07/11/2007

Ambiente rodoviário

-Todos nós cidadãos condutores pagamos ao estado, sob a forma de impostos, no momento da compra dum veículo automóvel, posteriormente em cada abastecimento, e ás autarquias via imposto municipal, esperando em troca, receber um conjunto de regras e normas que regulem o ambiente rodoviário, e vias de qualidade onde possamos circular com segurança. Temos então 3 factores a considerar, estado, veículos e pessoas, comecemos pois por nós, a primeira regra, básica, que nos deveria ser ensinada em casa, ainda crianças, e posteriormente reforçada nas escolas, seria o nosso comportamento enquanto peões, no entanto, é frequente vermos crianças atravessarem passadeiras com sinal vermelho para peões, correndo pelas mãos de pais apressados, ou atravessando fora delas, comportamento que se repete vida fora. Todos somos peões, teremos todos a consciência tranquila? eu não a tenho! Mais tarde, a nossa experiência enquanto condutores, leva-nos ás escolas de condução, onde a preocupação é apenas uma, passar no exame, muitos, a mim aconteceu-me, ficaram com carta de condução, sem ter conduzido numa auto-estrada. Mais tarde, enquanto condutores, a nossa principal preocupação é não apanhar uma multa, não ser apanhados. Quantas vezes já ouviram dizer, não posso beber para não ser apanhado no balão? eu já ouvi! e já o disse! Enquanto condutores, procuramos falar ao telemóvel sem que a polícia veja, porque dá multa, quando excedemos a velocidade, onde estará o radar? Resumindo, somos um falhanço enquanto peões e condutores, logo somos um falhanço enquanto sociedade. Quanto aos veículos, estão cada vez mais seguros, quando falham, é porque alguém não cuidou da sua manutenção, mais uma vez, nós, cidadãos, que também cometemos erros de condução, que não podemos imputar aos veículos. Por último, o estado, devendo fiscalizar as nossas aptidões em exame, não o faz, falha na manutenção e sinalização das estradas, quer urbanas, quer fora das localidades, falha na prevenção e fiscalização dos nossos comportamentos. Conclusão, o estado falha, pudera, o estado somos nós, e nesta matéria, o nosso falhanço é total!

5 comentários:

Tiago R Cardoso disse...

Estamos perante um caso de mentalidade de "sou o maior", até o mias pacato do cidadão quando se apanha com um volante na mão transforma-se em algo preocupante.

Aposta deve ser na educação, na aposta de mudar as mentalidades, incutir na população um espírito cívico.

quintarantino disse...

António, meu caro, aos 42 anos (eu só estou à frente mais um) não era suposto sermos tão pessimistas, pois não?
Mas depois lendo o que escreveu, se calhar tem razão.

Blondewithaphd disse...

A standing ovation for this text!

António de Almeida disse...

-Thanks Blondie! Amigos, o meu pessimismo advém de circular nas estradas diáriamente, e não passar um dia, sem que veja as maiores atrocidades. Atravessamento de passadeiras de forma inacreditável, conduzir e falar ao telemóvel, e desrespeito pelas regras, e condução agressiva, são uma constante. Só não vê quem não quer.

Nuno Raimundo disse...

Boas...

A conclusão a que o António é de facto preocupante. E a mesma é preocupante porquê?
Porque no fundo Todos Nós contribuimos com qualquer coisa para que a situação em que vivemos hoje em dia seja tão "negra" como parece.
No fundo, o meu Amigo fez um relato em tom de confissão que serve na carapuça de todos...


abr...prof...