31/01/2008

Quem semeia ventos...

Diario Economico - Bruxelas processa Portugal por golden-share da PT

-Totalmente de acordo com Bruxelas, os governos não podem privatizar o capital social das empresas obtendo receita, e depois manter o controlo das mesmas através de golden share sob o pretexto de interesse nacional. Que interesse? O único interesse cuja existência reconheço como legitima é o do consumidor obter o melhor serviço ao menor custo, o qual apenas se consegue quando existe uma livre e sã concorrência entre operadores, desde que os governos se abstenham de regular assuntos que não lhes dizem de todo respeito, e permitam o normal funcionamento dos mercados. Portugal não é infelizmente na U.E. o único país, que pratica esta forma de estatização encapotada, mas o Tribunal de Justiça Europeu certamente que mais uma vez, á semelhança do que tem vindo a fazer, não deixará de explicar aos governos, neste caso o português, o que é livre concorrência, com mais uma sentença exemplar.

Estudantes do secundário em protesto

Portugal Diário-Educação sexual na escolas, fim dos exames e demissão da ministra.

-Passando ao lado sobre a demissão da ministra, desconheço quem terão sido os autores destes protestos que os estudantes do ensino secundário levaram hoje a cabo, ou se terão sido instrumentalizados por alguém, mas parece-me que alguém anda equivocado nesta matéria. Em relação á educação sexual nas escolas, tenho muitas dúvidas, sou até um pouco céptico na matéria, em primeiro lugar que o actual corpo docente esteja preparado para ministrar uma nova disciplina, em segundo, e conhecendo vários jovens adolescentes, que existam condições sérias nas turmas, para que esta disciplina fosse tratada com a dignidade de qualquer outra constante do programa. Mas admitindo que sim, julgo que a mesma deveria ser ministrada por psicólogos, embora julgue ser mais eficaz consultas médicas individuais nos centros de saúde, as quais poderiam até ter um caracter obrigatório, embora aí fossem os serviços do ministério da saúde a não estarem preparados. Mas neste domínio, sem dúvida, algo tem de ser feito. Quanto ao fim dos exames nacionais, nada mais absurdo, vivemos numa sociedade cada vez mais exigente e competitiva, com todos nós em permanente formação e avaliação, o papel da escola é preparar os jovens para o futuro, logo deverá prevalecer desde cedo uma cultura de exigência, onde os exames nacionais desempenham um papel fundamental na avaliação dos alunos, professores e das próprias escolas.

30/01/2008

Músicas que gosto - XVIII



-Nirvana - All apologies

Sidadania, um blogue sobre SIDA

-Porque a infecção com HIV não tem forçosamente de significar exclusão social. Porque os infectados se devidamente tratados, utilizando algumas precauções, podem e devem viver uma vida absolutamente normal, evitando refugiar-se no isolamento, o que os transformaria nos leprosos do sec. XXI, e porque queiramos ou não, a SIDA existe, e todos aqueles que estão, ou julgam estar sãos, podem vir um dia a verificar estarem infectados com HIV, vale a pena passar neste blogue, e descobrir experiências contadas na primeira pessoa.

-Também publicado n' O Andarilho

Remodelação

-No actual governo ficámos ontem a perceber, que só existem remodelações quando solicitadas pelos próprios titulares das pastas, aconteceu com Campos e Cunha e Freitas do Amaral, repete-se agora com Isabel Pires de Lima e Correia de Campos. Pelo meio ainda António Costa, mas esse respondendo ao desígnio do Partido Socialista em tentar salvar Lisboa da ruinosa situação em que o PSD a deixou. Ouvir ontem á noite o ministro Manuel Pinho na SIC-N afirmar que a sua permanência no cargo era resultado do crescimento obtido por acção do seu ministério, não faz pois qualquer sentido, face ás explicações que as remodelações agora verificadas foram solicitadas pelos próprios, incluindo o secretário de estado dos assuntos fiscais, somos obrigados a concluir que Manuel Pinho, Jaime Silva, Nunes Correia e Mário Lino permanecem nas pastas, apenas porque não terão solicitado demissão ao primeiro-ministro. Afinal quem determina as orientações políticas? As declarações de Ana Jorge que pretende continuar as reformas no ministério da saúde são significativas, se a política seguida é para continuar, mudar o ministro para quê? Não comentando os novos titulares das pastas, seria tremendamente injusto para quem ainda nem sequer tomou posse, ao novo ministro da cultura, sabe-se ser advogado, membro do conselho de administração da Fundação Berardo, e frequentar acontecimentos culturais. Por mero acaso visitei este mês o Louvre, pena não ser socialista, de contrário seria candidato a secretário de estado?

Florida Romney vs McCain



-Para acompanhar aqui as previsões, ou consultar os resultados um pouco mais tarde.

29/01/2008

Está explicado

Expresso-Um advogado a dirigir a Cultura


-O novo ministro da cultura, José António Pinto Ribeiro é amigo de António Costa, e membro do Conselho de Administração da Fundação Berardo. O sr. comendador deu um jeito ao apoiar a lista do PS na recente eleição do BCP, ganha agora um membro do seu conselho de administração a tutelar o ministério com o qual negociava os assuntos da sua colecção no CCB. Em política o que parece é, e ainda sou livre para pensar se tudo isto será mera coincidência.

É a guerra estúpidos!

D.N.-Portugal acusado no transporte de 728 presos para Guantánamo

-Os EUA estão em guerra contra o terrorismo. Portugal escolheu um lado, o da civilização contra a barbárie, a escumalha detida em Guantanamo é a mesma que atentou contra milhares de vidas no WTC, em Madrid, Londres, Bali ou Casablanca. É escumalha da pior espécie que a Humanidade já concebeu, sobre Guantanamo só tenho uma crítica a fazer, não se considerar duma vez por todas aqueles animais como prisioneiros de guerra, e como tal, mantê-los presos até que esta termine, sem direito a julgamento, apenas a tratamento Humano, como estabelecem as convenções internacionais. As demagogias e hesitações só agravam a ameaça, são os apoiantes e membros de organizações financiadas e inspiradas pela Al-Qaeda que escolheram tal caminho, a resposta da civilização, deve ser um combate sem tréguas ao inimigo, como em qualquer guerra, inflingindo-lhes o maior número de baixas possível, aniquilando toda e qualquer estrutura que os suporte. Afinal o mesmo que estes animais desejam para as sociedades civilizadas. Portugal deve na medida das suas possibilidades, colaborar com o esforço de guerra das sociedades democráticas, seja com os nossos bravos soldados no Afeganistão, através de bases ou corredores aéreos.

Quanto valem hoje os Kennedys

D.N.-Combate inesperado Kennedys 'versus' Clintons



-Barak Obama recebeu um inesperado apoio, daqui a uma semana veremos se terá sido um apoio de peso, um presente envenenado, ou algo meramente simbólico. A américa no seu todo, sempre olhou a família Kennedy como uma espécia de realeza, mas Ted Kennedy, várias vezes concorreu á nomeação do partido Democrático, nunca a tendo conseguido. Veremos pois o peso real que Obama agora recebe, ou se terá um valor meramente simbólico, a meu ver talvez possa influenciar os resultados no Massachussets, mas não deverá ir muito além. Com a Florida e Michigan fora das contas, sendo previsiveis vitórias de Hillary em N.Y. e Califórnia, eventuais vitórias de Obama no Illinois, Geórgia e Massachussetts, poderão deixar a questão totalmente em aberto até á convenção, não sendo de descartar que será necessário aí negociar o apoio de Edwards, quiçá garantindo-lhe o ticket de v.p.

ASAE no seu melhor



Clique na imagem para aumentar.

