cerca de 143000. Está assim aberta a porta para entendimento com os sindicatos, ou caso estes se mantenham irredutiveis, para criar divisões entre os professores, enfraquecendo o movimento, até porque adiar para 2009, significa dar um prazo suficientemente longo, para inclusivé, retirar as matérias que têm suscitado maior contestação. Será curioso verificar, se em 2009, ano de eleições, existirá efectivamente uma avaliação dos professores, esta ou outra, porque em caso negativo, terá sido uma derrota monumental por parte do governo, de Maria de Lurdes Rodrigues e em última análise do próprio José Socrates.

Regionalismo irresponsável

PUBLICO-Deputados do PSD levam queixa relativa ao TGV à PGR e ao Provedor de Justiça

-Leio esta notícia do PÚBLICO, e custa-me acreditar, tamanha a irresponsabilidade e oportunismo político, revelados por um grupo de deputados sociais democratas, coordenados por Feliciano Duarte, dá para perceber. Depois de terem defendido a solução OTA, numa lógica meramente regionalista, procuram garantir a existência duma estação do TGV em Leiria, calculo que Coimbra e Aveiro tenham igual pensamento, e não satisfeitos, ainda querem debater a eventual instalação de outra estação em Rio Maior. Se viessem a ser bem sucedidos, calculo que outras localidades exigiriam igual tratamento, o país iria endividar-se para instalar este equipamento, o qual funcionaria como um mero inter-cidades, tantas seriam as paragens, que o tornaria certamente mais lento que os Alfa. Será obviamente necessário e desejável, o investimento na zona Oeste, numa lógica de desenvolvimento sustentado, ordenamento territorial, modernização e aumento da produtividade do próprio país, mas não a reboque de eleitoralismos e demagogia.

10/03/2008

Barack Obama recusa "dream ticket"


Obama rejects being Clinton's No. 2 - CNN

"With all due respect. I won twice as many states as Sen. Clinton. I've won more of the popular vote than Sen. Clinton. I have more delegates than Sen. Clinton. So, I don't know how somebody who's in second place is offering vice presidency to the person who's in first place," he said.
-Obviamente, quem ganha em número de delegados, não pode aceitar ser ultrapassado por alinhamentos e cumplicidades no seio do Partido Democrático, e ainda prestar-se ao papel de muleta ajudando o casal Clinton a ultrapassar as suas dificuldades. Esta é uma escolha que os superdelegados terão de fazer, e assumir as consequências.

Mais uma transferência

-O Blogue Atlântico, uma das paragens obrigatórias na blogosfera portuguesa, transferiu-se para o sapo.

http://atlantico.blogs.sapo.pt/

Menezes debaixo de fogo

D.N.-Rui Rio enfrenta Menezes e mede forças

-Cresce a contestação interna á liderança do PSD, após a última pérola de Menezes, alteração ao regulamento interno do partido, apresentada com apenas 48H de antecedência, sem tempo para realizar qualquer debate interno. Luis Filipe Menezes que tanto criticou a anterior direcção, por falta de transparência, veio agora apressadamente, e sem nada que o justifique, pois não existem eleições internas no horizonte próximo, alterar regulamentos, por forma a permitir o pagamento de quotas até ao momento da votação, inclusivé aceitando pagamentos em dinheiro, que poderão constituir ilícito face á lei vigente de financiamento partidário. Os objectivos do secretário-geral do partido são claros, ao efectuar estas alterações, será impossível a quem pretender disputar umas eleições, conhecer o universo dos eleitores, o que representará uma clara vantagem dos actuais dirigentes, recorrendo a métodos pouco transparentes, para garantir a sobrevivência da actual liderança. A situação torna-se ainda mais dramática, observando o desgaste do actual governo, sem que o principal partido da oposição dê sinais de credibilidade, continuando a sua forma sofrível de fazer política, completamente á deriva, afirmando tudo e o seu contrário, sem um projecto de governação alternativa para o país, cavalgando a rua, alinhando pelas más companhias de sindicatos mais ou menos ligados ao PCP. O estado a que chegou este partido, é deveras lamentável.

