01/06/2007

Economia vs desemprego

-Não sendo economista, aliás nesta matéria os meus conhecimentos são até um pouco básicos, percebo que um decréscimo do desemprego está dependente do crescimento da economia, e do aumento da produtividade, e embora sendo o emprego um direito consagrado em constituição, o problema é simultaneamente simples e complexo, parece um paradoxo, mas vou tentar esclarecer a minha opinião, muita gente acha-se com direitos, ambicionam um salário digno, procuram estabilidade no seu posto de trabalho, querem disfutar duma boa qualidade de vida, mas isso não é o que todos desejamos? O problema é o que estamos dispostos a fazer para conseguir alcançar o sucesso que ambicionamos para nós próprios, os que estamos dispostos a fazer algo, porque muito boa gente, e eu fui conhecendo alguns ao longo da vida, só inveja e sonha com a qualidade de vida que os vizinhos, conhecidos, amigos ou familiares conseguiram alcançar, mas está disposta a trabalhar muito pouco para melhorar a sua própria vida, quanto mais estar disponível para melhorar a rentabilidade da sua empresa, factor garante da preservação do seu posto de trabalho. Fico abismado com a qualidade de alguns trabalhadores deste país, há uns tempos por ex. entrei numa loja de marca no C.Com. Colombo, estavam 2 jovens funcionários olhos postos nos telediscos que passavam nos ecrãs, fui ás prateleiras, procurei um determinado artigo que não encontrei, olhei para o balcão, e como ninguém me prestou a mínima atenção, saí da loja sem que nenhum dos 2 funcionário me tivesse dirigido palavra. Mais recentemente dirigi-me em trabalho a um estabelecimento, entrei, dei os bons dias, estavam 3 funcionárias sentadas a ler revistas cor de rosa, sem que nenhuma se dignasse levantar-se e dirigir-se-me, uma delas perguntou-me sentada, "o que deseja?". Se fosse cliente, ter-me-ia certamente vindo embora. Restaurantes, pastelarias, então estamos conversados, repartições públicas nem falar na qualidade com que somos atendidos. Pergunto, como se pode pagar mais a pessoas com este tipo de comportamento? Que fazem para manter a sua empresa a funcionar e assim segurar o seu posto de trabalho? Nada! Já nem falo dos trabalhos que os portugueses, mesmo aqueles que estando desempregados, e sem qualificações académicas, ou qualquer experiência profissional não querem desempenhar, e se muitos falam que importamos muitos imigrantes, a verdade é que para certas funções, mesmo pagando bem, não se arranja quem as queira desempenhar. Há uns anos tive a infelicidade de partir um braço, acidente de trabalho, fui submetido a intervenção cirurgica, tive de parar durante um mês, pois tive a mão engessada, e seguiu-se a fisioterapia, onde pedi eu, alta médica para poder trabalhar, tendo-me tal pretensão sido concedida com 30% de limitação, e embora eu entre ao serviço ás 9 horas, todos os dias estava no centro de fisioterapia às 08,30, para não me demorar muito, e acabava por trabalhar a 100%, já que ultrapassava sempre o meu horário de saída, porque faltava-me à tarde, o tempo que tinha gasto de manhã, isto durou 3 meses. Fiquei espantado, quando vi, não me disseram, vi, pessoas que tiveram alta antes de mim, aleijarem-se propositadamente para voltarem a estar de baixa. Claro que estes casos até podem não ser a maioria, espero bem que não o sejam, mas enquanto existirem, e se sentirem protegidos, não irão lutar por nada, continuando a serem parasitas da sociedade, e puxando a economia para baixo, e engraçado, não percebo por que razão estes casos não são denunciados pela maioria da esquerda, e são desculpabilizados pelos sindicatos, que arranjam sempre causas, culpando as empresas e os empresários, claro que também muitos empresários existem que não são dignos desse nome, que são prepotentes, corruptos etc., mas também muitos trabalhadores não são dignos de serem chamados de trabalhadores. Custe a quem custar, todos os casos de parasitismo devem ser denunciados e não desculpabilizados.

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