19/11/2007

Esperteza saloia

Portugal perdeu 167 mil empregos qualificados- Diario Economico

-O primeiro ministro afirmou na passada 6ª feira, já terem sido criados na presente legislatura, 110.000 postos de trabalho, o Diário Económico, publica hoje a notícia, da extinção de 167.000 empregos qualificados em igual periodo. Duas breves considerações, em primeiro lugar, contabilizar ganhos, omitindo as perdas, parece-me desonestidade intelectual, própria dum chico-espertismo, em que ninguém acredita, e que fica manifestamente mal a quem a practica, em segundo, faz pensar o modelo de desenvolvimento em que Portugal aposta, com a constante saída de empresas do nosso país, a falta de investimento na criação de novas actividades, nomeadamente produtivas, que não podem deixar de estar associadas ás políticas seguidas, a principal das quais, uma carga fiscal asfixiante, que muito contribui para afastar os agentes económicos para outras paragens. Fica por cá, o pequeno investimento, sobretudo em pequenos comércios, restauração, e áreas associadas, que geram emprego menos qualificado. Não aceito que seja obrigação do estado a criação de empregos, mas já é obrigação dum estado, através do seu governo, a implementação de políticas capazes de atrair investimento e gerar riqueza, diminuindo a carga fiscal, a qual em Portugal é manifestamente exagerada, para fazer face ao peso excessivo que o estado tem na economia, e teima em não se reformar, numa lógica de satisfação clientelar, factores agravados por um despesismo descontrolado.

3 comentários:

quintarantino disse...

Ando confuso. A sério. Um diz que criou 106.000 empregos.
Agora descobre-se que se perderam 167.000.
O desemprego anda nos 440.000.
Alguém sabe a quantas andamos?

Blondewithaphd disse...

I've always loved the expression "chico-espertismo"! Honestly! It's one of those idiomatic expressions that could only come in a land of "chico-espertos"!

SILÊNCIO CULPADO disse...

É mesmo uma esperteza saloia. E já agora convém perceber quantos dos inscritos nos centros de emprego passaram à situação de reformados ou emigraram.
Criação de riqueza que dê emprego é que eu não vejo.