09/03/2008

O fim de Rajoy

-O PSOE venceu as eleições legislativas em Espanha, com números a rondar a maioria absoluta, pelo que iremos ter mais 4 anos de governação num estilo conflituoso, revanchista por parte de Zapatero. Decepcionante o resultado do PP de Mariano Rajoy, após ter conseguido a "proeza" de ter perdido há 4 anos atrás, uma eleições cuja vitória seria certa, na altura apontaram o 11 de Março, e a incapacidade do presidente Aznar, como causadores da derrota, será caso para perguntar, e agora? Quem irão culpabilizar? A verdade é que Rajoy não tem carisma, não vence um debate, não entusiasma. Sucessor precisa-se!

Poder sindical

-Poucas instituições em Portugal, têm hoje um poder desproporcionado face á efectiva representatividade, quanto os sindicatos, nomeadamente os afectos a empresas públicas, ou á própria função pública. E porquê? Desde logo pela lógica de funcionamento, saberão os portugueses, asfixiados por uma pesada carga fiscal, que o dinheiro dos seus impostos serve entre outros destinos, para subsidiar sindicalistas? Acaso sabem em que escola dará aulas o professor Mário Nogueira? Há quantos anos não exerce? Quem lhes paga o vencimento? Estas são verdadeiras razões pelas quais os sindicalistas são acérrimos defensores da escola pública, como de resto encontramos facilmente exemplos análogos na saúde, ou na administração. Percebe-se a lógica, outrora existiram exemplos destes no sector bancário, nos CTT, na PT ou na EDP, empresas que já se libertaram destes parasitas, e que hoje mais que defender interesses corporativos, são obrigadas a lutar diariamente pela manutenção da sua quota de mercado, o que conseguem numa lógica de prestação dum serviço qualitativo ao cliente, obtenção de lucro ao accionista e manutenção do posto de trabalho. Onde existe corporativismo, pela falta uma verdadeira concorrência, instala-se o facilitismo, a desresponsabilização, a bardinagem, o despesismo, estando sempre os mesmos prontos para suportar tais "conquistas sociais", o contribuinte, a quem o estado terá de extorquir dinheiro através de colecta fiscal, para manter satisfeitos estes barões e seus direitos adquiridos. Para agravar ainda mais a situação, estes sindicalistas perpetuam-se no exercício das suas funções, poderemos hoje facilmente encontrar sindicalistas que já o são há mais de 20 anos, provavelmente já se terão esquecido até do seu posto de trabalho, eleitos através de inspiração partidária muitos deles, obrigados a manter o apoio de tais inspirações, caso contrário voltarão ao local de origem, o local de trabalho. Venham pois efectivas reformas na educação, na saúde, ou na administração, mas sobretudo, altere-se a lógica de financiamento das organizações sindicais, que devem obter financiamento através dos associados que defendem, e não de dinheiros públicos, que não trazem qualquer benefício ao contribuinte.
-Também públicado n' O Andarilho.

E agora?


-Foto PÚBLICO

-Esta é a pergunta que devemos fazer a sindicatos, professores e governo. É evidente que os sindicatos ganharam o 1º round, beneficiando de apoio partidário ou não, o número de manifestantes ultrapassou todas as expectativas, mesmo sabendo que talvez pouco mais de metade fossem professores, muitos vieram acompanhados de familiares, outros juntaram-se-lhes, basta ler alguns blogs para perceber que a manifestação contou com a adesão de outros profissionais, mas isso é irrelevante, o que estava em causa era a política de educação do governo, e a ministra Maria de Lurdes Rodrigues. O governo afirmou já por várias vezes que não cede á rua, deixar cair a ministra nos próximos tempos seria uma derrota política monumental para José Socrates e a sua vontade reformista, restam-lhe 2 opções, manter Maria de Lurdes Rodrigues, prosseguir a política, indiferente aos protestos, mesmo com alguma crescente contestação interna, ou dar um sinal de abertura negocial, atirando para os sindicatos um eventual ónus da não obtenção dum acordo, uma vez que estes têm publicamente afirmado serem favoráveis á avaliação dos professores, também não terão margem de manobra para recusar, uma eventual abertura ministerial para alterarações ao modelo proposto. Também não existirão muito mais opções em cima da mesa, na hora de decidir o que fazer a seguir a esta vitória, greves? greve a exames? seria virar toda a opinião pública contra os professores, nomeadamente se o governo tiver a capacidade de revelar alguma abertura negocial. Quem não sairá igualmente bem nesta história será o Partido Socialista, atravessado por divisões internas nesta matéria, resolveu, mal a meu ver, agendar um comício para o próximo sábado no Porto, o qual servirá para inevitáveis comparações numéricas, ás quais a máquina partidária por muito bem que estivesse em funcionamento, não seria capaz de responder com uma vitória. Um erro estratégico, que poderá sair caro ao PS, o qual continua apesar de tudo, á frente nas sondagens, beneficiando da falta de credibilidade por parte das lideranças nos partidos da oposição.

