Agência Financeira - Crise no imobiliário agrava-se em Portugal
-Por vezes surgem notícias que de todo não me surpreendem. Esta é uma delas, o agravamento da crise no mercado imobiliário em Portugal, e não me surpreende por se ter andado anos e anos a encher o balão da especulação. Espero que o Estado se abstenha de intervir, sei que é dificil, que existem pessoas com dificuldade, e o governo é socialista, mas cada vez que o Estado intervém na economia, é asneira pela certa, para além de distorcer o mercado. Todos temos ambições, e o legítimo direito de querer habitar a casa dos nosso sonhos, mas a economia tem limites, e todos temos de perceber a real capacidade de endividamento que possuimos, não chega olhar para o valor mensal a pagar quando os juros estão baixos, num empréstimo a longo prazo, é necessário pensar que os juros mais cedo ou mais tarde irão subir, isto é válido para quem solicita o crédito, mas também para quem o financia, ou seja os bancos, que atraem muitos clientes com expectativas e promessas vãs, e agora têm o belíssimo resultado da sua eficiente gestão na subida do crédito mal-parado. Os construtores e promotores imobiliários, não podem ficar isentos de responsabilidade na situação que o mercado atravessa, têm construido casas cada vez mais caras, por vezes inflacionadas através de equipamentos de utilidade duvidosa, sem se preocuparem com a capacidade de escoamento no mercado das habitações que foram construindo, construiram ainda mais, provocando o manifesto excesso de oferta existente hoje no mercado, face á procura, o que levou à desvalorização no mercado de usados em primeiro lugar, e dos novos de seguida. Se o Estado ficar quieto, o mercado ajusta-se, talvez até seja propício ao aparecimento do mercado de arrendamento, neste momento, completamente inerte, atrás de uma crise, surge sempre um período de desenvolvimento.
23/10/2007
Crise no mercado imobiliário
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
2 comentários:
Penso que é preciso dar um estouro muito grande na capacidade de endividamento dos portugueses para os preços baixarem. Mas nós conseguimos chegar lá...
Ora, não haveria a crise de aqui chegar também?
Enviar um comentário