11/10/2007

Controlar as finanças públicas é insuficiente

Quem o afirma é Cavaco Silva


-O presidente da república, Anibal Cavaco Silva, afirmou hoje que em matéria de economia é necessário mais que controlar as finanças públicas, fazendo lembrar outros tempos, em que o seu antecessor afirmou existir mais vida para lá do défice. Cavaco Silva apelou á necessidade de criar confiança nos agentes económicos, como forma de retomar urgentemente o crescimento, e voltar a convergir com os países europeus, sendo para tal necessário uma aposta estruturada nas exportações, e não baseadas em oportunidades de negócio conjunturais. Isto num dia em que o governo anuncia a redução do défice público para 3%, valor que os economistas afirmam insuficientes para baixa de impostos, com o FMI a apresentar um relatório que elogia a redução do défice, mas regista um fraco crescimento económico. Claro que o governo irá embandeirar em arco com a redução do défice, o qual deverá baixar no próximo ano para 2,4%, mas sem crescimento económico, a economia real dos cidadãos continua estrangulada sem ver aumentos no poder de conta, as empresas sobrecarregadas por uma fiscalidade excessiva, e o governo anunciando desde já que a redução do défice permitirá realizar investimento público, ou seja mau investimento, pois o estado comprovadamente não sabe investir, sempre que gasta, gasta mal. O estado continua a ter um peso excessivo na economia, sustentado por uma brutal fiscalidade sobre cidadãos e empresas, com apetites insaciáveis, que tendem a aumentar, em lugar de procurar baixar a carga fiscal, pois os cidadãos aplicam indubitavelmente o dinheiro melhor que o estado, conseguindo gerar riqueza e criando emprego, algo para o qual o estado não está vocacionado, e sempre que o tenta, faz mal!

1 comentário:

SILÊNCIO CULPADO disse...

Concordo com o que aqui é referido. Há vida para além do déficit e o passo mais importante, e que ainda não foi dado, é o de restaurar a confiança dos investidores privados que estão a fugir em grande número para Espanha e a criar naquele País os postos de trabalho de que necessitamos.