10/05/2007

Boas, sgto Luis Gomes

-Hesitei sobre qual o assunto que iria escrever hoje, mas resolvi saudar o sargento Luis Gomes, em primeiro lugar porque alguém que está disposto a pagar com o preço da sua própria liberdade um acto de amor, merece no mínimo o meu respeito e a minha consideração, pelo que embora não o conheça pessoalmente, daqui lhe envio um caloroso apoio e consideração, em segundo lugar, saúdo o militar com o posto de sargento Luis Gomes, alguém que com toda a dignidade, postura e dever, vi há pouco num flash interview afirmar, amnhã vou apresentar-me ao meu comandante, lealdade e honra são valores que infelizmente nem toda a sociedade se revê nos dias de hoje, em terceiro lugar porque foi um "pai à altura da pequena Ana Filipa", que se hoje em dia se reconhecesse pelo nome de "Esmeralda", e o nome é a questão menos importante, o mais certo seria estar num qualquer albergue para crianças abandonadas, provavelmente classificada pela "justiça portuguesa", como filha de "pai incógnito", figura inexistente à lei da república das bananas ( perdão, república portuguesa), mas que se não tivesse existido um pedido de adopção, nunca o pai biológico teria "aparecido" para reclamar os seus "direitos", mas nesta república onde tudo é permitido, para já, "a vítima, ou seja o pai biológico" ainda terá direito a ser ressarcido no valor de 30 mil Euro, por uma pessoa que cometeu o delito "de amar, educar e dar o melhor de si mesmo a uma criança". Fosse este "terreno" um verdadeiro país, em vez duma "ilusão", e certamente que o sargento Luis Gomes não só seria absolvido, como ganharia a custódia da pequena "desculpem, mas prefiro chamar-lhe Ana Filipa, em vez de Esmeralda", tendo em conta os superiores interesses da menor, mas como estamos em Portugal, talvez o sargento Luis Gomes seja condenado a ficar sem a "sua filha", porque à luz da "justiça portuguesa", todas as preferências recaiem sobre a paternidade biológica, e "se a justiça portuguesa fôr exemplar como de costume", o sargento Luis Gomes não só terá de suportar os custos de educação da pequena "Ana Filipa, peço desculpa, aliás Esmeralda", como talvez ainda tenha de indemnizar o sr. Baltazar, para que este possa comprar uns copos "desculpem, enganei-me, uns livros para educar a Esmeralda". Desejo sinceramente se o desfecho fôr este que daqui a 15 anos a "Ana Filipa", peço desculpa, Esmeralda, seja objecto duma reportagem sobre o que é e o que poderia ter sido da sua vida, sendo que a pobreza não é crime, mas a "Ana Filipa", também não foi alvo de qualquer acto criminoso, a não ser que se faça a revisão do código penal, e puna-se severa e exemplarmente o acto de amar! Fosse este um país onde a justiça funcionasse, e tivéssemos direito ao recurso à jurisprudência, e a um tribunal de júri, e talvez este caso viesse a ter um desfecho diferente, mas não, isso de júris e jurisprudência é para séries americanas e tribunais anglo-saxónicos, que nós por cá ficamos mais bem servidos "com a douta opinião" de sua excelências os srs drs juízes, porque a justiça americana, certa ou erradamente, em tempo razoável julgou "O.J.Simpson", "Michael Jackson", etc, enquanto por cá, processos dos hemofílicos, fax de macau, moderna, e daqui por algum tempo "Casa Pia", ou "UNI", todos hão-de prescrever, sim porque nós não julgamos ninguém à pressa. "Viva Portugal"

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