03/11/2007

Ensino público vs privado

DN-Onde andam os filhos dos políticos

-A publicação de resultados pelo M.E., e subsequente elaboração de ranking por parte da imprensa, vieram colocar em agenda, uma discussão interessante, sobre virtudes ou defeitos dos ensinos público e privado, existindo opiniões para todos os gostos. Parece-me contudo, que centrar a discussão apenas nos resultados, é bater no óbvio, por um lado as escolas privadas possuem de facto os melhores alunos, logo forçosamente terão de obter melhores resultados, a questão mais importante quanto a mim, é porque razão têm hoje as escolas privadas os melhores alunos, até porque nem sempre foi assim, a título de exemplo a quase generalidade dos nossos políticos frequentaram o ensino público, embora na sua época já existisse ensino privado, e bom, o que mudou então de lá para cá? Que razões terão contribuido para que o ensino privado deixasse de ser atractivo? Por outro lado, algumas escolas públicas apresentam resultados muito próximos, quando não mesmo superiores a instituições privadas, que têm essas escolas? os programas são idênticos, os professores possuem a mesma formação e auferem vencimentos equivalentes aos de escolas com resultados menos bons, onde está então a diferença? Vale a pena meditar na segurança, as escolas públicas melhor classificadas, estão localizadas na sua maioria em zonas geográficas com menos problemas de segurança, não afugentando potênciais alunos nas suas áreas de residência, por outro lado, em Lisboa ou Porto, a quase totalidade das escolas apresentam falhas nestas matérias, sendo frequente a ocorrência de assaltos á porta das escolas, ou mesmo no seu interior, a par de problemas com droga, não falando em frequentes insultos a professores, quando não agressões, perturbadores do normal funcionamento escolar, com inevitáveis repercussões nos resultados alcançados, factores que levam muitas famílias com algumas condições sócio-económicas, a optarem por matricular os filhos no ensino privado. Mais ainda, no ensino privado os programas previstos são cumpridos, no público varia, consoante o número de greves, e falhas na colocação de professores, que atingem esta ou aquela disciplina. Não adianta pois, continuar enterrando a cabeça como a avestruz, há que analisar os problemas do ensino público e resolvê-los, caso contrário, se o Estado for manifestamente incapaz do o fazer, então será preferível partir para a privatização, e criação do cheque-ensino, o caminho presente é que não irá conduzir Portugal a parte alguma, com uma cultura permissiva, onde reina a bandalheira.

2 comentários:

quintarantino disse...

Não se pode... o povo não é de confiança. Se não sabe sequer ser agradecido, haveria lá de saber escolher a escola para os filhos, pensam os reinadores cá do burgo!

Nuno Raimundo disse...

O deles não sei, mas sei onde anda a minha filhota LoL

Por acaso a minha filha frequenta uma escola particular, um externato católico.
Mas apenas porque me é mais cómodo assim e porque fica apenas a cerca de 20 metros de casa.
O que facilita muito as coisas, poupa no tempo de deslocação, logo não usa meio de transporte público ( vai a pé e de borla, almoça em casa ( logo não gasta dinheiro em refeições) e tem sempre alguém conhecido por perto, logo estará mais "protegida".

Mas sou defensor da escola pública.
Pois apesar de ela sempre ter frequentado externatos particulares, foram sempre devido à proximidade de casa, caso contrário estudaria numa escola pública.
Eu frequentei ambos os "sistemas" e assumo que preferi o público.
Frequentei duas das melhores escolas que conheci e conheço em Lisboa, a Preparatória Marquesa de Alorna e o liceu Maria Amália Vaz de Carvalho e ambas tinham na minha epoca bons, se não mesmo excelentes professores e educadores.
E por aquilo que vi e ouvi de amigos meus que andaram também em ambos "sistemas", no total preferem o ensino público.
Mas como sempre o mito do ensino particular ser melhor sempre existe. E não podia deixar de xistir, pois por aquilo que se paga nas mensalidaes, se não houvesse uma exigência ainda maior dos alunos, então a sua frequência não seria em nada valorizada.


abr...prof...