-Primeiro encerraram-se maternidades, não tenho conhecimentos que me permitam aferir da racionalidade ou não de tal medidas, com mais ou menos polémica, o governo lá levou a água ao seu moinho, tirando um ou outro caso, até porque a taxa de natalidade tem baixado nos últimos anos, e porque a esmagadora maioria dos partos são hoje planeados, e programados, claro que existirá sempre uma ou outra excepção, um caso que se torna mais urgente, mas esta não era das reformas mais dificeis da fazer na área da saúde, e mais erro menos erro, sempre passível de rectificação, aqui foi francamente mais fácil, pese embora a contestação em que o ministro se viu envolvido, até porque é normal nos membros deste governo, sofrerem todos de autismo, e se tivesse existido maior bom senso neste ou naquele caso, e teria sido bem menor o problema. Agora vem o encerramento das urgências, tendo o caso de Vendas Novas ganho visibilidade, embora por razões trágicas, pelo menos para uma sra., e mesmo ainda faltando definir o nexo causa/efeito, vale a pena refectir sobre Vendas Novas, porque não é caso único, e pode-nos bater à porta sem aviso prévio, infelizmente. A urgência, é em si mesma, isso mesmo, urgente, quer dizer que todos deveríamos ter acesso a uma urgência o mais próximo possível, e compreendendo que não podemos ter um hospital em cada localidade, aí penso ser tão óbvio, que gera um consenso alargado. No mínimo em cada sede de conselho deveria existir um serviço de atendimento urgente, com métodos de triagem, em que falsas urgência não me choca que seja cobrado ao utente um valor mais elevado, no fundo o valor duma consulta, enquanto nos casos realmente urgentes aí é necessário que todas as unidades estejam equipada com métodos de suporte de vida, e tratamentos rápidos, para tratar de imediato entre outras situações, ataques cardíacos,AVC, além de pequenas cirurgias para fracturas ou intervenções que não necessitem de internamento. A saúde é um bem que podos os utentes querem preservar, pela qual até estão dispostos a pagar, agora querem é, bom atendimento e qualidade no mesmo. Deslocar alguem que acaba de sofrer um ataque cardíaco, ou um AVC, mais de 50 kms, é um crime, que a ser posto em práticavai lesar muita gente. E depois? Descontemos este caso de Vendas Novas cujos contornos não conheço muito bem e estão a ser investigados, se o estado não presta aos cidadãos os cuidados de saúde mais básicos, então que Serviço Nacional de Saúde temos? Vale a pena repensar todo o modelo, o dinheiro não é ilimitado, aí estamos todos de acordo, combate ao desperdício de meios e dinheiro, idem, mas limitar os gastos não significa necessariamente encerrar serviços, nomeadamente urgências, até posso aceitar que um utente tenha de se deslocar para uma consulta, em que termos é outra questão, já não aceito que se tenha de deslocar para uma urgência, porque neste caso, o próprio nome diz tudo, urgência!... Combatam-se as falsas urgências, fazendo pagar uma consulta a quem elas recorre, redistribuam-se os serviços de especialidades pelo país, não deixando nenhuma zona, nomeadamente no interior ao abandono, por forma a melhorar os meios e racionalizá-los, com as melhores equipas possíveis, combata-se também o despesismo, mas normalmente não são os operacionais, leia-se médicos e enfermeiros, os responsáveis pelos gastos da saúde, livrem-se de acessores e burocracias, livrem-se de chorudos ordenados não produtivos nas ARS's, nomeadamente em lugares de nomeação política, ou então, mantendo o Serviço Nacional de Saúde como público, façam uma concessão a privados, que eles conseguem reduzir os gastos e aumentar a eficiência. Reformem, mas façam-no bem, não atabalhoadamente como é apanágio deste governo e deste ministro. Faça como o primeiro ministro tanto gosta de dizer, importando as boas prácticas europeias, e não à portuguesa!...
18/06/2007
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