07/07/2007

Hoje 7/07/2007

-Hoje nesta data dos três setes, anda cá pelo burgo muit gente entretida com a efeméride, mais a importância que dão á eleição das 7 maravilhas do mundo, e das 7 maravilhas de Portugal, não falando que ao que parece se bate o record do nº de casamentos celebrados num dia, talvez por acreditarem na sorte, talvez superstição, bem não é assunto que me preocupe, boa sorte a todos, e prossigamos.
-Por mim aproveito para evocar a população de Londres, e a memória dos que perderam a vida faz hoje dois anos, dia que não foi de sorte, vítimas da intolerância, do fundamentalismo que alguns animais por esse mundo fora, sem ofensa para os animais é claro, teimam em seguir na demanda pela destruição de tudo o que não represente os valores em que acreditam. Apesar dos autores desses actos viverem entre aqueles que querem destruir, apesar de terem sido acolhidos, educados nestes valores civilizacionais, apesar de aparentemente integrados, vem-se depois a concluir que não vivem de acordo com as suas crenças, são possuídos pelo ódio, pelo desprezo por tudo, incluindo quem, os rodeia, não hesitando em prosseguir com a sua fúria destruidora, em nome de Deus, dizem eles, porque a religião, inclusivé a que practicam não acolhe tais prácticas, alguns clérigos radicais eventualmente sim, protestando contra uma política com que não concordam, mas não apontando qualquer solução construtiva, em nome duma alternativa que procuram certamente obter. Claro que a civilização ocidental tem tido os seus erros, a não resolução do problema palestiniano, a falta de resultados no Iraque e no Afeganistão, são factores que geram descontentamento entre as populações muçulmanas, e favorecem o crescimento de movimentos extremistas, mas os que vivem entre nós, cá nasceram e estudaram, têm a oportunidade de protestar por dentro, de convocarem manifestações, de escreverem, de fazerem a diferença, mas optam, alguns é claro, por viverem as suas convicções na clandestinidade, até que surja a oportunidade de provocarem actos duma violência extrema. E que resposta pode a civilização dar? a melhor tem sido dada pelos londrinos, continuarem a viver as suas vidas tão normalmente quanto possível, sem guerras nem histerias, sem medo, porque o contrário, a repressão que derivaria duma sociedade securitária, seria em si mesma uma vitória destes fanáticos. Bem hajam povo de Londres, e que as vítimas descansem em paz!

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