Obama stops come back



-Confirmou-se a expectativa de regresso ás vitórias, do sen. do Illinois, Barack Obama, na sua caminhada rumo á nomeação como candidato á presidência dos EUA, pelo Partido Democrata. Ao vencer o Wyoming, o mais pequeno dos estados da união, elegendo apenas 12 delegados, (7-5 a favor de Obama), face á cerradíssima luta que mantém com a sen. Hillary Clinton, Obama obteve uma vitória tão importante como todas as outras, basta lembrar que Clinton venceu na passada 3ª feira, por apenas 4 delegados no Texas e Rhode Island, e 9 no Ohio. Caso se confirmem as expectativas de nova vitória de Obama na próxima 3ª feira no Mississipi, terá impedido o come back da sen. Clinton, isto depois desta lhe ter por sua vez impedido a continuação do momentum. A partir de 3ª feira todo este processo sofrerá uma interrupção até 22 de Abril, na Pennsylvania, o maior dos estados ainda por definir, teoricamente favorável ao campo Clinton, embora Obama possa compensar com a Carolina do Norte. Esta longa pausa poderá ser aproveitada para negociações de bastidores, apoios de superdelegados, eventuais pressões dos responsáveis do partido para desistência de algum candidato, reavaliação da situação na Florida e Michigan. Tudo pois ainda por decidir, enquanto McCain aguarda no Partido Repúblicano, tranquilamente mas não muito, porque não poderá definir também ele uma estratégia, desconhecendo quem será o adversário, incluindo quem o acompanhará como V.P., facto importantíssimo dada a expectativa de realização de apenas 1 mandato por parte do sen. do Arizona, dada a sua idade.

08/03/2008

Wyoming caucasus



-Barack Obama terá regressado ás vitórias, triunfando no caucasus no Wyoming. Resultados como vem sendo habitual, aqui e aqui.

Por falar em professores

-Aqui deixo 2 cenas de filmes como homenagem aos bons professores, eu tive alguns, que se preocupam com os resultados dos alunos.

Política de educação

-Realiza-se hoje uma manifestação de professores em Lisboa, contra a política de educação do governo, em particular contra a ministra Maria de Lurdes Rodrigues. Os sindicatos contestam o modelo de avaliação proposto pelo governo, mas ainda não vi por parte dos sindicatos, ou de qualquer partido da oposição, a apresentação dum modelo alternativo ao proposto pela ministra, o que me leva a concluir, que apesar de todos afirmarem considerarem necessária a existência de avaliação, o ideal seria mesmo continuar tudo como dantes. Também não concordo com o actual modelo de funcionamento escolar, centralizado, preferia uma autonomia das escolas, na contratação pelas mesmas do seu corpo docente, na avaliação face aos resultados obtidos, nomeadamente através de exames nacionais. A escola é paga pelos contribuintes, é suposto que os mesmos obtenham retorno do investimento, não conheço outra forma de medir os resultados, que não em exames nacionais, extraindo daí todas as consequências inerentes, quer á avaliação da própria escola, dos seus responsáveis ou do seu corpo docente. Dos sindicatos nada há a esperar, entrincheirados na defesa dum modelo de escola pública, responsável pelo insucesso á vista de todos das últimas décadas, isto apesar de Portugal ser dos países que mais investe per capita na educação, mas investe mal, obtendo pouca produtividade. Dos partidos da oposição, pelos vistos também não poderemos esperar muito mais, face a tanta contestação vivida neste sector nos últimos tempos, não teriam já tido oportunidade, para apresentar ao país uma proposta alternativa á do governo? Ou será mais fácil cavalgar a demagogia sindical?

