-Ora aqui está uma questão sobre a qual não tenho uma posição definitiva, até porque não conheço os contornos do tratado, quer dizer, aderimos à U.E., e não se fez referendo, assinámos Mastricht, o que obrigou a uma revisão constitucional, sem referendo, aderimos à moeda única, sem referendo, estávamos dispostos a assinar a constituição europeia sem referendo, só não houve efeitos prácticos porque a mesma ficou letra morta após os referendos de França e Holanda, já se levantou a hipótese de submeter a referendo uma pergunta sobre a europa, mas sem ser sobre aprovação dum tratado, esta então não lembra a ninguém, ia-se referendar o quê? se queremos ser europeus ou africanos? resta então conhecer os contornos do tratado para, pelo menos eu, tomar posição sobre o assunto, quer dizer se o tratado consagra meia dúzia de princípios gerais sobre a civilização europeia, não vale a pena gastar o dinheiro do contribuinte a promover um referendo sobre questões que em princípio estaremos todos, ou uma imensa maioria de acordo, agora se o tratado for algo de mais profundo, que implique a perca, ou transferência, como queiram de soberania, e obrigue a uma revisão constitucional, então faça-se o referendo, quem não deve não teme, muitos cidadãos serão certamente a favor da construção europeia, pelo menos as sondagens afirmam-no, mas então de que têm medo? a construção europeia não deve ser feita nas costas dos principais interessados, os europeus, e no que a Portugal diz respeito, por razões estratégicas de PS e PSD, ou talvez antes de José Sócrates e Marques Mendes, cada um por sua razão, se perca mais uma oportunidade de discutir a europa, e o modelo que se pretende para a construção, desenvolvimento e funcionamento da U.E.
25/06/2007
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