-Passados três anos da tomada de posse do actual governo, liderado por José Socrates, dispondo de condições de governabilidade que nunca existiram em Portugal, nem Cavaco Silva beneficiou duma conjectura comparável ao presente, já que tinha em Belém, nomeadamente a partir de 1991 um adversário, enquanto Socrates tem em Belém, se não um aliado, eventualmente um cumplice, a ministra da educação por exemplo, deve hoje a manutenção do seu cargo, á simpatia de Belém, não subsistem dúvidas a esse respeito. Apesar destas condições excepcionais, passaram 3 anos, e o país está exactamente igual, poderemos eventualmente atribuir algum mérito no combate ao défice, mas é verdade que a conjectura internacional não foi adversa, de resto, a despesa pública continua a aumentar, pese a vontade reformista, mais propagandeada que realizada, na saúde fechou uma ou outra urgência, sacrificado Correia de Campos, parece que a urgência na Anadia até irá reabrir, na Educação, a avaliação que iria entrar em vigor, parece que já só vai produzir efeitos lá para 2009, se entretanto não se verificarem novas cedências, a reforma da administração estará adiada para as calendas, apesar do simplex, empresas na hora, declarações electrónicas, nem se reduz o número de funcionários nos serviços entretanto modernizados, continuando a serem poucos noutros serviços, como o compravam os recentes casos das multas por processar. Na economia, pedra de toque do desenvolvimento de qualquer sociedade, para além do Allgarve e Westcoast, que resumem Portugal a uma aposta de servir os restantes povos europeus, quando estes fazem uma pausa na sua produtividade, ou quando gozam a sua merecida aposentação, também fomos á China, desta vez já não para negociar assuntos de Macau, mas para relembrar aos chineses, que temos por cá a mais barata mão de obra da U.E.
-Muito pouco a meu ver, para quem dispôs duma maioria absoluta, em rigor nem se poderá afirmar que o governo tenha cometido muitos erros, para errar é necessário agir, e no actual governo, além das reformas que continuam adiadas, também as grandes obras não sairam do papel, aeroporto, TGV e agora a nova travessia do Tejo.
12/03/2008
3 anos de governo
30/01/2008
Remodelação
-No actual governo ficámos ontem a perceber, que só existem remodelações quando solicitadas pelos próprios titulares das pastas, aconteceu com Campos e Cunha e Freitas do Amaral, repete-se agora com Isabel Pires de Lima e Correia de Campos. Pelo meio ainda António Costa, mas esse respondendo ao desígnio do Partido Socialista em tentar salvar Lisboa da ruinosa situação em que o PSD a deixou. Ouvir ontem á noite o ministro Manuel Pinho na SIC-N afirmar que a sua permanência no cargo era resultado do crescimento obtido por acção do seu ministério, não faz pois qualquer sentido, face ás explicações que as remodelações agora verificadas foram solicitadas pelos próprios, incluindo o secretário de estado dos assuntos fiscais, somos obrigados a concluir que Manuel Pinho, Jaime Silva, Nunes Correia e Mário Lino permanecem nas pastas, apenas porque não terão solicitado demissão ao primeiro-ministro. Afinal quem determina as orientações políticas? As declarações de Ana Jorge que pretende continuar as reformas no ministério da saúde são significativas, se a política seguida é para continuar, mudar o ministro para quê? Não comentando os novos titulares das pastas, seria tremendamente injusto para quem ainda nem sequer tomou posse, ao novo ministro da cultura, sabe-se ser advogado, membro do conselho de administração da Fundação Berardo, e frequentar acontecimentos culturais. Por mero acaso visitei este mês o Louvre, pena não ser socialista, de contrário seria candidato a secretário de estado?
29/01/2008
Está explicado
Expresso-Um advogado a dirigir a Cultura
-O novo ministro da cultura, José António Pinto Ribeiro é amigo de António Costa, e membro do Conselho de Administração da Fundação Berardo. O sr. comendador deu um jeito ao apoiar a lista do PS na recente eleição do BCP, ganha agora um membro do seu conselho de administração a tutelar o ministério com o qual negociava os assuntos da sua colecção no CCB. Em política o que parece é, e ainda sou livre para pensar se tudo isto será mera coincidência.