07/03/2008

Cada tiro cada melro

PUBLICO-PSD quer ver regras de transparência patrimonial para políticos alargadas a outras actividades profissionais

"Um deputado anónimo é bem menos influente do ponto de vista do condicionamento da nossa vida colectiva do que um magistrado, um director de um jornal, um banqueiro".
-Quando penso que Luis Filipe Menezes atingiu o limite do disparate, ele não pára de surpreender, é só esperar pelas próximas declarações, para vê-lo enterrar-se mais um pouco. Levando á letra o absurdo acima proferido, o que Menezes pretende é condicionar as opiniões dos jornalistas, as decisões dos magistrados ou as operações financeiras dos bancos. Talvez excitado com a recente companhia da FENPROF, possa vir a estabelecer uma improvável aliança com o PCP, seguindo o programa dos comunistas, os problemas seriam resolvidos num ápice, os jornalistas deixariam de ser livres, os bancos nacionalizados, a justiça estatizada. As alterações que Menezes pretende introduzir no PSD, configuram já um princípio de tentativa de estalinização no funcionamento interno do partido.

Para quê um acordo?

PUBLICO-Acordo Ortográfico: Governo diz que seis anos é prazo de transição “razoável”


-Nem 6 anos, nem 60, para que precisamos de um acordo que nos roubará a identidade linguistica? Porque razão teremos de passar a escrever como os brasileiros? Pela força dos números? Por mim não tenciono mudar os meus hábitos, e como não serei avaliado, irei continuar a practicar o acto de escrever, e não "praticar o ato", com prazer, na lingua de Camões ou Fernando Pessoa, sem qualquer falta de respeito para com aqueles que também escrevem numa lingua muito parecida, que nos é familiar, pois tem a mesma origem, mas é diferente, tem a sua identidade própria. Os burocratas que agora nos querem formatar, colocando todos a escrever da mesma forma, não percebem que as linguas vivas estão em constante evolução, pela fala, pelas necessidades da população e nunca por decreto. Mesmo reunificando a lingua agora, bastarão umas décadas para que os caminhos se tenham separado. Gostaria mesmo era de perceber o pensam deste assunto os nossos grandes escritores e poetas.

Não perceberam á primeira?

PUBLICO-Escolas no Porto e em Ourém questionadas pela PSP sobre participação no protesto de sábado


-Depois do episódio da visita de agentes policiais ao sindicato na Covilhã, na altura choveram críticas, existindo quem se desculpabilizasse com erros por parte dos agentes, o episódio repete-se agora, no Porto e em Ourém, pelo que não será possivel responsabilizar os mesmos agentes, nem sequer o mesmo superior hierárquico, pois Ourém e Porto pertencem a comandos policiais diferentes. O que eu gostaria mesmo de perceber, é quem ordenou esta estupidez, para mais com a memória ainda recente do episódio anterior. Alguns boys têm tanta vontade de agradar, que acabam por prejudicar o próprio governo.

06/03/2008

Assim se vê a força do PC, perdão dos professores!

-Via Jorge Ferreira, no Tomar Partido, chego a esta pérola da gestão autárquica comunista, onde se comprova a promiscuidade entre as manifestações de professores, certo tipo de sindicalismo, nomeadamente o da FENPROF e da CGTP, e claro está o PCP. Se fosse professor, era razão mais que suficiente para não participar na manifestação, o não querer andar mal acompanhado. Calculo que Beja não seja um caso isolado, tal como não será passado uma semana o comício do PS no Porto, mas nestas matérias, enquanto observador atento, procuro ser imparcial, não posso utilizar 2 pesos e 2 medidas, estas práticas são criticáveis, nada têm que ver com o direito á manifestação, indignação, ou quaisquer outros direitos que queiram invocar.

