12/05/2007

Ainda a OTA

-Esta semana foi farta em temas que ocupam, interessam ou distraem a opinião pública, desde o infeliz caso do rapto da criança inglesa no Algarve, aproveito como penso que a generalidade das pessoas, para desejar o seu aparecimento sã e salva, as eleições regionais na Madeira, as presidênciais francesas, o cai não cai da C.M.L., folhetim que não tem fim à vista, agora é quem será candidato por este ou por aquele partido, que independentes avançam ou não, ainda para a próxima semana iremos discutir os méritos do novo campeão nacional de futebol, ou se tudo ficar adiado para a última jornada, discutiremos quem será o campeão, mais a final da taça, quem sobe ou desce de divisão, depois, bem depois vêm as eleições para a C.M.L., as notícias do costume sobre quem vai o Benfica, o Porto ou Sporting comprar para reforçar a próxima época, ou vender, os santos populares e as festas que se avizinham de Norte a Sul do país, as férias, com todos os portugueses a planear uns em casa, porque o dinheiro não dá, outros em locais da moda, outros ainda em destinos mais ou menos exóticos, com muitos a preocuparem-se se o banco empresta ou não mais um pouco, inevitavelmente surgirá algum caso que ocupe a opinião pública mais um pouco, eventuais desenvolvimentos nos casos presentes, o fim da época escolar, a colocação de professores, a vaga ou não no acesso ao ensino superior, factos importantes para numerosos portugueses. Enquanto estes tempos são mediáticamente ocupados, descansam os spin doctors do primeiro ministro e do governo sobre a OTA, pois é assunto menos importante para se discutir agora, menos importante, mas de consequências gravosas, que irão endividar Portugal por muitos anos, e cuja durabilidade e eficácia é no mínimo discutível, mas que trará lucros a muito boa gente, basta atentar-se na valorização que tem sofrido o metro quadrado na região, temo pois, que a população adormeça sobre este assunto, se fosse feito um referendo o Não era mais que certo, mas se o assunto deixar de ser discutido lá vai o governo despercebidamente levando a água ao seu moinho, até se atingir um ponto de não retorno. Espero que os cidadãos responsáveis deste país, e os comentadores não o permitam, continuemos com a OTA na ordem do dia!

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