14/10/2007

Pedro Santana Lopes - I

-Muito se tem escrito e afirmado sobre este político, que desperta sentimentos contraditórios, dentro e fora do seu próprio partido. Desde injustiçado, por não lhe ter sido dada oportunidade de mostrar valor, a perigoso e imprudente fala barato, tudo serve para caracterizar Santana Lopes. Eleito na Figueira da Foz, primeiro, seguindo-se-lhe uma histórica, apesar de curtíssima, vitória, num disputadíssimo acto eleitoral que o opôs a João Soares, tendo-lhe caído em 2004 de forma totalmente inesperada, o PSD, e o governo por inerência, nas mãos, acusado de populismo, conduziu o partido a um dos piores resultados da sua história, muitos vaticinaram então o fim político de P.S.L., o qual proferiu no congresso em que passou a liderança do partido a Marques Mendes, a já célebre frase, "vou andar por aí". Enquanto politicamente morto e enterrado, iniciou uma travessia do deserto, consciente de que os ventos da história não sopravam a seu favor, aguardando por uma oportunidade, eis que ela surje, servida de bandeja pela SIC Notícias, numa discutível opção editorial, preferindo transmitir em directo a saída de José Mourinho no terminal do aeroporto, interrompendo assim, a entrevista que Santana Lopes dava nos estúdios da estação. P.S.L., com a sagacidade política que se lhe reconhece, aproveitou a oportunidade que inesperadamente lhe foi servida, marcou pontos, até junto de críticos e detractores, qual fénix, renasceu das cinzas, aparecendo este fim de semana no congresso do partido, reivindicando o seu espaço, infuciando não só os resultados, como o normal decorrer dos trabalhos. Esteve bem P.S.L., independentemente dos interesses partidários, em defesa dos seus próprios valores e interesses!...

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