D.N.-Socialistas reconhecem excessos nas acções de fiscalização da ASAE

-Se a oposição critica, e bem, os excessos na intervenção da ASAE, se o partido que suporta o governo, reconhece a existência de excessos, porque não legislar no sentido de delimitar competências á ASAE, nomeadamente regulando a especificidade de produtos regionais. Quando a fábrica das amendoas de Portalegre encerra, por vontade própria é certo, mas tendo por base a impossibilidade de cumprimento da totalidade das normas vigentes, o sr. director da ASAE congratulou-se com o facto, aplaudindo o sentido de responsabilidade dum operador económico, quando deveria era ter lamentado o encerramento duma pequena fábrica, cujos trabalhadores foram engrossar o número de desempregados, e o produto regional, terá porventura sido perdido para sempre, deixando o património gastronómico e cultural português mais pobre. Quando pensamos em campanhas como Allgarve, Westcoast, e outras, Portugal procura atrair ás diferentes regiões do país, turistas nacionais e estrangeiros, que querem observar e provar, os sabores da região, não me passa pela cabeça, que alguém queira ir a Mirandela sentar-se no McDonalds ou á Serra da Estrela e procurar por lá uma Pizza Hut. A ASAE é uma instituição necessária á nossa segurança alimentar, todos aplaudimos uma apreensão de produtos fora do prazo de validade, ou o encerramento dum estabelecimento sem condições mínimas de higiene, mas não sejam fundamentalistas, já existiram casos de restaurantes impedidos de funcionar em Portugal, que mudaram de armas e bagagens para Espanha, com os mesmos equipamentos que por cá a ASAE considerou insuficientes ou inadequados, em Espanha estão conforme a regulamentação e receberam autorização de funcionamento. Se o problema é da ASAE, controle-se a ASAE, se é de legislação, altere-se, se passa pela aplicação de normas europeias, façamos como os outros países europeus, e mandemos á m...a os burocratas de Bruxelas, mas queremos o nosso riquissimo património cultural e gastronómico intacto.

Chapelada no Partido Democrático?



-A senadora Hillary Clinton venceu ontem, as importantes primárias no Partido Democrático, nos importantes estados do Texas e Ohio. Também venceu Rhode Island e perdeu Vermont, estados menos importantes, face ao número de delegados em causa. Mas tratou-se duma vitória pírrica, desde logo no Texas, até poderá ter perdido o caucasus, o que a confirmarem-se as projecções da USA Today, as mais favoráveis a Clinton, terá ganho este estado pela curtissima margem de apenas 1 delegado. No computo geral, terão sido recuperados no máximo 15, num total superior a 150 em número de delegados. Admitindo as sondagens como válidas, confirmando-se a esperada vitória da sen Clinton na Pennsylvania e Wyoming, perdendo a Carolina do Norte e Mississipi, na melhor das hipóteses a sen. Clinton entrará na convenção de Denver com um atraso superior a 100 delegados para o sen do Illinois Barack Obama. Confirmando-se a manutenção desta candidatura, restará aos Clinton, a possibilidade duma chapelada na convenção, procurando obter em Denver, aquilo que não conseguiram nos 50 estados, mas deixarão certamente uma imagem bem pior do que aquela que tanto criticaram em 2000, a propósito da eleição de George W. Bush. Confirmando-se a eventual chapelada, será uma dádiva para John McCain, que não deixará de fazer notar aos americanos, concorrer contra a máquina do Partido Democrático, em vez do vencedor das primárias.

-Também publicado n' O Andarilho

05/03/2008

Novo partido?

D.N.-Novo partido "estará pronto para ir a eleições" em 2009

-Percebo a lógica de posicionamento do MEP, ao pretenderem colocá-lo estrategicamente algures entre o PS e o PSD, estarão os responsáveis pela criação deste projecto, falar em partido será por agora manifestamente exagerado, a fazer uma aposta na disputa do eleitorado que decide eleições, aquele centrão que tanto vota PS como PSD, consoante a credibilidade que encontra na liderança de cada partido em cada eleição. Mas os pressupostos em que assenta o posicionamento do MEP, não estarão totalmente correctos, é que essa franja de eleitorado volátil, muda estrategicamente de sentido de voto, com o intuito de decidir quem fica no poder, no passado já tivemos o exemplo PRD, com o apoio do então Presidente da República, gen. Ramalho Eanes, em 1985 quando parecia possível que o partido viesse a obter uma votação importante, obteve-a de facto, em 1987 quando o eleitorado apostou na maioria absoluta de Cavaco Silva, o PRD tornou-se pouco mais que irrelevante, ficando o PS com a sua base política de apoio, a partir da qual foi capaz de renascer, enquanto viu o PRD desaparecer. A criação dum novo partido é algo complexa, porque os partidos actualmente existentes não estão dispostos a abrir mão do poder que dispõem, menos ainda de dividir as receitas, veja-se a abertura de candidaturas independentes através de circulos uninominais em legislativas, fala-se, mas ao longo dos anos pura e simplesmente não se fez nada nesse sentido. Um partido para se implantar no terreno, não poderá ficar delimitado nos circulos académicos de Lisboa, Porto ou Coimbra, terá de ir para o terreno, para o Portugal profundo, para as tradicionais feiras e romarias, abrir o garrafão e comer sardinha e carne assada, algo que o BE verdadeiramente ainda não conseguiu, apesar de resultar duma fusão entre PSR e UDP, que já dispunham de estruturas locais, mais ou menos implantadas há perto de 30 anos. Face ao alheamento da população, em particular dos jovens, da política, não me parece possível a criação duma vaga de fundo, que possibilite um futuro risonho ao MEP. Se chegarem a constituir-se como partido político, a questão das assinaturas sendo importante, não será em si mesma um factor inultrapassável, sem grandes meios de financiamento, e pouco mais que eventualmente um par de boas ideias, e dedicação dos próprios, não me parece que consigam mais que um fraco desempenho em 2009 nas legislativas. Caso consigam lá chegar. Sem qualquer demérito na apreciação das capacidades dos mentores do projecto, diga-se.

