-O estado deveria ter na economia um papel regulador, mas em Portugal subsistem alguns resquícios do PREC, que vão de métodos pouco transparentes, a regras do jogo, se não viciadas, no mínimo duvidosas. No caso concreto da nomeação do novo CEO do BCP, o estado não tem capacidade eleitoral, é um facto, mas pelo menos duas entidades, CGD e EDP, são controladas pelo estado, para além dos papeis supervisor e regulador, desempenhado pelo Banco de Portugal e CMVM. Não existe na UE, qualquer Banco com a dimensão na economia, que a CGD tem em Portugal, para lá de golden shares, e outros truques, que o governo utiliza para conseguir em simultâneo, regular e participar na economia. No caso concreto da solução agora encontrada para o BCP, subsistem algumas dúvidas, inclusive do ponto de vista ético, podem dois administradores transitar duma instituição para outra, sem que se coloquem questões, desde liberdade concorrencial, a sigilo bancário? Já percebemos que a solução agrada aos accionistas, agradará aos clientes? Não estará o estado mais preocupado em desempenhar o papel de accionista das empresas suas participadas, e dos negócios que mantém com terceiros, esquecendo-se daquele que deveria ser o seu principal dever? Permitir o funcionamento dos mercados, e das prácticas de livre concorrência?
26/12/2007
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1 comentário:
Penso que a única questão que se poderá levantar é a do sigilo, mas isso normalmente é bem acautelado nos contratos blindados que essa gente assina e dá a assinar.
No resto, contrariamente ao que para aí vai, náo vejo qualquer OPA do Estado sobre o BCP. Muito menos do PS.
Aliás, até vejo com agrado as movimentações. Tirar-me o Vara do banco do qual sou cliente só pode ter o meu aplauso!
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