02/06/2007

Redução demográfica

-Todos já ouvimos dizer que a população está a envelhecer, mas ainda nenhum governo atacou verdadeiramente o problema, e este é um grave problema estrutural, que no futuro colocará em causa a sobrevivência do próprio país, para além de todo o modelo de sociedade em que vivemos. E ainda há quem seja contra a imigração, a continuarmos neste ritmo é que iremos mesmo acabar por ser um deserto, e não só a sul do Tejo, é sabido, que ao contrário do que acontecia outrora, e ainda bem, as mulheres ingressaram no mercado de trabalho, apostam nas suas carreiras, casam-se cada vez mais tarde, o relógio biológico não perdoa, muitos casais por dificuldades económicas optam por ter apenas um filho, outros há que não conseguem ter mais do que um, além daqueles que não conseguem ter nenhum, e que faz o estado? Nada! Tratamentos de infertilidade são caríssimos, a taxa de sucesso é relativamente baixa, o estado não o faz a mulheres com mais de 38 anos, ora acontece que mutias mulheres só por volta dessa idade têm a carreira estabilizada, e condições económicas para ter filhos, e não se deve acusar as pessoas de serem egoístas, ou só pensarem nelas próprias, porque qual é a política de apoio á maternidade que existe neste país? Nenhuma! Ter um filho dá direito a 4 meses de baixa, ou 5 recebendo apenas 4, e se o casal não tiver familiares onde deixar a criança após esse período, ou não ganhar o suficiente para pagar, e bem caro por sinal, onde deixará a criança? Leva-a para o trabalho? Que benefícios fiscais têm os casais com 2 ou mais filhos? Façam as contas, e verificarão que o que lhes é permitido deduzir não chega sequer para alimentar um. O estado terá de fazer um investimento sério, se quiser inverter a tendência, ora o estado somos nós, vai-nos sair caro, mas valerá a pena no futuro, caso contrário, o sistema de segurança social inevitavelmente irá falir, e com ele, Portugal será economicamente arrastado para um abismo, e para subsidiarmos estas políticas teremos de arranjar dinheiro noutros lados, por exemplo poupar nos gastos do próprio estado, reduzir despesas desnecessárias, combater a fraude e a evasão fiscal, redimensionar o próprio estado, reduzindo os serviços que este presta ao mínimo essêncial, educação, saúde, segurança etc, apostar no desenvolvimento tecnológico. Sem reformas de fundo, Portugal não terá futuro!

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