28/01/2008

Avaliação de desempenho dos professores

PUBLICO-Divulgadas fichas de avaliação de desempenho dos professores


-Correndo o risco de estar a escrever este comentário, sem conhecer o conteúdo efectivo da ficha de avaliação de professores, merecem-me desde já um comentário as críticas da FENPROF, pelos vistos estes srs gostariam que continuasse tudo no regabofe habitual, onde os bons se misturam com os maus, progredindo na carreira por antiguidade e não por mérito. A existência de fichas significa o estabelecimento de objectivos concretos, que todos os professores, sindicalizados ou não, tomarão conhecimento, pelo que a partir de agora passam a saber com o que contam, desaparecendo a carga de subjectividade que serve sempre para camuflar eventuais compadrios. Como é óbvio cabe ao ministério a definição dos critérios, tendo por base uma opção política, certa ou errada poderemos depois discuti-la, sendo sempre possível que os sindicatos possam, assim o queiram, apresentar propostas de aperfeiçoamento das mesmas, nomeadamente se tal contribuir para dignificar a carreira docente. Agora ameaçar recorrer aos tribunais, porque uma ficha de avaliação de desempenho não foi discutida com um sindicato, parece-me um absurdo, nenhuma entidade, pública ou privada, tem de negociar critérios de avaliação com os seus trabalhadores, avalia e pronto, existindo sim o dever de dar a conhecer á partida quais os critérios, para que exista transparência nas avaliações, e caso tal não venha a suceder, aí sim, deverão os sindicatos exigir garantias de equidade nas avaliações entre os seus associados. A bem de todos, nomeadamente dos bons professores e do ensino em geral.

27/01/2008

Um dos melhores filmes da década de 90



-Underground, um filme de Emir Kusturica, Jugoslávia, era uma vez um país.

South Carolina Results


-Resultados completos aqui.

Obama wins South Carolina

washingtonpost.com - nation, world, technology and Washington area news and headlines



-Avança o Washington Post, pode seguir o resultado aqui.

26/01/2008

Go Obama




-Á frente nas sondagens, espero que consiga a vitória no importante estado da Carolina do Sul.

Está tudo doido?

baltimoresun.com - Bay & Environment: Global warming protest frosted with snow




-Protestos contra o aquecimento global prejudicados pela queda de neve!

Via O Insurgente

25/01/2008

Vai uma aposta?

Portugal Diário-PGR abre inquérito a afirmações de bastonário

-Depois do inquérito que o sr. Procurador Geral da República irá mandar instaurar, alguns discursos políticos, e das próximas 300 aparições televisivas do dr. António Marinho, sempre escudando-se no sigilo profissional, e que não pode concretizar matéria de investigação, tudo acabará por dar em nada!

Sabe o que diz, dr. Menezes?

PSD: Menezes admite ministro único para a Administração Interna e a Justiça - RTP Notícias

-Talvez existam falta de médicos em Portugal, talvez o dr. Luis Filipe Menezes seja um excelente médico, não coloco minimamente em causa a sua qualidade profissional, melhor médico que político será certamente, a julgar por mais esta ideia peregrina. Juntar o ministério da administração interna com o ministério da justiça, significaria tutelar policias, M.P. e juizes. Mesmo considerando a independência do poder judicial, colocar debaixo da mesma tutela estas instituições não lembraria ao diabo, mas lembrou ao dr. Menezes, a Ribau Esteves ou Cunha Vaz?

Reforma escolar

PUBLICO-Professores são profissão em que portugueses mais confiam e a quem dariam mais poder

-Aproveito a boleia deste estudo de opinião, manifestamente favorável aos professores, para afirmar que as necessárias reformas no sistema de ensino, em todas as suas vertentes, não podem ser realizadas sem os professores. Cada escola deve ter a meu ver, uma autonomia que a responsabilize pelos resultados obtidos, pelo que será necessário uma gestão profissional, mas entendo que a escola enquanto entidade, deverá sempre ser dirigida por um professor, na figura do director. Mais importante ainda, embora seja desejável a participação das autarquias nos orgãos executivos de cada escola, e possam as mesmas contar com a colaboração de gestores profissionais, será muito importante que os professores tenham um peso nesses orgãos, se não maioritário, então pelo menos significativo, e que os professores nomeados para tais funções, o sejam por progressão na carreira, e não por nomeação política, venha ela do ministério ou da autarquia. Todos sabemos como funcionam as nomeações mesmo quando supostamente têm objectivos funcionais, como o centro de saúde de Vieira do Minho, qualquer político na hora de nomear, repara sempre no boy/girl que tem mais á mão. O sucesso das políticas educativas, também depende da confiança dos cidadãos, e pelos vistos, os professores serão os mais capazes de gerir essa confiança que os cidadãos neles depositam, assim os políticos o permitam, a bem da credibilização do sistema. Depois existirão outros factores, como programas curriculares por exemplo, mas nenhuma política neste sector terá sucesso, se a escola não funcionar bem. E tenho a certeza, que existem professores capazes de implementar estas reformas, com independência e profissionalismo, nada mais. Á escola o que é da escola, á política o que é político!

24/01/2008

Estado mau pagador

TSF-Ministro quer reduzir tempo de pagamento a fornecedores

-Teixeira dos Santos anuncia a redução do prazo de pagamentos, por parte do estado e seus agentes, a fornecedores, procurando em três anos, atingir a meta de 40 dias em termos médios, contando para tal, com um esforço de recuperação de 15 a 25 por cento ao ano. Bravo, esperemos que tenha sucesso. Mas! Bravo? esperem um pouco! o ministro quer dizer que ainda vai demorar três anos a conseguir aquilo que seria suposto verificar-se sempre? o estado, pessoa supostamente de bem, honrará os seus compromissos a tempo e horas, talvez daqui a três anos? e eu? posso liquidar os meus impostos também daqui a três anos? até lá, quantos mais empresários terão de liquidar IVA por facturas emitidas, aguardando por boa cobrança junto do estado? e se para liquidarem o IVA não conseguirem assegurar o cumprimento dos salários com os seus colaboradores? poderão estes dizer na mercearia, no supermercado, e até junto do banco, onde com alguma probabilidade onde o estado exerce influência, que cumprem com o seu empréstimo á habitação, no máximo daqui a três anos? Três anos é muito tempo sr. ministro, e tempo é algo que o estado não concede enquanto credor, executando penhoras e cobrando juros. Quando o estado não tem disponibilidade de tesouraria, não seria preferivel cumprir as obrigações, contratualizando o estado com a banca empréstimos, com quem tem aliás relações priviligiadas, detendo a totalidade do capital duma instituição, e ligações muito próximas noutra, em lugar de exigir aos contribuintes, que sejam eles uma espécie de banco do estado, onde este se vai financiar?

Oposição ao governo

-O CDS-PP é nestes dias a única oposição á direita do governo. Critica a política fiscal do governo, questiona a actuação da ASAE, apresenta propostas para reduzir os gastos do SNS e dos cidadãos com medicamentos, tudo claro, simples, podemos estar de acordo ou não, mas temos de reconhecer o mérito de quem faz o seu trabalho, oposição política. Ao invés, o PSD desgasta-se a conseguir para um seu militante, a presidência da CGD, reclama poder de nomeação dos comentadores políticos nos operadores de televisão, não tem qualquer relevância na agenda política, a reboque do PS no referendo, a reboque do Presidente da República e da sociedade civil na Ota, a reboque do CDS-PP no parlamento, a reboque da Cunha Vaz & associados na comunicação. O PSD deixou de ter um rumo, vai para onde o rebocarem, menos mau, com esta liderança errática também não saberia encontrar caminho para parte alguma. No CDS-PP o líder resguarda-se, deixa Pedro Mota Soares, Diogo Feyo, Hélder Amaral ou Teresa Caeiro protagonizarem a agenda mediática, aparecendo no parlamento apenas nos embates com José Sócrates, no PSD, partido de liderança bicéfala, raramente passa um dia sem comentarmos declarações do líder Menezes ou do líder Santana Lopes. Mas percebe-se que ninguém no PSD apareça a dar a cara, na defesa das posições do partido, afinal passadas umas horas existiria um sério risco de ver a sua intervenção desautorizada, será que o partido tem mesmo posição oficial sobre qualquer uma das matérias, que tanto preocupam os portugueses? O esforço que o CDS-PP tem desenvolvido, apesar de meritório, talvez não seja suficiente, e caso não surjam no PSD, outras figuras, ou uma mudança de estratégia capaz de colocar o partido finalmente no bom caminho, temo como consequência, sofrermos este socrático regime controleiro até 2013, no mínimo.

23/01/2008

«Olho Vivo» necessita de óculos

Portugal Diário-Imigração: oito marroquinos já foram repatriados

-Obviamente começou o repatriamento dos cidadãos marroquinos, que foram detectados em meados de Dezembro na ilha da Culatra, Olhão. Nada a dizer, Portugal é um estado de direito, existem leis, as mesmas devem ser respeitadas. Como sempre nestas alturas, surjem associações a defender o absurdo, neste caso a associação "olho vivo", que já agendou uma manifestação de protesto. Estes srs da "olho vivo", estão a ver mal o problema, talvez necessitem usar óculos. O que deve ser combatido não é a actuação das autoridades portuguesas, e sim das redes que exploram estes imigrantes na origem, existindo uma responsabilidade por parte das autoridades nos países de origem, as quais têm o dever de perseguir e combater estas redes. Conceder autorização de residência, e já agora atribuir a estas pessoas o rendimento social de inserção, seria recompensar o crime e seus agentes, enviando um sinal claro ás redes que exploram esta actividade, que valeria a pena tentar atravessar o oceano nesta zona, o que seria imediatamente aproveitado para criar novas rotas de desastre humanitário, cuja responsabilidade moral passaria a ser também de Portugal. Nada tenho contra a imigração, mas legal, com redes mafiosas, tolerância zero, por muito que custe, há que manter a soberania nacional.

22/01/2008

A vida inspira-os



Via O Cachimbo de Magritte

ASAE no parlamento

-O inspector-geral da ASAE, António Nunes, ouvido hoje em audiência parlamentar, de todo não convence. Para começar, passou completamente ao lado das perguntas dos deputados Pedro Mota Soares e Hélder Amaral, dizendo três ou quatro frases de carácter genérico, escudando-se sistematicamente na legislação europeia. Esquece-se o sr. António Nunes, que os portugueses também viajam, ainda há dias regressei de Paris, tendo na altura escrito este post. Mais cigarrilha, menos cigarrilha, julgo que a questão do casino é infinitamente menos importante, que o prazo de validade dos extintores nas instalações da ASAE estar expirado, que moral terá hoje um inspector desta autoridade, em levantar auto a qualquer operador económico que se encontre nas mesmas condições?

21/01/2008

Défice recua 26,7% segundo o governo

Défice orçamental diminui 26,6% em 2007 - Diario Economico.com

-O ministério das finanças, congratula-se pelo facto de ter obtido uma redução do défice orçamental, situando-se o mesmo, na ordem dos 2,5%. Claro que á boa maneira socialista, tornou a aumentar a despesa total do estado, revelando a ineficiência do mesmo, apesar de todos os encerramentos na área da saúde, e outros cortes orçamentais. O resultado foi obtido á custa do aumento das receitas, leia-se dos nossos impostos, através de cortes e reduções nas isenções e benefícios fiscais, aumento de funcionários abaixo da inflação e ajustes nos escalões de impostos. Também algumas habilidades de tesouraria, permitiram a contabilização de receitas extraordinárias, algo a que o PS enquanto oposição, prometeu não recorrer, mas em matéria de credibilidade quanto a promessas eleitorais, estamos conversados. Dado existirem cada vez menos possibilidades de recorrer a receitas extraordinárias, face á falhada reforma da administração, e crescente aumento da despesa pública, gostaria de perceber quando pensa o PS aliviar a carga fiscal que asfixia o contribuinte português, nomeadamente a classe média, provando a baixa do consumo e dificuldades no investimento.

Nokia boicotada na Alemanha?

D.N.-Governo alemão pede boicote ao uso de telemóveis 'Nokia'

-Mas que grande disparate, diria mesmo estupidez, está a ser protagonizada pelos políticos alemães, inclusivé alguns membros do governo, parlamento, e dirigentes estaduais. Claro que como consumidores têm todo o direito de não adquirir produtos da marca Nokia, enquanto responsáveis, poderiam, e certamente que exerceram pressões no sentido de evitar a deslocalização da empresa, mas nestas questões, há que ter memória e manter uma certa coerência, nunca reparei que qualquer político alemão, tivesse criticado a Siemens, Volkswagen, Grundig ou outras empresas nacionais, quando também elas optaram pela deslocalização, saindo por exemplo, de Portugal.

20/01/2008

Músicas que gosto - XVII

Jimi Hendrix - Wind Cries Mary

-Para quem gosta dum bom som de guitarra.

Desertificação interior

-Ontem vi no telejornal da RTP 1, uma reportagem que dava conta dos investimentos espanhois realizados na produção de azeite, no Alentejo entre Beja e Serpa, aproveitando a proximidade do Alqueva, que segundo os próprios favorece a plantação de olival. Hoje li algures que o casino de Chaves, aposta na proximidade com Espanha, para atrair clientes. Li ainda, que em Valença, a criação dum polo logistico, está a atrair investidores da Galiza, ligados ao sector automóvel. Estas 3 notícias, só aparentemente não estão relacionadas entre si, ainda ontem Luis Filipe Menezes, lider do PSD, numa atitude bem portuguesa, reclamava que o estado deixasse de cobrar IRC, como forma de combater a desertificação interior, e promover o desenvolvimento. Também passa por uma questão de mentalidades, o que significa dificuldade para os portugueses, representa oportunidade para os espanhois, por não estarem habituados a depender do estado, mas de si próprios. Mais do que subsídios ou isenções fiscais, o combate á desertificação deverá ser feito instalando no interior serviços prestados pelo estado, não criados propositadamente, é óbvio, e sim deslocalizando na medida do possivel do litoral para o interior, universidades por exemplo, laboratórios e institutos, os quais ainda teriam a virtude de atrair massa cinzenta, que tanto tem fugido das cidades do interior. Naturalmente para tal, seria necessário coragem, e vontade política, de contrário, daqui a uns anos, sem qualquer invasão, ouviremos falar castelhano na maior parte do território nacional, sem ser necessária qualquer invasão, união ibérica, ou qualquer atitude de força, e não me venham falar em regionalização para combater o problema, primeiro fixem-se populações, antes que seja efectivamente um deserto, ou que a fronteira se aproxime cada vez mais do litoral.

19/01/2008

Nada como aproveitar a experiência

Armando Vara será responsável pelos desinvestimentos de activos do BCP - Diario Economico



-A nova administração do BCP, com trabalho árduo pela frente, não terá tempo a perder, segundo o Diário Económico, estão já a ser definidos os pelouros, Armando Vara, terá entre outras responsabilidades, a seu cargo a fundação BCP. Nada como aproveitar o know-how!

Mercado editorial agita-se

J.N.-Grupo da Bertrand adquire Pergaminho

-É frequente ouvirmos queixumes que os portugueses não lêem, os livros não se vendem, as livrarias têm dificuldade em sobreviver, algumas até já encerraram. Num ápice, abre uma mega livraria em Lisboa, o sector editorial agita-se, valoriza-se, e dão-se uma série de fusões e aquisições. Por um lado percebo, as concentrações editoriais, mais que um catálogo, visam adquirir os direitos de comercialização deste ou daquele escritor, mas num mercado tão residual como o português, esta agitação só pode comportar alguns riscos, que pelos vistos os interessados estão dispostos a correr. É cedo para prever o cenário resultante de todas estas movimentações, mas esperemos que a agressividade comercial de quem quer vender os seus produtos, possa resultar num aumento dos hábitos de leitura dos cidadãos portugueses.

