-Passados quase 3 anos da ida do Dr. Durão Barroso para Bruxelas, Portugal ainda não encontrou um rumo (se é que o tinha antes), vai ser agora editado um livro que entre outras revelações nos irá dar (ou apenas tentar) a perceber de que forma o Dr. Jorge Sampaio tentou evitar que o Dr. Santana Lopes fosse nomeado primeiro-ministro, mas não era ele o presidente da república à época? Porque o nomeou? Não poderia ter dissolvido logo ali a assembleia? Depois veio o governo efémero e trapalhão do Dr. Santana Lopes, não tenhamos agora a mínima dúvida de que nem deveria ter tomado posse, aliás provalmente nem o próprio hoje terá muitas dúvidas a esse respeito, e depois qual D. Sebastião, emergindo dum PS também envolto em nevoeiro e contradicções internas, apareceu José Sócrates, com um novo discurso, veio-se a comprovar mais tarde, que foi mesmo só novo discurso, a práctica manteve-se, ganhou o PS, primeiro, e depois o país, e logo com uma maioria absoluta que a ninguém deixou dúvidas, pelo menos na altura, elas surgiram quase de imediato após a tomada de posse com o então ministro das finanças, Campos e Cunha, que questionou os faraónicos investimentos OTA e TGV, e logo foi afastado pela sempre eficaz máquina do PS, tão empenhada que estava em ocupar todos os lugares no aparelho de estado, não iria pois abrir mão de dois sorvedouros de dinheiro que irão (ou iriam, a ver vamos), empregar muitos titulares do cartão rosa. O país, distraído, não ligou, o ministro das finanças foi substituido por Teixeira dos Santos, há que reconhecer que não é dos piores, mas também não será dos melhores, enfim, faz o que lhe mandam, também foi por isso que o nomearam, e depois passados 2 anos o PS e o seu governo estão a braços com uma opinião pública cada vez mais descontente, mais interventiva, não aquele tipo de intervenção truculenta e aos berros que o PCP gostaria, aliás tentaram aproveitar a maré com uma greve geral, mas não conseguiram aproveitar a corrente, e a greve foi um evidente fracasso, a oposição à direita bem tenta, mas tirando uma ou outra vitória pontual, e a vitória nas autárquicas, também só se envolveram em contradições internas, não existindo, e esse é o grande drama, uma alternativa à política dos socialistas, não por qualquer especial mérito destes, mas por manifesta incapacidade dos partidos da oposição, o PSD então é um caos, a C.M.L. bem o demonstra, liderança é coisa que por aquelas bandas não existe, quanto ao PP, foram 2 anos perdidos em lutas internas, e a oposição ficou entregue a quem? á sociedade cívil, os blogues que foram denunciando erro após erro, a política do governo, as trapalhadas em que os seus próprios ministros o envolveram, penso que hoje em dia, o PS e o primeiro ministro têm mais receio duma intervenção pública dos seus membros, do que de toda a cúpula do PSD, incapaz de fazer oposição, veja-se ontem as declarações da sra ministra da educação, sobre a repetição dos exames após decisão do tribunal constitucional, mais parecia uma ministra do ditador "Chavez" do que uma ministra da república portuguesa, tal o desrespeito demonstrado por uma decisão judicial, então não é ao governo que cabe em primeiro lugar a defesa dum estado de direito? depois a conferência do costume, a dizer que foi mal interpretada, não era bem aquilo, etc, para já não falar em Manuel Pinho, Correia de Campos e principalmente Mário Lino, que já enriqueceu e muito o anedotário nacional. Não esquecer o próprio primeiro ministro, fortemente desgastado na opinião pública, a continuarmos neste rumo não me admiraria a implosão do governo, o pior é o estado da oposição, que não promete nada de melhor!...
23/06/2007
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