24/08/2007

Crédito para ensino

Á semelhança do que já acontece na Europa e Estados Unidos

-Já cá faltavam os apologistas da subsidiodependência vir a terreiro criticar o por enquanto ainda projecto governamental da criação de empréstimos bancários em condições favoráveis para estudantes, mediante condições prévias, nomeadamente o bom aproveitamento escolar. Ainda que aceite como excepção a atribuição de bolsas de estudo, há que não esquecer que os licenciados ocupam as posições mais destacadas na nossa sociedade, e bem, mas não devem ser subsidiados pelo orçamento de estado, pois tal significa estarem todos os cidadãos a financiarem um investimento do qual apenas os próprios irão beneficiar, logo será justo serem os próprios a pagar esse investimento do qual mais tarde irão colher o retorno, as bolsas de estudo devem ser uma situação extraordinária, que tenha como objectivo não privar o país dos seus cérebros mais qualificados, admitindo que determinadas áreas de investigação por exemplo, úteis para a sociedade, mas pouco rentáveis para os próprios, possam ver canalizadas para si os apoios do estado. Quanto à dificuldade que possa existir em liquidar o empréstimo, há que ter em conta os montantes a contrair dívida, um empréstimo é suposto ser liquidado, o crédito é um recurso a ser utilizado quando necessário e com moderação, nunca para irresponsabilidades, que em termos gerais tantas famílias utilizaram para os fins mais disparatados, e que agora tanto espaço lhes ocupa no orçamento mensal. Vou no entanto aguardar pelo diploma, para em concreto me pronunciar sobre o assunto, mas uma medida que há já vários anos e com resultados positivos, tem sido utilizada na Europa e Estados Unidos, parece-me uma boa importação para Portugal.

2 comentários:

SILÊNCIO CULPADO disse...

Penso que o diploma será globalmente positivo. Permitirá abrir uma janela de oportunidades a quem quer muito tirar um curso e não tem possibilidades económicas para o fazer. Porque os cursos superiores deverão ser para quem tem reais aptidões para os tirar. Eu tive um colega economista que, por ser muito rico, levou 20 anos a tirar a licenciatura numa faculdade do Estado.E isto com o dinheiro dos contribuintes. Não é justo!

António de Almeida disse...

-Concordo e subscrevo o que afirma, que se demorem 20 anos a tirar um curso nada tenho a opôr, cada um tem os hobies que quer e pode pagar, a expensas do contribuinte é que não. Quem não pode mas é francamente bom, deve ser ajudado, devendo mais tarde retribuir essa ajuda, que entretanto lhe dará mais valias em termos sócio-económicos.