Preços nos ginásios

J.N.-Ginásios poderão ter de devolver verbas a clientes

-Ainda não me tinha pronunciado sobre este assunto, porque não existe a meu ver caso nenhum, o governo decidiu, bem a meu ver, baixar o IVA de 21% para 5%, nos preços practicados por ginásios, estes ao que parece, decidiram manter ou aumentar os preços, direito que inequivocamente lhes assiste, enquanto operadores económicos. Veio agora a DECO, que comvém relembrar não passa duma associação privada de defesa dos seus associados, não sendo pois nenhum organismo oficial, como por vezes se pretende fazer passar para a opinião pública, entender que os ginásios poderão vir a ser obrigados a devolver dinheiro aos seus clientes. Nada mais errado, nada mais estúpido, os ginásios ao manterem os preços, traduziram de facto a baixa de imposto, num aumento de lucros, o qual vai por sua vez gerar impostos, se existe alguma entidade com interesse na matéria será a DGCI, o resto é uma mera questão de mercado, onde cada operador presta um serviço a determinado preço, cabendo ao cliente optar por aquele que entre múltiplos factores de decisão, lhe apresentar a melhor proposta, não deixando obviamente de prestar atenção á relação qualidade/preço. Intervir no preço practicado por um ginásio, seria tão imbecil quanto tabelar o preço dum bife num restaurante, mas os defensores da economia planificada, emergem sempre nestas alturas, não percebendo que o seu tempo já passou, pois os consumidores sabem escolher, não precisam que os tratem como coitadinhos.

18/01/2008

Lei eleitoral autárquica

-Por várias vezes defendi a reforma da lei eleitoral autárquica, ainda que muitos afirmem tal não ser necessário, a maioria das câmaras municipais são governadas por maiorias absolutas, muito poucas vezes nos últimos 30 anos caíram executivos municipais, argumentos verdadeiros e válidos é um facto, mas mesmo assim continuo a defender alterações profundas á actual lei, mas não este disparate que PS e PSD se preparam para aprovar, num pacto entre ambos. Desde logo, o espírito da actual lei, ao consagrar a existência de executivos colectivos, mais não é que uma emanação do espírito irresponsável que se viveu em Portugal durante o PREC, quando se procurava que todas as decisões fossem tomadas de forma colectiva, o tempo encarregou-se de chamar o país á razão, personalizando claramente os órgãos políticos, hoje, mais que em partidos, as pessoas já votam maioritariamente nos cabeças de lista, não fazendo pois sentido que vereadores derrotados nas urnas, façam parte do executivo municipal, por vezes até com pelouros, responsáveis por aplicar soluções que não defenderam. Em meu entender, faria sentido sim, eleger directamente um candidato a presidente de câmara, o qual uma vez eleito poderia escolher a sua equipa, a sua queda significaria a queda do executivo, mas tal implicaria uma lógica diferente nas Assembleias Municipais, nem mais nem menos que a sua parlamentarização, fazendo dela depender o executivo municipal. Isto teria naturalmente consequências ao nível de financiamento das próprias A.M., competências e composição, devendo aí sim, existir uma lógica de representação proporcional. Mais, possibilitaria a responsabilização directa dos autarcas, pelos seus actos de gestão, o que talvez precisamente se queira evitar, não indo mais longe neste projecto de revisão, assim sendo, seria preferível manter a actual lei, que até tem funcionado.

Palavras para quê?

-Vale a pena ouvir as declarações de Mário Lino. Aqui.

17/01/2008

Empréstimos á habitação com tendência para descer

Taxas Euribor descem com declarações do BCE-Diario Economico

-A taxa Euribor, em queda há já vários meses, poderá ser acompanhada dum corte nas taxas de juro por parte do BCE, admitiu Yves Mersch, membro da instituição, no sentido de travar quebras na actividade económica. Caso tal venha a suceder, aguardo com expectativa as reacções dos críticos do costume, acusando o BCE de seguir uma política neo-liberal, estar ao serviço do capital, e demais disparates que costumam nesta altura surgir. E claro, porque também eu tenho crédito á habitação, me dará um certo jeito qualquer folga orçamental, não irei é endividar-me de seguida, contraindo mais empréstimos, para protestar contra tudo e contra todos, quando inevitavelmente as mesmas voltarem a subir. A economia tem ciclos, acredito que alguns cidadãos genuinamente tenham dificuldade em perceber esta lógica, mas também há muito quem se aproveite, para propagandear acusações e falsidades, sem contudo apresentar soluções credíveis.

BCP perde 686 milhões em bolsa

J.N.-BCP perdeu 686 milhões um dia após eleição de Santos Ferreira

-As acções do BCP desvalorizaram, perdendo 686 milhões de Euros de capitalização bolsista, num dia apenas, mas não um dia qualquer, o dia seguinte á submissão do capital accionista do banco perante o poder político. O mercado não perdoa, a conjectura internacional não é favorável, as casas de investimento reduzem o nível das recomendações sobre os títulos do BCP, a maioria dos accionistas são quem irá sair a perder de toda esta situação, a maioria dos accionistas, não a maioria do capital, os grandes investidores, esses certamente só terão de esperar até que o estado os recompense pela sua obediência, atribuindo-lhes condições favoráveis num qualquer próximo investimento público. Para pagar tal factura, estarão disponíveis os mesmos de sempre, o contribuinte, tal como os pequenos accionistas do BCP, os perdedores de toda esta negociata. Claro que não estou a defender a anulação dos direitos dos grandes investidores, nem contra o capitalismo, defendo o funcionamento duma economia de mercado, acredito no liberalismo económico, mas neste episódio lamentável do BCP, funcionaram políticos, pressões, cunhas, compadrios, tudo menos o mercado.

16/01/2008

Para desmistificar um embuste quase centenário

-Ainda que não seja propriamente um monárquico, tão pouco sou adepto da república, muito menos da bandalheira da I repúplica, dominada por demagogos e canalhas, entre os quais o execrável Afonso Costa, estarei atento ao Centenário da República, onde entre outros, escrevem João Távora, Nuno Pombo e Duate Calvão, comentadores que habitualmente leio, noutros locais ali na barra ao lado.

Análise política na televisão

-Luis Filipe Menezes avançou com a ideia, Pedro Santana Lopes defendeu-a ontem na SIC-Notícias, estou a falar dos critérios de escolha dos comentadores políticos na televisão, primeiro não dei grande relevo ao assunto, depois pensei um pouco melhor, lembrei-me do triste episódio protagonizado por Rui Gomes da Silva, quando criticou o então comentador de política na TVI, Marcelo Rebelo de Sousa, e chego á conclusão que esta gente acredita mesmo nos disparates que afirma, achando-se no direito de condicionar a livre escolha dum operador de televisão quanto aos seus comentadores e analistas políticos. A estupidez chega tão longe, quanto sugerir os nomes de Manuel Alegre ou Ribau Esteves para protagonizarem tais programas, que esqueceram-se dum pormenor, caso um deles não consiga obter as audiências esperadas, estarão o PSD e a sua actual direcção, dispostos a indemnizar o operador das eventuais quebras de receita publicitária, resultante da falta de audiências? Ou pretendem colocar o anúncio de publicidade institucional durante os comentários do dr. Ribau Esteves? Não sei o que pensará Augusto Santos Silva, bem como o governo socialista desta proposta social democrata, mas não me custará acreditar, que quem já tentou controlar a comunicação social, possa vir a apreciar esta proposta aberrante, como uma boa base de trabalho. Por mim, gosto de ouvir Pacheco Pereira, com quem estou em quase permanente desacordo, como ouço António Vitorino ou Marcelo Rebelo de Sousa, mas quando quero, e não quando mo impõem, o que pretende o PSD é reduzir os comentadores á figura de papagaios, mas para tal já existem os direitos de antena. E deixem a comunicação social em paz, queixarem-se da intromissão do governo, e virem depois com ideias destas, mais do que comportamento errático, é desonestidade intelectual.

Socialismo 1 - Capitalismo 0

-Santos Ferreira foi eleito presidente do conselho de administração do BCP, com 97,76% dos votos. Esta votação traduz a meu ver, a submissão dos grandes accionistas aos interesses do estado, não por acaso quando o governo é socialista, aliás será curioso verificar que a lista encabeçada por Miguel Cadilhe, obteve uma votação expressiva em número de votantes, pequenos accionistas. Para corroborar a minha afirmação, será fácil verificar, que todos os agora eleitos, Santos Ferreira, Armando Vara e até Paulo Macedo, são oriundos do estado, ou do sector público, o que vem dar ao mesmo, quanto aos grandes accionistas, todos eles são tutelados pelo estado, directa ou indirectamente, com golden share, ou no caso da Sonangol pelo estado angolano, no qual muitos destes accionistas têm interesses e negócios, logo estão numa situação de dependência. Tirando o caso da Sonangol, digam-me por favor, quantos administradores destas empresas accionistas do BCP têm administradores que nunca tenham estado ligados ao estado, ou aos partidos políticos do chamado arco da governabilidade, o bloco central de interesses? Para mais, vislumbrando-se no horizonte a construção duma cidade aeroportuária, a 3ª travessia do Tejo, ou investimentos públicos no Oeste, não falando dos interesses em Angola, alguém acreditará que o capitalismo quer verdadeiramente ser independente do regime socialista? Quando muitos apontam as políticas neo-liberais como culpadas dos problemas económicos e sociais que o país atravessa, será talvez altura de perguntar se existe mesmo algum liberalismo em Portugal, liberais existirão, mas não estes srs que vêm frequentemente reclamar flexibilização das leis laborais, uma menor intervenção do estado na economia e outro rumo na política fiscal e económica, que depois ajoelham de forma subserviente, defendendo princípios válidos, mas praticando um liberal-socialismo, ajoelhando-se aos pés do poder político.

