08/04/2008

Deixem a língua portuguesa em paz

PUBLICO - Choque de titãs deixa deputados hesitantes face ao Acordo Ortográfico


-E já agora deixem também a lingua brasileira em paz, e naturalmente a sua ortografia, pede um blogger brasileiro ao qual cheguei via Apdeites V2, porque do outro lado do Atlântico também existem pessoas que não pretendem ser incomodadas por políticos, e alguns interesses menos claros, quanto á sua forma de escrever. Os caminhos separaram-se de forma natural, há cerca de um século atrás, são assim as linguas vivas, também um dia, Portugueses, Espanhois, Franceses e Italianos falaram e escreveram latim, influências locais, invasões, mistura de povos, o natural decurso da história, deu a cada povo a sua evolução natural, como está a acontecer entre português e brasileiro, e não português do Brasil, como alguns complexos neo-colonizadores ou colunizados afirmam. Para cúmulo pretendem incluir os africanos neste acordo, José Eduardo Agualusa, escritor que muito aprecio, do qual possuo a obra completa, é mesmo um dos maiores defensores deste acordo, mas seria bom perguntar no mercado Roque Santeiro o que pensa o povo angolano da escrita que lhe pretendem impôr, e não a alguem que se divide entre Rio de Janeiro e Lisboa, que não é de forma alguma representativo da identidade nacional angolana, que também existe. Não por acaso, Moçambique tem mostrado reservas em assinar o acordo, Cabo Verde e São Tomé não têm esses problemas por razões meramente económicas e turisticas, por isso o ractificaram. O acordo não passa duma ditadura ortográfica que nos querem impôr, mas vale a pena lutar pela nossa independência, pela nossa identidade histórica e cultural, da qual a nossa ortografia faz parte, tal como o fizeram os nossos avós no passado.

7 comentários:

Anónimo disse...

Tem de concordar: iniciar a leitura do seu texto e, tendo em conta o tema de que se ocupa, encontrar tantos erros ("á" em vez de "à", "lingua" em vez de "língua", "ractificaram", etc.) é, no mínimo, desencorajador!

Carol disse...

Sou pela evolução natural das línguas. Este acordo não me convence de todo!

António de Almeida disse...

-Caro anónimo, não posso deixar de lhe dar razão, teclar com rapidez não desculpabiliza erros.

Tiago R Cardoso disse...

António, tens agora aqui direito a um corrector ortográfico, muito bem e este nem precisas de instalar no computador, parabéns.

Sinceramente estou indeciso quanto ao acordo, por enquanto fico à espera de novas.

Nuno Raimundo disse...

A minha posição é radical.
Quem quiser falar português, então que fale como nós, Portugueses.
Porque eu quando tenho de falar com um inglês, francês ou italiano, tenho de falar na sua lingua materna e não noutra lingua qualquer, se o mesmo não falar em português; o que é sentato e correcto.

Afinal quem é que fala português, os portugueses ou os de "fora"?!

abr...prof...

São disse...

Alguém me explica, por caridade, desde quando as línguas evoluem por decreto?!
Saudações,

Nuno Raimundo disse...

Hoje tive o prazer de ler este post no Público ;)


abr...prof...