Super tuesday - II

-McCain deverá assegurar hoje a nomeação pelo Partido Repúblicano, como candidato á presidência dos Estados Unidos da América. No Partido Democrata está tudo mais complicado, pese o momentum de Barack Obama, entretanto irá vencer mais o Vermont, Hillary Clinton ainda terá uma palavra a dizer, se conseguir confirmar a vantagem nas sondagens no Texas e Ohio. Resultados a acompanhar como já vem sendo habitual, aqui ou aqui.

04/03/2008

Aumenta a insegurança

PUBLICO-Segurança esfaqueado no Centro Comercial Colombo


-A ligeireza com que marginais, actuando em gang ou individualmente, atentam contra a vida e a propriedade de outros cidadãos, perante a manifesta incapacidade das autoridades em nos proteger, leva-me a duas ou três conclusóes, em primeiro lugar a moldura penal é demasiado branda para ter um efeito dissuasor, será necessário um forte endurecimento das penas efectivas, quanto a mim, homicídio consumado ou na forma tentada, devem ser punidos com prisão perpétua, e começo a questionar se não devemos reclamar o direito á posse de arma, para não ficarmos á mercê desta escumalha.

PS aposta em demonstração de força

PUBLICO-PS marca comício nacional para oito dias depois da marcha dos professores

-Percebo a tentação do PS, resguardado num confortável avanço nas sondagens, estudos de opinião que demonstram o apoio dos encarregados de educação á avaliação dos professores, mesmo que muitos não saibam exactamente o que significa o modelo de avaliação proposto pelo ministério, tendo enfrentado uma manifestação do PCP no passado sábado, em vésperas de mais uma no próximo, desta vez organizada pela FENPROF, embora contando com o apoio de outras organizações sindicais e não só, pretenderá o PS dar uma demonstração de força, que desvalorizará os protestos. Mas a aposta envolve riscos, uma coisa é os portugueses estarem dispostos a votar no PS, ou pelo menos não votarem noutros partidos, por não encararem outras alternativas como credíveis, algo diferente será estarem dispostos a mostrar o apoio ao governo num comício, daí que o PS tenha optado pelo Porto e não por Lisboa, sempre servirá para evitar comparações directas em termos numéricos com os eventos de protesto organizados pelos partidos á esquerda do actual governo. Em qualquer caso as comparações serão inevitáveis, veremos dia 15 a capacidade de mobilização do aparelho socialista, nem que seja necessário voltar a encher autocarros no Alandroal, desta vez para um passeio á invicta.

03/03/2008

Nova travessia do Tejo

Estudo da TIS demonstra que Beato-Montijo é a melhor opção - DiarioEconomico

-Não me surpreende que se chegue á conclusão que a travessia Beato-Montijo seja melhor opção que Chelas-Barreiro. Não por acaso foi decidida a Pte Vasco da Gama numa localização bastante próxima, então também após alguns estudos, ainda que sem o mediatismo dos actuais. Mas há outros factores que importa considerar, fazer terminar 2 pontes no Montijo, para além de manifestamente exagerado, poderia criar uma pressão urbanistica naquele concelho, para lá do razoável, salvo se se optasse por uma travessia meramente ferroviária. Só que mais década menos década, a travessia Chelas-Barreiro será inevitavelmente construida, pelo que seria preferivel então avançar desde já, se tecnicamente possível apenas ferroviária, com possibilidade de, se e quando se justificasse construir a opção rodoviária, que não me parece ser actualmente prioritária, julgo mesmo que a travessia Algés-Trafaria será muito mais urgente na melhoria das condições de mobilidadedos habitantes da margem sul, com vantagem no alívio da actual pressão sobre a muito congestionada ponte 25 de Abril.