15/01/2008

Quero lá saber da ASAE



-Recentemente fui passar um fim de semana no Alentejo, região pela qual tenho apreço por vários motivos, entre os quais a sua gastronomia. Tentando adquirir uma perdizes de caça, e uns queijos artesanais, logo fui confrontado com a sua falta, nos pontos de venda habituais. A ASAE, sempre a ASAE e a sua estúpida regulamentação querendo obrigar-nos a prescindir dos nossos hábitos e prazeres, conduzindo-nos em direcção aos fast-food, como se fossemos um rebanho. Claro que mandei a ASAE ás malvas, e adquiri os produtos a particulares, ao abrigo da economia paralela, toma lá dá cá, livres da ASAE, e de impostos. Ah, já me esquecia, também comprei uns enchidos maravilhosos, e voltarei lá em breve para trazer mais assim que tiver tempo!

Graçolas oportunistas

-A partir de hoje, o novo endereço electrónico de acesso ao Millennium BCP

www.millenniumbcp.gov.pt

-Via Tomar Partido.

Pela erradicação da mutilação genital feminina

Petição contra a Mutilação Genital Feminina
Ao Sr. Louis Michel, Comissário Europeu para o Desenvolvimento & Ajuda Humanitária;
Aos Ministros para a Cooperação e Desenvolvimento dos países da União.

-Os interessados podem divulgar, e assinar aqui a petição.

14/01/2008

Gestão colegial não deixa saudades

J.N.-Gestão colegial das escolas despede-se em polémica

-Porque não acredito em orgãos de direcção colegiais, estou completamente de acordo com a instituição da figura do Director, nas escolas deste país. É o princípio da responsabilização, se existe alguém responsável, temos um rosto que podemos culpabilizar pelos problemas, ou atribuir os louros pelo sucesso alcançado, mas uns breves reparos, que o Director da escola não venha a ser considerado um cargo de confiança política, todos nos lembramos do triste episódio do centro de saúde de Vieira do Minho, bem sei que o ministério é outro, mas o governo e o partido que o suporta, são os mesmos, e apesar de tal cargo ser alcançado através de eleição, estando os municípios envolvidos no processo, tudo é possível, em segundo que se dignifique a carreira docente, não existe política educativa bem sucedida, sem ou contra os professores, pelo que não poderão ser excluidos deste processo, julgo que o Conselho Geral das escolas deveria também ele ser presidido por professores, e não por pais, menos ainda por representantes do poder autarquico, que servem uma lógica eleitoralista. O reforço da autoridade dos professores, a formação contínua dos mesmos, a progressão na carreira, eventual introdução de mecanismos remuneratórios que premiassem os resultados obtidos, os quais naturalmente só poderiam ser aferidos em exames nacionais, são caminhos que deveriam a meu ver ser seguidos, porque não existe um Portugal com futuro, sem sucesso na educação.

Algumas considerações sobre o aeroporto em Alcochete

-Passados que estão alguns dias do anúncio por parte do governo, de mudar o local de construção do novo aeroporto internacional de Lisboa da Ota para Alcochete, será altura de levantar algumas questões. Todos conhecemos o modelo de financiamento autárquico em Portugal, será pois normal e previsível, que venham a surgir pressões de interesses imobiliários no sentido de obter novos licenseamentos em toda a área envolvente, mas será desejável que os governos, actual e futuro, uma vez que este projecto é de interesse nacional, bem como os municípios da região não alterem os PDM excepto no tocante á construção do aeroporto e cidade aeroportuária, mesmo aqui o modelo é amplamente discutível, havendo desde já quem se prepare para construir um elefante branco. Será importante perceber, uma vez desactivada a Portela, solução que de todo me desagrada, que planos reservam efectivamente os municípios de Lisboa e Loures, porque um eventual prolongamento da Alta de Lisboa, ou uma nova Expo, significam mais do mesmo, continuar a apostar no levantamento de betão, deixando ao abandono o centro da cidade, cuja reabilitação deveria ser promovida. Obtida pois uma importante vitória da sociedade civil, evitando o esbanjamento dos dinheiros públicos, será necessário que o país não adormeça, pois não falta neste país, quem queira gastar á tripa forra, sabendo que para muito boa gente, crescimento e desenvolvimento, são sinónimos de construção civil e obras públicas.

13/01/2008

Músicas que gosto - XVI

Ava Adore

-Smashing Pumpkins, aqui em Ava Adore, uma das bandas que gosto desde meados da década de 90, e que por 2 vezes tive ocasião de ver ao vivo.

Para evitar problemas

-O Blasfémias, um dos meus blogs preferidos, mudou de endereço como forma de evitar os problemas a que tem estado sujeito pelo Google, podem consultá-lo em: http://www.blasfemias.net/

Não faças aos outros...

J.N.-Menezes disposto a convocar eleições já no próximo mês

-Todos nos lembramos certamente do periodo 2005-2007, liderado no PSD por Luis Marques Mendes. Luis Filipe Menezes dizia na altura, que o facto de existirem críticas á liderança do partido era sinal de vitalidade, que os militantes pensavam pela própria cabeça, e daí emergia a grandeza do próprio partido, o próprio Menezes na altura, apresentava na SIC-Notícias onde era comentador residente, no seu blogue pessoal, o tal que era gerido por um assessor da Câmara de Gaia, ou sempre que a ocasião surgia, críticas ao anterior líder, fossem elas de conteúdo, quando o actual governo avançou para a Ota, Menezes apoiou enquanto Mendes criticou a opção, ou de estilo, quando afirmava que Mendes não conseguia entusiasmar, e não descolava nas sondagens. O que mudou então? Luis Filipe Menezes foi eleito líder, e não quer conviver com críticas internas? Todos os anteriores lideres do partido, incluindo Sá Carneiro e Cavaco Silva, tiveram de conviver com as mesmas, o partido nunca foi de facto um espaço de pensamento único, que razões levam Menezes a exasperar? Talvez a agência de comunicação já tenha percebido, que tal como a anterior liderança, Menezes também não mostra credibilidade, não entusiasma, e apesar do PS descer nas sondagens, o PSD não sobe. Com Santana Lopes a ganhar protagonismo na bancada, Aguiar Branco e António Preto estatuto no seio do grupo parlamentar, o primeiro causando um certo mal estar, o segundo sendo mesmo impedido de discursar, aparecendo regularmente Miguel Relvas nas televisões, Rui Rio e Pedro Passos Coelho a espaços, gostei de ouvir ontem Passos Coelho em entrevista na Antena 1, percebe-se que existem caminhos diferentes deste PSD errático e pouco credível, que já nos habituou a dizer tudo e o seu contrário.

