25/09/2007

PSD cada vez mais no fundo

Guerra no PSD, quem tem razão? pergunta o Portugal Diário.

-Quando julgo terem sido atingidos os limites do irracional, eis que o PSD não para, conseguindo a cada dia que passa suplantar o inimaginável até há uns dias. Quem poderá ou não votar, desde pessoas já falecidas inscritas, validações nos Açores sem quotas pagas, exclusões no continente com quotas pagas, supostamente por terem sido pagas com o mesmo cartão, gostaria de saber como conseguiram tal informação se a SIBS não a fornece, ás trocas de acusações mútuas onde neste momento já se acusa veladamente a candidatura adversária de desonestidade, estamos a falar de destacados militantes do mesmo partido, mais parece um vale tudo de parte a parte, com Menezes a sentir que pode ganhar, e Mendes que não entusiasma ninguém a tentar por todos os meios não perder o que há dias pareceria impossível. A actual situação tem responsáveis, desde logo o secretário geral Miguel Macedo que não soube conduzir o processo com isenção, passando pela actual liderança que numa lógica de apego ao poder não pautou pelas regras do bom senso desde a marcação da data, até à forma triste como permitiu os casos nos Açores e agora as exclusões no continente, ficando na opinião pública a sensação de que tudo está a ser viciado para proteger Mendes. Claro que o PS lá mais para a frente tratará de recordar todos esta triste novela, e para além de Menezes outras vozes se ouvirão já a partir do próximo congresso, daí que mesmo que Marques Mendes consiga sobreviver a estas directas, sairá ainda mais fragilizado das mesmas do que quando entrou, e se Menezes eventualmente numa estratégia de vitimização vier a desistir, será o golpe de mesericórdia na liderança de M.Mendes, que prestaria um grande serviço ao partido e ao país se viesse também a demitir-se, obrigando outros a avançar, a vida tem destas injustiças, Marques Mendes tem-se esforçado na liderança do partido, mas não basta, não tem imagem, não tem equipa, não tem capacidade de liderança, pelo menos não deixe o partido afundar-se ainda mais, saber sair também é uma virtude. Marques Mendes e Luis Filipe Menezes protagonizaram um triste e lamentável episódio da história política portuguesa, e do PSD em particular, é a conclusão a retirar destas eleições.

2 comentários:

SILÊNCIO CULPADO disse...

Caro António Almeida
Ainda passarei por cá para comentar este post. Para já o que quero dizer é que está nomeado, no meu blogue, para o prémio VISITANTE destinado a distinguir pela qualidade e assiduidade os comentaristas. Os seus comentários são, sem dúvida, do que de melhor a blogosfera tem. Revelam sabedoria, conhecimentos e capacidade de análise.
A sua presença constante no meu espaço é para mim um motivo de orgulho. Porque o visitante é a razão de ser daquilo que produzimos, e que gostamos lido e compreendido, gostaria que continuásse a corrente de forma a incentivar a visita e o comentário na blogosfera.
Um abraço

SILÊNCIO CULPADO disse...

É um desgosto olhar para o palco político e assistir a este espectáculo. O PSD tem pessoas de valor mas não estes dois que se candidatam a líderes. Estou convicta de que se vai registar um naufrágio dentro deste partido o que é uma pena. O PS mesmo com todos os anticorpos e as incompetências dos ministros vai beneficiando do facto de não haver oposição. Porém, o que eu mais temo, é que a falta de soluções para os problemas conduza a convulsões sociais que venham a dar a mão a forças extremistas.