30/10/2007

Democracia chega hoje ás farmacias

J.N.-Farmácias liberalizadas com críticas do sector

-A partir de hoje, qualquer um de nós, simples mortais, poderá tornar-se proprietário duma farmácia, uma das poucas actividades empresariais que até ontem estava na posse duns quantos iluminados, beneficiários duma legislação corporativa, em vigor desde os tempos de Salazar. Qualquer um de nós poderia ter um negócio na área da saúde, fosse um hospital ou simples consultório, sem que obviamente pudessemos exercer medicina, questão que nunca estev em causa, para funcionar teriamos de contratar médicos, enfermeiros, devidamente credenciados para a função, o mesmo se passará a partir de agora com as farmácias, posso tornar-me proprietário sem ser farmacêutico, terei de contratar 2 profissionais habilitados para a função, sendo um deles director técnico. A ANF afirma-se preocupada, pudera, lá se vai a exclusividade num dos negócios mais rentável, logo apetecível, utilizando argumentos como a defesa duma lógica de serviço á população, não estará assegurado pelo código deontológico dos profissionais contratados? falam em degradação dos serviços, possível falta de ética, numa lógica de lucros imediatos, mas não tivemos já farmácias implicadas em casos fraudulentos que procuraram ludibriar o Estado? as farmácias envolvidas, felizmente poucas, eram pertença de farmaceuticos. Mais, os titulares das novas farmácias estarão obrigados a garantir serviço á comunidade em que se inserem, como a participação nas escalas de farmácias de serviço, pois a actividade continuará a ser objecto de apertada regulamentação.

2 comentários:

quintarantino disse...

Aqui nem vale a pena perder muito tempo a divagar. É uma medida oportuna que, por mero acaso, até peca por tardia.

SILÊNCIO CULPADO disse...

Pois, eu até concordo com esta medida. Quase todos os países desenvolvidos a têm. Acho que é uma boa medida.