12/01/2008

O rebanho do bloco central

D.N.-Acabou-se o sonho dos círculos uninominais

-PS e PSD negociando alterações á composição dos circulos eleitorais, pretendem redesenhar o mapa, mas as alterações que pretendem limitam-se á criação de circulos plurinominais mais pequenos, a par da existência dum circulo nacional. Fica de lado a hipótese da existência de circulos uninominais, e porquê? porque os partidos gostam pouco de deputados que pensam pela sua própria cabeça, as direcções partidárias olham para as suas bancadas parlamentares como se de um rebanho se tratasse, impondo frequentemente a disciplina de voto, e calando as poucas vozes dissonantes, como fez ainda esta semana o PSD com o deputado António Preto na questão do referendo ao tratado de Lisboa. No PS o panorama é igual, á excepção de Manuel Alegre, olhado como uma bizarria por uns, com inveja por outros, pois conquistou para si um estatuto único na A.R., que lhe permite assumir posições próprias. A forma como os partidos entendem ser seus os lugares dos deputados, retirando-lhes autonomia, não se limita aos 2 principais partidos, veja-se o recente episódio Luisa Mesquita com o PCP a considerar seu o lugar da deputada, ou a rotação que o BE impõe na sua bancada. A criação de circulos uninominais levaria os eleitores a escolher directamente o seu deputado, o qual para ser reeleito teria de defender os seus interesses, sendo de prever que quando colidissem com os partidários, para assegurar a reeleição o deputado escolhesse o povo, mas aos partidos dará certamente mais jeito um yes man, que faça promessas para conseguir a eleição, mas uma vez eleito procure desculpas para as não cumprir, algo afinal tão comum nesta democracia portuguesa. Com esta negociata, o status quo está asssegurado, o rebanho continuará o seu caminho obedecendo ao pastor.

11/01/2008

O que é um conflito de interesses?

-Á mulher de César não basta ser séria, também, tem de o parecer, é um ditado muito antigo que serve ás mil maravilhas neste caso. A antiga cadeia das Mónicas em Lisboa, tal como a antiga prisão de Brancanes em Setúbal, foram ambas adquiridas pelo grupo imobiliário Diraniproject. Não quero obviamente levantar acusações, mas deixo um reparo, a empresa que adquiriu é administrada pelo advogado António Lamego, irmão do destacado dirigente socialista José Lamego, e ex-sócio do ministro da Justiça Alberto Costa, na sociedade de advogados que este último fundou em 1999. Negócios entre amigos, porreiro pá!

Divisões internas no PSD

D.N.-Aguiar-Branco gera tensão na reunião da bancada

-Ainda existem pessoas que pensam na actual bancada parlamentar do PSD. Concordando-se ou não com as suas posições, as quais resultam naturalmente da convicção individual de cada um, Aguiar Branco, António Preto, defensores do referendo no tratado de Lisboa, ou Miguel Relvas que já tratou de relembrar ter sido um dos defensores de Alcochete, quando Luis Filipe Menezes ainda defendia a Ota. Tenhamos esperança, mesmo com aquela primeira fila da bancada social-democrata, de duvidosa qualidade, atrevo-me a afirmar do meu ponto de vista, sem qualidade nenhuma, existe massa encefálica nas filas mais á rectaguarda, e noutros militantes que não se sentam no hemiciclo. Nem todo o PSD, e muito menos os seus simpatizantes e milhares de eleitores que não exercendo militância, ao longo dos anos se habituaram a votar neste partido, considerando-o muito legitimamente como também seu, se revêm na lógica rebanhistica de seguir o chefe, por mais errático que seja o caminho escolhido.

10/01/2008

Justiça económica

ECONOMIA - PUBLICO-http://economia.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1316170&idCanal=57

-O sr. Oliveira tem um restaurante. Na mesma rua, o sr. Ferreira também tem um restaurante, logo é concorrente do sr. Oliveira. No restaurante do sr. Oliveira trabalha um excelente funcionário, o sr. Vara, que aliciado pelo sr. Ferreira, decide melhorar a vida, e muito legitimamente mudar de emprego. O sr. Vara pede uma licença sem vencimento, deverá ser o sr. Oliveira obrigado a emiti-la, ver partir o seu funcionário para melhor desenvolver o negócio do seu concorrente, e ainda por cima reintegrá-lo caso venha a ser mal sucedido? E a ética?

Novo aeroporto é em Alcochete

-Prevaleceu o bom senso, ainda que obrigado face á crescente pressão da opinião pública, o governo anunciou pela voz do próprio José Socrates a opção de construir o novo aeroporto de Lisboa nos terrenos públicos do campo de tiro de Alcochete, bem como converter o projecto de travessia do Tejo Chelas-Barreiro em rodo-ferroviária. Muito há contudo por esclarecer, desde a nova cidade aeroportuária em Alcochete, esperemos que os interesses de especulação imobiliária não se venham a sobrepôr ao interesse dos habitantes locais e mesmo nacionais. Está de parabéns a sociedade cívil, bem como todos quantos contribuiram para que este desfecho fosse possível, será justo lembrar Luis Marques Mendes, ex lider do PSD que tantas vezes critiquei nas mais diversas matérias, mas que esteve irrepreensível na gestão partidária deste dossier, promovendo uma oposição séria e eficaz, grandes derrotados Mário Lino, o próprio José Socrates, Vital Moreira e todo o lobby de Coimbra, bem como os autarcas socialistas e sociais democratas do Oeste. Uma última palavra para o presidente da junta de freguesia da Ota, localizado em pleno epicentro do projecto, que sempre se opôs á construção de tal obra faraónica, por descaracterizar a localidade, e causar sérios danos á qualidade de vida das populações locais.

Para quando um rumo, PSD?

PUBLICO-Tratado da UE: Menezes diz que PSD foi corajoso enquanto PS adiou decisão e hesitou


-Defendo a ractificação do tratado de Lisboa através do referendo, mas admito que possam existir opiniões que defendem outra hipótese, ou seja através do do parlamento, já não consigo perceber é a posição do PSD na matéria, Luis Filipe Menezes apenas passou a defender esta opção numa lógica de confronto interno, procurando ser diferente de Marques Mendes, agora falar em coragem, parece-me manifestamente exagerado. Por um lado, recusa o referendo para não vir á rua de braço dado com José Socrates, por outro, ao optar por votar favoravelmente a ractificação, pois existirá disciplina de voto na bancada, votará ao lado de Socrates, e consequentemente, não lhe resta outra alternativa que não rejeitar a moção de censura que o BE anunciou ir apresentar, será que no final das votações, Socrates irá cumprimentar Santana Lopes, dizendo, porreiro pá! Ou Luis Filipe Menezes anda mal aconselhado pela agência de comunicação contratada, ou a direcção do partido não percebe o que é fazer oposição, vejo umas críticas avulsas a medidas do governo, mas ainda não vi uma proposta alternativa, de como pretende governar o país. A questão é simples, em que seria diferente um governo social-democrata hoje? Já percebemos que o estado seria desmantelado em seis meses, mesmo assim não percebi muito bem como, se liberalizando os serviços, privatizando empresas, e reduzindo o peso da administração, valores em que acredito, ou se o estado será desmantelado meramente por insolvência financeira, após derrapagens excessivas, ao género das que parecem ter ocorrido na câmara de Gaia. Quando se decidirá a actual liderança do PSD a traçar uma estratégia e definir um rumo? Para quando deixar de navegar á vista, atirando furtivamente aos alvos que aparecem? Fazer oposição é mais do que isto!!!

09/01/2008

Músicas que gosto - XV

Metallica - Nothing Else Matter
-Há bandas e bandas. Há quem goste de Metallica e quem não goste, mas tocar com a orquestra de S.Francisco não será certamente para todos.