Alterações climáticas

Sol-Tempestade-Fortes ventos provocaram nove mortes na Alemanha, Polónia e Republica Checa

-O aquecimento global não pára de causar problemas, desta vez tempestades e ventos fortes na Alemanha, Rep. Checa e Polónia. Algo nunca visto na Europa central em pleno Inverno, fenómenos extremos duma natureza implacável.

02/03/2008

Por qué no te callas?

Sol-Chávez adverte Colômbia de que uma violação territorial será «motivo para guerra»

-O proto-ditador Hugo Chavez, ameaçou a Colômbia com a guerra, caso esta intervenha militarmente no seu território, como o fez no Equador ao perseguir um comando terrorista das FARC, tendo resultado na morte de Raul Reyes, nº 2 daquela sinistra organização. Talvez fosse bom que o tirano Chavez, começasse por colocar ordem dentro de sua casa, impedindo que o seu território servisse de base de ataque de grupos terroristas a um estado soberano vizinho, de contrário, este poderá sempre e muito justamente invocar o direito de legítima defesa. Percebe-se a fúria de Chavez, derrotado nas urnas, procura a todo o custo, inimigos externos para voltar a reunir em torno da sua patética figura, a popularidade perdida.

Lei do tabaco começa a fazer estragos

Portugal Diário - Lei do Tabaco: bar fecha por falta de clientes

-As dependências não terminam por decreto. Quem tem o hábito ou o vício de fumar, não será a lei que o irá conseguir impedir, por mais convencidos que alguns doutos fundamentalistas estejam do contrário. O Bar Guerra no Porto é a primeira vítima, mas existem muitos outros estabelecimentos que apresentam sintomas, que indicam poderem vir a ter o mesmo destino. Implementa-se a lei, fiscaliza-se o cumprimento da mesma, e daqui a uns tempos poderemos vir a ter apenas espaços de grande dimensão, porque quem sai á noite para se divertir, não está disposto a fazer concessões, quem é fumador, quer fumar e escolhe um sítio onde o possa fazer, mesmo muitos não fumadores, acabam por preferir acompanhar o amigo fumador, deixando assim ás moscas, espaços que até Dezembro tinham clientes, que incapazes de gerar receita, não lhes restará outra alternativa a não ser fechar as portas. Com todas as consequências daí resultantes.

01/03/2008

Criminalidade á solta

-Desconheço se os números da criminalidade têm vindo a subir ou descer, deixo isso para as estatísticas, agora o que o governo, em particular o sr. ministro Rui Pereira não podem ignorar, é que existe uma vítima por detrás de cada número, e que existem razões para que se viva em Portugal um forte sentimento de insegurança. Ontem, uma mulher foi assassinada em Sacavém, pensa-se que talvez por tentativa frustrada de carjacking, enquanto em Oeiras um jovem foi baleado, por ter impedido um simples furto de viatura. Também esta semana, um homem foi morto num café em Camarate, durante um assalto. Estar parado dentro do carro, deslocarmo-nos a um parque de estacionamento ou a um café, são locais onde se corre risco de vida, porque os marginais tendem a utilizar métodos cada vez mais violentos. Como pensará o governo combater estes criminosos? Se eles prescindem da vida em sociedade, desprezando a vida Humana, será legítima defesa por parte da sociedade, encarcerá-los sem dó nem piedade, pois nem sentimentos esta escumalha merece. Não sendo um defensor da pena de morte, sou adepto da prisão pepétua, já que existem animais que só podem mesmo viver enjaulados.

A cidade do Zé

Sol-Capital pode vir a ter turbinas eólicas a produzir electricidade


-José Sá Fernandes pretende que Lisboa aprove o projecto wind parade, que prevê a colocação em Lisboa de 15 a 20 turbinas destinadas á produção de energia. Conhecendo bem Lisboa, cidade onde nasci, fico na dúvida se o Zé pretende criar uma nova ordenação paisagistica da cidade das 7 colinas, talvez colocando as turbinas em Monsanto, ou no cimo do parque Eduardo VII, melhor ainda, poderiamos colocá-las junto ao palácio da Ajuda ou no Castelo de S. Jorge. A falta que fez o Zé, para resolver os grandes problemas da cidade.