30/03/2008

Que sindicalismo é este?

PUBLICO - Carvalho da Silva: "Diabolização" do sindicalismo é "erro estratégico"

-Para Carvalho da Silva, as alterações á legislação laboral, não devem ser feitas sem acordo dos sindicatos, porque em sua opinião estes representam os trabalhadores, estão no terreno, pelo que não será possivel construir um saudável ambiente laboral numa lógica de confrontação. Acontece que o actual sindicalismo português, não é representativo dos trabalhadores deste país, mas apenas duma minoria instalada na administração pública, ou em grandes empresas nacionais, quando detêm capitais públicos. Os sindicalistas actualmente em actividade, fazem parte dos quadros destas empresas, ou da própria administração pública, estando dispensados de exercer as funções laborais, mas continuam a receber mensalmente o seu vencimento, ora é precisamente esta lógica, que mantém muitos deles agarrados ao lugar, sempre contra qualquer reforma ou privatização, lá se ia o cargo sindical, completamente alheados da realidade laboral dos portugueses, nomeadamente os mais jovens, já que defendem precisamente interesses corporativos instalados, que impedem a renovação e modernização. Quando os sindicatos representam de facto os trabalhadores, como no caso da Auto-Europa, é possivel negociar, obter acordos, e normalmente não alinham em greves gerais e outras lutas políticas, já que defendem o posto de trabalho dos seus representados, ao invés, a maioria dos sindicatos representativos dos diversos sectores do estado, sabem que no final do mês o salário está garantido, o posto de trabalho idem, pelo que são muitas vezes mais sensiveis aos interesses políticos dos seus patrocionadores, a quem prestam contas, do que aos trabalhadores que representam. Seria bom alterar a actual legislação que permite este estado de coisas, e colocar os sindicalistas a trabalharem nos seus postos, um sindicalista deveria ser em primeiro lugar um trabalhador, e não apenas tê-lo sido há uns anos atrás, para que não se percam as noções de quem está a ser representado, e talvez até consigam atrair novos filiados ao movimento sindical. De contrário, um dia destes, apenas existirão sindicatos para trabalhadores ligados contratualmente ao estado, de forma directa ou indirecta, já que os demais, não encontram quem os represente.

1 comentário:

Nuno Raimundo disse...

bOAS...


Se neste momento actual do Emprego em Portugal a maior parte dos trabalhadores sindicalizados pertencerem à Função Pública ou ao sector empresarial do Estado, somente se deve à agravante Precariedade que se vive em Portugal.
Onde as garantias e regalias laborais são cada vez menores e onde as relações/contratos laborais cada vez piores.
Por isso não se vê no sector pricvado gente sindicalizada, não vá o "patrãozinho" saber e não renovar o conbtrato por ter "dissidentes" ou "vermelhos" nas suas empresas...

;)

Mas também defendo uma maior renovação nos quadors dos sindicatos, para não se criarem vivios de estar e se irem moldando aos tempos em que "vivem".
Mas compreendo o porquê de existirem dirigentes sindicais a tempo inteiro(pois estive no meio) e com tantos problemas que os socios têm para resolver ( só que não conhece o meio é qu e não sabe que existem tantos), que é necessário a sua existência.
Pena é que exista tb muita gente que se aproveita das necessidades dos sócios(trabalhadores) para se perpetuar no cargo.
E nesse caso estou com o António na critica a tais atitudes. :)

abr...prof...
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