Promessas por cumprir e falta de credibilidade

-"Leiam-me os lábios, os impostos não vão aumentar", a frase de George Bush (pai), proferida em campanha nas eleições americanas de 1988, não foi cumprida, e muito justamente os eleitores deram-lhe uma vassourada nas seguintes em 1992. "Não existe qualquer razão séria, que impeça a realização dum referendo sobre integração europeia", a frase proferida por José Socrates em campanha eleitoral para as legislativas de 2005, resultará a partir de hoje, em mais uma promessa eleitoral não cumprida, por parte do governo PS, por esta hora, desconhece-se apenas a que pérola, certamente digna dum chico-espertismo, ou esperteza saloia, recorrerá o primeiro ministro, para justificar o que todos já perceberam, Sócrates mentiu mais uma vez, concorde-se ou não com o referendo, isso é outra questão, a realidade é que ficou mais uma promessa por cumprir, terá de rebuscar argumentação, tudo para agradar aos parceiros europeus, depois Barroso é acusado de ter servido cafés nas Lages, este pelos vistos, serviu á mesa um almoço em Lisboa. BE, PCP e CDS/PP, certamente irão marcar pontos no debate parlamentar, e também na opinião pública, e o PSD? O maior partido da oposição? O BE já anunciou uma moção de censura ao governo, em caso de incumprimento da promessa de realizar o referendo, como o PSD mudou de posição, defendendo agora a ractificação parlamentar, restar-lhe-á agora votar contra tal moção de censura, pois o governo tomou a atitude preconizada pelo PSD. Quando Socrates anunciar a opção no parlamento, a atitude do PSD não poderá ser outra, senão saudar a decisão governamental, caso contrário seria caso para perguntar, afinal o que pretende o PSD e L. F. Menezes? Parece-me que desperdiçaram aqui uma excelente oportunidade de demonstrar o desrespeito do governo pelo seu próprio programa, e consequentemente, pelos eleitores, mostrando que existe outro caminho, mas infelizmente, parece-me que Portugal está condenado a aguentar com o estado a que isto chegou, porque a oposição não parece ser capaz de rumar a parte alguma, quanto mais conduzir o país.

08/01/2008

A minha escolha nos democratas



-Naturalmente não voto nas eleições americanas, mas as mesmas sempre exerceram sobre mim um certo fascínio, hoje disputam-se primárias no estado do New Hampshire, do lado democrata não tenho dúvidas, a minha escolha vai para Barak Obama, ainda que não concorde a 100%, longe disso, com o seu programa, dostaria de ver derrotada Hillary Clinton, e quanto mais cedo melhor. No campo republicano, sem ter definido ainda a minha preferência, hoje gostaria que ganhasse John McCain, para manter tudo equilibrado, até porque ainda não tomei muita atenção aos programas dos candidatos republicanos, com os quais na maioria das eleições simpatizo.

Ainda o Dakar

-Tenho ouvido e lido uns quantos disparates, alguns até com rebuscadas teorias de conspiração, culpando Sarkozy pela anulação do Lisboa-Dakar. Pelos vistos, em Portugal existe imaginação a mais, excessivo entusiasmo face á organização de eventos, configurando um nacionalismo bacoco e desconhecimento do mais importante para todos os adeptos do automobilismo, o Dakar, e tudo o que representa. Que interesse teria Sarkozy em anular a prova? Fazer regressar o ponto de partida a Paris? Já não seria possível fazê-lo em 2008, para conseguir o regresso em 2009 ou 2010, bastaria mover influências junto da organização, nunca retirar importância á prova, que foi o resultado concreto obtido com esta anulação, o mito do Dakar, resulta do entusiasmo de participantes não profissionais, que passam o ano angariando patrocínios, preparando a máquina, contraindo dívidas, para realizar um sonho, conduzir nas dunas africanas, se possível cruzando a meta nas areias do lago rosa, independemente da classificação. Há que reter, a organização é francesa, como franceses são muitos participantes, não consultei a lista de inscritos deste ano, mas costuma ser a representação mais numerosa, normal pois, que o governo francês, face ao recente atentado que vitimou quatro cidadãos franceses na Mauritânia, tenha aconselhado a anulação da prova, por falta de segurança, já que não era possível em tempo oportuno, alterar o traçado. Sei que existiram cá pelo burgo, tentativas de iniciar a prova, realizando apenas os troços marroquinos, numa esperteza saloia, de lançar os foguetes, mesmo que não se realizasse a festa, sempre se salvaria o investimento nacional, só que a organização, composta por antigos pilotos, amantes do automobilismo, sabem que a manutenção do prestigio da prova, assenta na sua dureza selectiva, algo que o traçado marroquino não garante, pelo que só vale a pena partir, desde que se tente chegar a Dakar, caso contrário, mais vale regressar a casa. Continuo a lamentar que se tenha cedido ao terrorismo, mas se não foi possível, paciência, espero que a prove se volte a realizar em 2009, neste ou noutro traçado, desde que se chegue a Dakar, só assim a prova fará sentido.

07/01/2008

E agora meus amigos de esquerda, ficam calados?

Diário Digital-O primeiro-ministro da Eslovénia e presidente em exercício da União Europeia, Janez Jansa, aconselhou hoje Portugal a ratificar o Tratado de Lisboa por via parlamentar e não por referendo.

-Há poucas semanas atrás, o antigo embaixador americano em Lisboa, criticou a redução do esforço militar português no Afeganistão, aqui d'el rey, foi ver a esquerda na sua totalidade, a exigir pouco menos que uma declaração de guerra aos EUA, o grande satã, esse país inimigo liderado pelo ditador George W. Bush. Aguardo com expectativa as reações dos comentadores de esquerda, ás declarações do presidente em exercício da U.E., aconselhando Portugal a ractificar o tratado de Lisboa por via parlamentar, numa clara ingerência nos assuntos internos dum país com perto de mil anos de história. Talvez fosse preferivel que o sr. Janez Jansa concentrasse a sua atenção nos balcãs, que devem necessitar por esta altura mais ajuda do que Portugal, na resolução dos seus problemas.

Anulação do Dakar

-Por força da minha ausência do País, ainda não tinha emitido opinião sobre o cancelamento do Dakar, Paris, Barcelona ou Lisboa, aqui deixo os nacionalismos de lado, têm pouca relevância, a prova é, e será sempre Dakar, independentemente do local de partida, cuja importância se resume a escolher o local onde serão tiradas as fotos para garantir os patrocínios, tão necessários á participação no evento. Mesmo que a prova venha a ser extinta, perdurarão na memória de todos os adeptos do automobilismo em geral, e das provas de todo o terreno em particular, a dureza do maior rally do mundo, a beleza das imagens africanas, a incerteza da classificação, a emotividade das constantes alterações na classificação, onde problemas mecânicos podem surgir no final de cada duna, em que alguns aventureiros perderam inclusivamente a vida, porque o Dakar não é uma simples prova desportiva, mesmo que nos últimos anos tenhamos assistido a uma maior profissionalização, continua a ser uma aventura. Por todas estas razões, só posso lamentar a anulação da competição, julgo que os organizadores deveriam em primeiro lugar, ter ouvido os verdadeiros interessados, os participantes, e com eles tomado uma decisão, fosse ela qual fosse, mas lamento também, que a civilização tenha cedido á barbárie, porque os animais da al-qaeda, o dr. Mário Soares pode continuar a pensar que os terroristas são pessoas como nós, mas porque é livre o pensamento, eu penso que os terroristas são animais selvagens, mas sem qualquer espécie de encanto.

06/01/2008

Civilização

-Após uma curta visita a Paris, onde pude constatar o atraso civilizacional que sofre a França, em cujos restaurantes se servem manteiga ou foie-gras não embalados individualmente, ou disponibilizam mostarda de Dijon caseira, servida numa taça. Valha-nos que em Portugal, país desenvolvido, mandámos ás malvas os produtos caseiros, e temos a velar pela nossa saúde, a omnipotente toda poderosa ASAE, que garante serem-nos servidos apenas produtos de fabrico industrial.

05/01/2008

Ainda não perdi a esperança



-Um dia, algures no futuro, conseguir um voo na TAP cujo horário seja cumprido, contudo ainda não foi desta, mas curioso, há sempre uma desculpa á qual a companhia é alheia.

Para descontrair, com actualidade

04/01/2008

Ecos e registos

Portugal Diário-Quénia: oposição exige novas eleições

-Longe de Portugal, leio notícias um pouco avulsas, chegaram-me os ecos da vitória de Obama, óptimo, fico satisfeito pela derrota da sra. Clinton, espero que seja a primeira de muitas, mas triste pelo cancelamento do Lisboa-Dakar, julgo que em Portugal anda tudo louco, com comerciantes a chamarem a polícia para acusar clientes que teimam em não cumprir a nova lei, por coincidência aqui onde estou também entrou em vigor, mas não dei por problemas de maior, vêem-se umas quantas pessoas na rua, inclusivamente num espaço nocturno, com temperaturas a rondar os zero graus, ouvi também algumas pessoas comentarem que irão sair menos á noite, mas não me apercebi de contestação. Também é verdade que tenho frequentado sobretudo locais turisticos, e não são propriamente os estrangeiros que contestam. De qualquer forma, amanhã á noite já estarei em Portugal, regressando a partir daí a um formato mais habitual, neste espaço. De qualquer forma, o que me deixa mesmo triste, é a situação no Quénia, país que visitei no verão passado, e que adorei!

