01/09/2007

Organizações eambientais, defendem o quê?

Alguns ambientalistas talvez preferissem a pré-história

-Em primeiro lugar quero esclarecer que sou sensível à manutenção e preservação da qualidade ambiental, e por princípio sou frontalmente contra os atentados que nesta matéria se verificaram em Portugal ao longo dos anos, dos quais o Algarve é um triste exemplo a não repetir, e se possível recuperar. Não aceito que a defesa da qualidade ambiental seja matéria de esquerda, como não a reclamo para a direita, assim como não reconheço a muitos ambientalistas o mérito que por vezes lhes é concedido na opinião pública, por entender que as suas posições não conduzem na maior parte das situações em que se envolvem, a uma melhoria desse mesmo ambiente. O problema reside no facto de certas organizações serem contra tudo, por eles, ambiente é não fazer nada, aponto como exemplos a barragem do Sabor, não sendo técnico, não tenho competência para dizer se a barragem deve ou não ser construida, mas uma organização ambientalista deveria na minha óptica, se tal localização é lesiva do meio ambiente, afirmar, não se construa aqui, faça-se antes ali, mas neste caso a posição é mais, ou seja é sempre, não se construa e pronto. Independentemente da necessidade que o país tenha ou não da barragem. O mesmo passa-se no Alqueva, o maior lago artificial da Europa, o qual está localizado na sua maior parte em território português, mas tendo uma parte das suas margens na vizinha Espanha. Que não deveremos fazer do Alqueva um novo Algarve, estou de acordo, até porque Portugal não pode nem deve tentar ser concorrêncial no turismo de massas, donde sairia sempre a perder, e sim apostar no segmento turístico de qualidade, ora uma posição ambientalista responsável será entender que algo terá de ser feito, então nada melhor que ajudar com os seus conhecimentos nestas matérias a apontar soluções, ajudando à construção duma melhor oferta turistica enquadrada por preocupações ambientais, nunca posições do género, não se faz nada, e depois vermos a barragem cheia de barcos espanhois, com as camas todas instaladas nas suas margens. Nestas matérias não há lugar a fundamentalismos, se por razões políticas existe um partido chamado Os Verdes, que não é partido coisa nenhuma, mas um braço eleitoral do PCP, que pelo menos as associações emanadas da sociedade cívil, duma vez por todas quando derem um parecer negativo, apontem uma solução alternativa, sob pena de ninguém os levar a sério, as obras seguirem em frente, e eles serem igualmente responsáveis por omissão, das aberrações que um pouco por todo o país vão surgindo.

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