-Esta parece ser a preocupação de muito boa gente, a começar por certa comunicação social e alguns políticos cá do burgo, quais virgens ofendidas, pois e aí têm razão, mas só aí, não existem almoços grátis, quem é que agora se lembra de apresentar um novo estudo e parar o processo de construção da OTA, que já parecia irreversível? Em primeiro lugar, foi a sociedade cívil, que se substituiu ao governo, ainda que através de pessoas suspeitas de ocultarem algum interesse na matéria, e pergunto eu, haverá alguém neste país que seja inteiramente desinteressado? Quem? os autarcas do Oeste, que tem coleccionado apoios políticos no mínimo, até Coimbra? Então querem que Portugal tenha um aeroporto, bom por sinal, no Norte ( Porto ), outro no Centro ( OTA ), além do mais turístico de todos a Sul ( Faro )? No meio, nada, ficará o deserto? São estes os srs que estão agora preocupados com quem terá pago um estudo, ou estarão preocupados com os resultados do estudo? Porque toda a gente sabe que em primeiro lugar para construir a OTA, o estado ( ou seja nós, e os nossos impostos ), terá de desembolsar milhões de Euros para expropriar os donos dos terrenos, no Sul ( em Alcochete, mas não só), não terá de gastar um cêntimo a expropriar os terrenos, porque estes já lhe (nos) pertencem. Depois, e não percebendo nada, confesso, de tráfego e segurança aérea, tenho ouvido por parte dos pilotos reservas em relação à segurança na OTA, também são parte interessada? Claro que sim, são eles que voam quase diariamente, e são responsaveis pelas vidas dos passageiros, das tripulações e das suas próprias, são os que têm o mais legítimo dos interesses. Por fim toda o país já percebeu, só falta divulgar os orçamentos ( não incluindo as derrapagens, tão frequentes em Portugal), quanto custa construir a OTA? Quanto custa construir Alcochete? Não me venham com a questão da pressão urbanística sobre a zona envolvente, basta que não se licenciem mais terrenos envolventes como terrenos urbanísticos, a aqui é uma questão política, e dos políticos serem ou não permeáveis aos interesses imobiliários, que por sinal na OTA também existem, fora os acessos, a A1, mesmo com 3 faixas em cada sentido, já está hoje saturada, vão alargá-la? construir outra? como? onde? quanto custa?, pelo contrário a opção Alcochete com os nós rodoviários existentes nas redondezas, tem viabilidade, quer nas deslocações dentro da margem sul, quer nos acessos fáceis a norte, não tendo que passar por Lisboa, está perto de Samora Correia, só falta um troço de ligação a Benavente, e a melhoria, essa por sinal bem possível da recta do Cabo, para ligação á A1 a partir de Vila Franca de Xira. E nem será necessário construir o TGV, pelo menos pela razão de existência e localização do aeroporto, para, e ainda, a OTA a ser construida não poderá ser ampliada, Alcochete pode ver a sua capacidade duplicada, e com todas estas questões, o importante é saber quem pagou o estudo, e que interesses esconde? Interesses existirão em todos os campos, no Oeste, a Sul do Tejo, ou qualquer outra que fosse possível localização, e depois existe o meu interesse, que coincide com o da esmagadora maioria dos portugueses, mesmo os de Bragança, Minho ou Algarve, que é o interesse enquanto contribuintes, ver o estado fazer o melhor possível, gastando o mínimo, porque afinal o dinheiro é nosso, e neste país já com tantos problemas, o dinheiro não abunda, ou será que o interesse dos cidadãos não é o mais importante?
16/06/2007
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário