-Já critiquei nestas páginas o actual sistema de progressão nas carreiras da função pública, correndo o risco de me repetir digo que alguém ser promovido por antiguidade, o actual sistema de letras, a contagem do tempo de serviço, e a garantia dum emprego vitalício, são uma oferta à inércia, e à incompetência, uma aberração, mas, o recente caso do professor Charrua, vs sra directora da DREN, vem pôr a nú aquilo que de pior existe em Portugal, a mentalidade pidesca da delação, da intriga, do diz-se, diz-se, a chibaria e o compadrio ou as cunhas, neste caso mais mediatizado provavelmente nada irá acontecer, mas se fosse um funcionário público menos qualificado numa repartição do interior a ser vítima da prepotência de quem não gostasse dele, e não tivesse hipóteses de mediatizar o caso, e ficaria mesmo vítima dum sistema que julgo não ser o que o governo quer implementar. Este caso tem no mínimo o mérito de vir a servir de aviso para eventuais abusos por parte dos "boys and girls" que detêm o poder de avaliar, pelo que apelo aos partidos, sindicatos, e todas as partes interessadas, na reforma da adm. pública, que as avaliações tenham de ser apresentadas por escrito aos avaliados, e que estas sejam passíveis de recurso por parte dos mesmos, como forma de evitar o compadrio, a cunha, a intriga, a inveja ou a vingança, tão comuns em Portugal, mas que este caso também não sirva de desculpa para que não se reforme a administração pública, há sim que responsabilizar quem falha, e neste caso, à primeira vista, talvez quem mereça um correctivo, e uma avaliação negativa de desempenho seja "a girl" responsável da DREN, que terá confundido política com desempenho, numa tentativa de lamber as botas da ministra da educação.
27/05/2007
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