17/08/2007

Juros continuam em alta

Facilidades na obtenção de crédito tendem a diminuir

-Qualquer pessoa com o mínimo de conhecimentos de economia percebe que a mesma tem ciclos, mais ou menos duradouros, existindo ganhos e perdas, subidas e descidas, daí a necessidade de existirem poupanças, e não se contratarem créditos que provoquem um excessivo endividamento, seja a nível individual ou empresarial, mas esta simples regra, de elementar bom senso, foi ignorada durante anos por muitas famílias portuguesas, que agora se encontram a braços com situações para lá do razoável. Nos tempos que correm, o mais fácil é apontar culpas aos bancos, afinal foram eles que emprestaram o dinheiro, como se os empréstimos não tivessem sido solicitados, bem como ao BCE, que muito colunista da nossa praça aproveitando a boleia do sr Sarkozy, mas este é francês, e já sabemos que os franceses gostam de controlar tudo, gostariam de ver sob controle governamental, nada mais ridiculo, a economia deve funcionar por si própria, os governos devem abster-se, ou intervir o mínimo possivel e apenas em casos excepcionais, pois normalmente quando intervêm fazem-no mal, cabendo aos particulares, ás empresas, e aos bancos resolverem os seus problemas, e para bem de todos espero que tenham aprendido a lição, pelo menos os bancos têm essa obrigação,não poderão executar hipotecas indiscriminadamente, pois a sua vocação será vender créditos e não casas, muitas delas já desvalorizadas, sendo por isso do interesse do próprio banco ajudar o seu cliente a sair da díficil situação em que se encontra, cá está o mercado a funcionar por si se não existirem interferências, tendencialmente o preço das novas casas se não vai descer, subir também não pode, pois não há quem compre, e poderia continuar a dar exemplos, mas o principal é que as pessoas sejam informadas, e esse é o único papel que aceito caber ao estado, que não podem viver acima das suas possibilidades, todos queremos ter tudo, é uma ambição legítima, mas há que saber que existe um preço a pagar por cada bem, querermos créditos imobiliários, de consumo, automóvel, para férias, e até para especulação no mercado de capitais, é querer tudo e mais um pouco, contar que os juros só baixam, e que tudo se paga por si, é irresponsabilidade, por isso justifica-se que os bancos endureçam as condições de obtenção de crédito, nomeadamente com a subida de spreads, e seja mais cuidadosos na análise aos novos pedidos, em relação a optar por taxa fixa, ou taxa variável, é uma análise individual, face à sua realidade específica, acharmos que todos temos o direito a tudo, logo poderemos comprar o que nos apetecer, pois existe um crédito à nossa medida ao virar da esquina, é uma utopia.

Sem comentários: