25/10/2007

Mais que uma nova Constituição, é necessário mudar de regime!

-Ontem foi publicado no J.N. um ranking das escolas secundárias, no qual as privadas apareciam mais bem colocadas que as públicas, facto que não poderá constituir surpresa a quem quer que viva em Portugal. É frequente vermos estudos comparativos com outros países, ocupando Portugal invariavelmente os últimos lugares, no que diz respeito a crescimento económico, saúde, educação, entre outros indicadores utizados para aferir o nível de desenvolvimento que um país atravessa. Nestas alturas muito se discute, muita opinião é publicada, modelos ideológicos são confrontados, tudo para se chegar a lado nenhum. Portugal é hoje um país deprimido, sem rumo, cada vez mais na cauda da Europa, constantemente ultrapassado pelos países que mais recentemente aderiram á U.E., atravessando uma crise económica e social, da qual não se percebe bem, como e quando poderá sair. O regime constitucional vigente, incorporado de complexos socialistas, como educação pública, saúde tendencialmente gratuita, não consegue cumprir-se, não sou eu que o afirmo, mas todas as políticas governamentais postas em práctica ao longo dos anos, por exemplo a saúde tende a ser gratuita, mas quase todos a pagamos, e cada vez mais cara, sem que o serviço prestado aumente de qualidade. Será altura de repensar o próprio regime, ponderando uma profunda revisão constitucional, que liberte o país de complexos ideológicos, apostando na liberalização da economia, capaz de gerar e redistribuir riqueza, já que o Estado, com todas as suas empresas públicas, institutos, direções, entidades, e demais sorvedouros do dinheiro do contribuinte não é manifestamente capaz de o fazer. Tal diminuição de serviços deverá ser acompanhada de consequente diminuição da asfixiante carga fiscal, que impede o investimento, quer de contribuintes privados ou empresariais. Não estou a defender uma liberalização selvagem, sem regras, pois deveremos sempre possibilitar através dos nossos impostos a manutenção de serviços básicos, como a saúde ou o ensino, a quem deles necessitando, por factores adversos não os possa suportar, mas é urgente terminar com os actuais factores constantes de sub-desenvolvimento, como empresas públicas altamente deficitárias, como justificar a TAP, CP, Carris, Metro, entre outras, que têm delapidado os nossos bolsos ao longo dos anos? Este modelo socialista está manifestamente falido, remendá-lo com alíneas liberais, mantendo na essência os vícios do sistema, é termos o pior de dois mundos, não aproveitando o que de melhor possuem as economias liberais, que é a redistribuição da riqueza, que gera investimento, dando por sua vez origem à criação de emprego. Gostei de ouvir há duas semanas Luis Filipe Menezes falar na necessidade de Portugal criar uma nova Constituição, mas tenho sérias dúvidas que do actual PSD possa surgir algo que se aproxime sequer das necessidades de desenvolvimento do país.

1 comentário:

Alda Inácio disse...

Senhor Antonio, venho aqui muito humildemene beber de vossa sabedoria e convid´-lo a escrever um post para o S.O.S. miséria. Será que poderei contar com sua ilustre escrita por lá ? Olha que será um prazer. O senhor, mais a Ninho de Cuco, mais a Nômada, e o Tiago foram recomendados e não digo por quem.
Beijinho

Alda