Mais um argumento sobre a Ota

-Um dos argumentos que tenho visto utilizado pelos defensores da Ota, como local de construcao do novo aeroporto, e o custo das portagens, em beneficio da Lusoponte. A travessia Sul-Norte, tem um custo de 2,20 euros, no sentido Norte-Sul nao existe qualquer pagamento. Na A1, o trajecto Alverca-Aveiras, tem um custo de 2,20 euros em cada sentido, quando fazem estas afirmacoes, estao a contemplar os interesses da Brisa? Ou alguem de bom senso, vai acreditar que rapida acessibilidade, inclui a N10? Ha que usar seriedade nos argumentos, algo que e dificil, quando nao existem practicamente nenhuns a justificar a opcao Ota!

03/01/2008

Lamento, mas...

-A todos quantos me visitam, peco desculpa por alguns erros de pontuacao, que venham a surgir nos posts que publicarei ate sabado, ficando a partir dai com a situacao regularizada. Isto acontece, por me encontrar fora de Portugal, regresso sabado, pelo que apenas esporadicamente vou a internet. O mesmo se aplica, a comentarios que deixe noutros espacos que visito regularmente, ainda que provavelmente ate sabado, nao tanto como habitual.

Liberdade individual em risco

-Entrou dia 1 em vigor a nova lei do tabaco, pelo que será ainda prematuro realizar qualquer balanço, sendo mais pertinente ainda levantar algumas questões, para debate e reflexão das mesmas. Vai ser interessante analisar a facturação dos bares e discotecas, onde cigarros e álcool andam de braço dado, já que estes estabelecimentos não sobrevivem com pistas de dança cheias, uma clientela livre de fumo, sem beber, será mesmo previsível que os donos optem pela única resposta possível, a cobrança de bilhete de entrada, já que os mesmos não são serviço público. Outros que poderão ver o seu normal funcionamento afectado, serão os tradicionais cafés, lugar de convívio entre vizinhos ou amigos, que serão obrigados a mudar de hábitos, e deixar de fumar poderá não ser a opção mais fácil. Já quanto a restaurantes tudo será diferente consoante o tipo de estabelecimento, enquanto para uns a lei não representará grande problema, nomeadamente os de funcionamento rápido, já aqueles de maior qualidade, vocacionados para a permanência do cliente saboreando o prazer duma boa refeição, poderão vir a ter dores de cabeça, sobretudo por funcionarem com menos clientes e preços mais elevados. Pastelarias e snacks vocacionados para lanches e pequenos almoços, com maior ou menor resistência inicial, face á natureza rápida dos serviços prestados, não deverão vir a ser muito afectados, face ao curto tempo de permanência da esmagadora maioria dos clientes no interior destes estabelecimentos. Centros comerciais também não deverão ser grandemente afectados, por rapidamente poderem instalar áreas para fumadores, caso o pretendam, o que farão rapidamente se detectarem uma menor afluência de consumidores. Pelas razões que aqui expus, estou convencido, que se poderia ter criado uma legislação mais equilibrada, caso tivesse existido vontade política, algo que manifestamente não existiu, como alguns defensores da proibição, nem disfarçam, valendo-se da maioria da população portuguesa ser não fumadora, para imporem aos outros, aquilo que são os seus valores de comportamento. O tabaco causa danos á saúde, é um facto, mas existem outros comportamentos de risco, ganha esta batalha, ninguém se admire, se estes fundamentalistas do comportamento, nos vierem a proibir o consumo de gorduras, álcool e tudo o que venham a considerar menos apropriado.

02/01/2008

Preocupações presidenciais

-O Presidente da República, durante a tradicional mensagem de Ano Novo, questionou a legitimidade dos rendimentos de altos quadros de algumas empresas, centrando a questão numa eventual desproporcionalidade face aos rendimentos médios dessas mesmas empresas. Para Cavaco Silva, não deve ser colocado em causa o princípio de premiar o mérito, nem tão pouco a necessidade de atrair qualificação. Não tenho dúvidas que esta preocupação do P.R. é partilhada por muitos portugueses, basta sair á rua para o percebermos, para mais num país onde a mesquinhez e inveja andam de braço dado, sempre atentas aos rendimentos alheios, mas será legítima? a meu ver não é, por não ter sido centrada na função pública, onde poderia ser legítima uma palavra presidencial, apesar de não ter competência no sector, agora nas pequenas e médias empresas privadas? tais vencimentos não existem, se falou para as multinacionais ou mesmo para os grandes grupos económicos nacionais, falou demais. As empresas não podem nem devem estar condicionadas por tectos salariais ou outros, impostos por decreto, vendo a sua competitividade e sobrevivência, afectadas por múltiplos factores, um dos quais a massa salarial, a qual de resto, até contribui via segurança social e IRS, para o funcionamento do próprio estado. Esta razão bastaria, para considerar a mensagem do P.R. uma ingerência no tecido empresarial português, mas julgo não ter sido essa a intenção de Cavaco Silva, e sim um apelo vago, genérico á moderação salarial, apelando aos gestores das maiores empresas, que os esforços a existirem, para obterem justificação, devem ser partilhados por todos, e não apenas por alguns, evitando alguns casos difíceis de explicar. Mas nesta matéria, tratou-se duma mensagem inóqua, de vagos principios genéricos. Gostaria de ter visto uma mensagem mais centrada na política económica, e na falta de convergência com a média da U.E., algo que afecta a nossa vida diariamente.

-Mensagem de Ano Novo do Presidente da República

01/01/2008

2008

-A presidência portuguesa da U.E. possibilitaram ao governo e José Sócrates, 6 meses sem grandes preocupações de política interna, facilitados pela menor vaga de incêndios, bem como alterações nas lideranças dos partidos da oposição á direita do PS. Tal cenário, levou mesmo José Socrates na sua mensagem de Natal, a traçar um cenário tão optimista, que a esmagadora maioria dos portugueses ficou sem perceber se o primeiro ministro falava da realidade portuguesa ou europeia. Mas, eis que chegados a 2008, passadas as festividades, o país volta lentamente á rotina, o governo não poderá mais adiando decisões, o ano começa com uma estranha aliança entre PS e Joe Berardo, na tomada de poder numa instituição financeira privada, o estudo do LNEC sobre a localização do novo aeroporto deverá ser conhecido, no máximo daqui a 2 semanas, obrigando o governo a tomar uma decisão política com custos e consequências, para além de comunicar duma vez por todas, como pretende que Portugal ractifique o tratado de Lisboa, se cumprindo a sua promessa eleitoral convocando um referendo, ou inventando uma desculpa de mau pagador para consumo interno, para agradar, ou cumprir o já acordado, um dia saberemos, com os restantes lideres europeus. TGV, taxas de juro, desemprego, crescimento económico, são outros dossiers que o governo será obrigado a gerir, sendo expectável mais problemas na saúde, e outros que sendo totalmente imprevistos por agora, certamente irão surgir, nem que sejam criados pela inabilidade política de membros do governo, caso José Socrates pretenda continuar com o actual elenco, tudo para decidir até final de Maio, já que a partir de Junho até final de Agosto, o país volta a encerrar, primeiro para acompanhar a prestação portuguesa no Euro 2008, depois para férias. Acordo ortográfico será outra matéria para a qual os portugueses irão acordar em 2008, antecipo dizer que o mesmo talvez não seja caso encerrado. Fora da esfera governamental, a acompanhar a justiça, com o caso Maddie a ser provavelmente arquivado, o Casa Pia passará mais um ano, o Apito Dourado irá começar, e mais alguns que entretanto irão surgir.

U2 - New Year's Day

-Cerca de 25 anos depois, continua a ser agradável de ouvir esta música, a propósito hoje é dia de Ano Novo, um feliz 2008 a todos quantos visitam o "Direito de Opinião".