21/03/2008

o eduquês

-Os burocratas do ministério da educação, sentados nas suas secretárias da 5 de Outubro, puderam ontem assistir, ao resultado das suas políticas implementadas nas últimas décadas, o eduquês em todo o seu esplendor. Aquela turma, julgo que o 9º C, da escola secundária Carolina Michaelis, acabou prestando, ainda que involuntariamente um grande serviço ao país, hoje sabemos exactamente, que as escolas funcionam apelando ao bom senso e colaboração de pais e alunos, sem que os professores exerçam qualquer tipo de autoridade. Não é permitido suspender ou expulsar um aluno, procuram-se todas as formas de facilitismo, que visem evitar reprovações, para orgulhosamente se exibirem estatísticas, permitindo que os jovens sejam formados numa cultura onde impera a bardinagem, o desrespeito pelas mais elementares regras de civismo, educação e respeito pela autoridade. Exige-se ao governo que tome medidas, naturalmente não para resolver este caso concreto, mas que possibilite á escola uma maior autoridade, autonomia, onde os professores saibam exactamente as suas competências, e assumam as responsabilidades, quem não quiser, saia do sistema, existem outras profissões, e os alunos, passem a estar OBRIGADOS a comportamentos sociais aceitáveis, sob pena de suspensão, expulsão para reincidentes. Os paizinhos podem começar por dar chazinhos ás criancinhas, e educarem os seus filhos em casa, não podem é exigir da sociedade, que esta seja obrigada a aturar e corrigir, o resultado dos fracassos e frustrações familiares.

3 comentários:

Tiago R Cardoso disse...

permite-me reproduzir o que escrevi lá no nosso lugar.

Não imagino sequer uma sala de aulas onde o telemóvel esteja ligado, tocar a meio da aula.

Uma questão de simples bom senso que deveria ser incutido aos alunos, pelos país, pela escola e professores.

Evidentemente que no caso concreto a reacção da professora não foi a correcta, telefone a tocar na aula ou a usa-lo, nem se discutia nem se apreendia o objecto, simplesmente rua.

São disse...

Acho que anda tudo de cabeça perdida e a socieade inverteu os poucos valores que ainda tem.

Há anos que se previa esta situação, mas nada se fez. Como sempre, aliás!

E ainda temos criaturas idiotas com Emídio Rangel a insultar a classe docente!!!

Doce Páscoa, em boa companhia.

Samuel de Paiva Pires disse...

Caro António, estou em pleno acordo consigo, pena que as criaturas que dirigem o Estado não se prestem a ler o que diz, que muito mais gente também diz!

Mas pior do que o facilitismo ou a abusiva condescendência que tem sido característica do actual regime, é o facto dos paizinhos se demitirem cada vez mais das suas responsabilidade em educar os filhos.

E não são só os paizinhos das crianças dos bairros desfavorecidos e guetos. Casos conheço de pessoas de chamadas "famílias de bem" que são autênticos selvagens mal educados, e o tal vídeo também se passa numa escola que é frequentada por uma certa elite do Porto.

Um abraço
Samuel