08/11/2007

Combate á sinistralidade rodoviária

-Ainda é cedo para afirmar que a sinistralidade rodoviária está a aumentar no nosso país, mas parece-me já seguro, poder concluir um agravamento das consequências dela resultantes. Os últimos dias, atestam-no! Um coro de vozes, entre as quais a minha, protestam, indignam-se, exigem que se tomem medidas urgentes, para corrigir os trágicos resultados, agora verificados. Aqui começamos naturalmente a divergir uns dos outros. Qual a resposta do estado? Reforçar o orçamento do sector, para investir em novos radares, aparelhos de deteção de alcool e drogas, ou seja mais do mesmo, continuar a apostar num modelo que se tem revelado completamente desajustado, reprimir em lugar de educar e previnir. Não sou particularmente tolerante, mas julgo ser completamente desajustado que se possa circular a 50km/h numa auto-estrada, julgo que a velocidade mínima deveria subir pelo menos para 80Km/h, não posso concordar que a polícia coloque radares camuflados na berma das estradas, e esperem emboscados um pouco mais á frente, para passar a multa ao incauto, ou que se coloquem em viaturas descaracterizadas, circulando a 150Km/h na auto-estrada, perseguindo e filmando quem tem a ousadia de os ultrapassar, quando nas estradas nacionais, não se verificam o desrespeito por regras e sinais, falar ao telemóvel e conduzir em simultâneo, ou nos centros urbanos, instalar câmaras junto de passadeiras, como forma de monitorizar o comportamento de condutores e peões, não esquecer estes últimos, gostaria de ver polícias a multar peões quando estes atravessam fora de passadeiras, ou nas mesmas quando o sinal se apresenta vermelho. Não estou a culpabilizar os peões, aliás, peões somos todos, mas também seria muito positivo que o estado, governo central e autarquias, investissem na melhoria da sinalização. Desloco-me por vezes a Espanha, nunca me perdi, todas as cidades que já visitei, estão bem sinalizadas, se estiver no centro de Madrid, as saídas da cidade, e direções estão bem visiveis, enquanto por cá, no centro da cidade, quantos de nós, não explicámos já, a espanhois, ou nossos conterrãneos, onde fica isto ou aquilo. A má sinalização, causa involuntárias hesitações, estas podem causar acidentes, dão é menos retorno no investimento, do que radares ou aparelhos de controlo. Parece-me pois, que vamos continuar a enfrentar um grave problema pelo lado errado, mas nestas matérias apenas se escutam umas quantas virgens ofendidas, talibãs do politicamente correcto, e quem sabe algo do assunto, como o ACP por exemplo, são sistematicamente ignorados.

5 comentários:

quintarantino disse...

Um das coisas que me fascinam é ver carros de matrícula portuguesa, conduzidos por portugueses que, mal ultrapassam a fronteira, passam a ser zelosos cumpridores das normas estradais.
Por cá, é o que se vê... atropelamentos em passadeiras, peões a passarem fora das mesmas, semáforos avariados meses a fio, sinais de trânsito vandalizados, energúmenos que conduzem na faixa esquerda das auto-estradas a 80 à hora e dali não saem... enfim...

Tiago R Cardoso disse...

mais uma vez é uma questão de educação, tanto condutores, peões e responsáveis.

Blondewithaphd disse...

Count me in in that fight!
Traffic brings out the worst blonde in me! In Germany there's no speed limit in highways and people are not exactly dying there. It's all a question of education and civil responsibility. This I got from an Australian: "I behave when I'm driving because the others also behave for me". I think it says it all!

Nuno Raimundo disse...

Boas...

Com em tudo, geralmente quem é entendido em determinada matéria é sempre preterido.
E neste caso, tanto as associações automobilisticas ( 2rodas e 4 rodas)como os condutores, mais uma vez não têm voto na matéria.
É de lamentar tal situação pois quem no fundo é o utlizador das rodovias é sempre prejudicado. Tanto pela qualidade das mesmas como pelas regras impostas.
Alguma vez se consegue conduzir a 50 km/h numa AE, somente se existir trânsito, caso contrário até é bastante perigoso. E nos dias que correm em que até o mais "chasso" dos carros transita seguramente a 140 km/h porque não aumentar o limite máximo de 120 para 150 km/h e apartir desse valor a penalização ser maior?!
E já nem quero falar das velocidades no interior das cidades, pois as mesmas não deveriam estar constantes aos 50km/h mas serem variaveis dependendo do local e via em trânsito.

abr...prof...

Marco disse...

As estradas estão preparadas para situações de segurança. A velocidade base é um dos parâmetros fundamentais na concepção da estrada, logo o valor máximo de velocidade estabelecido em portugal é de acordo com a qualidade da estrada, tráfego, visibilidade, etc. Discordo plenamente do comentário do sr nuno r. Tenham responsabilidade, a estrada não é um campo de batalha! Possuímos uma rede viária confortável para viagens a todo o país sem excessivas demoras. Ou pensam que Madrid se atravessa em 1 hora!? e perguntem a um estrangeiro o que acha um sobre a condução portuguesa.
Aproveito para divulgar o meu blog embrionário.
zewly.blogspot.com