-A actual crise na câmara municipal de Lisboa pode ajudar-nos a reflectir sobre todo o sistema político vigente, e a maneira como está o estado organizado. Desde logo, a câmara cai ou não cai? Tudo parece depender dos interesses tactico-políticos dos partidos, não que eu seja contra a existência dos mesmos, sou é a favor da eleição directa do autarca, logo se ele caísse, cairia automáticamente o executivo, o que iria aproximar os eleitos dos eleitores, poderiam os partidos apoiar a personalidade que quisessem, mas também poderíamos eleger cidadãos independentes, e aliás o mesmo deveria ser aplicado nas eleições legislativas, em que se criássemos círculos uninominais, elegeríamos directamente o nosso representante, saberíamos quem era o nosso deputado, que se quisesse ser reeleito teria certamente de agradar mais aos eleitores do que ao aparelho partidário, o que talvez provocasse o afastamento de alguns carreiristas e oportunistas que nunca dão a cara, mas são sempre eleitos, uma vez que os aparelhos partidários os colocam em lugares elegíveis, e muitas vezes são eleitos não pelo seu próprio mérito, mas por uma votação em bloco, em que os eleitores muitas vezes são atraídos a votar no cabeça de lista, e depois são defraudados ao elegerem "no pacote de eleitos, qual promoção" um grupo de incompetentes que vão minar toda a administração, seja a nível local ou nacional. Bem pode este país reflectir, mas com a quantidade de arguidos da esquerda à direita, de Norte a Sul, embora arguido não signifique culpado, mas todos sabemos "o quanto o sistema judicial é rápido neste país, a condenar ou a absolver", basta pensar um pouco, e se não tivermos memória curta, chegaremos à conclusão que nos Estados Unidos, com decisão acertada ou não, o caso Michael Jackson foi despoletado muito depois do caso "Casa Pia", e, mal ou bem, uma decisão foi tomada, enquanto por cá o estado ainda se arrisca a indemnizar os herdeiros de algum dos réus, tal a morosidade do sistema judicial português. Felizmente que Portugal é um país em que seja qual fôr o caso a culpa morre sempre solteira, pois caso contrário não existiriam neste país Euros suficientes para indemnizar os cidadãos vítimas da ineficiência dos serviços estatais!
06/05/2007
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