20/02/2008

Neo-socialistas

Promulgada a lei dos vínculos, carreiras e remunerações - Diario Economico

-O Presidente da República promulgou hoje a lei dos vínculos, carreiras e remunerações. Expurgados do diploma os dois artigos que colocavam em causa a independência do poder judicial, como na altura do primeiro veto referi, a lei poderá não ser perfeita, sendo eventualmente desejável o seu aperfeiçoamento, no entanto o diploma contempla algo de extremamente positivo para o aumento da produtividade, o fim das progressões automáticas, uma bizarria só compreensivel em sociedades socialistas e retrógradas. Alguém que avança na carreira sem mérito no desempenho da sua função, apenas porque atingiu determinado tempo de serviço, é um convite á mediocridade, á inércia, a que apesar de tudo alguns, os bons teimam em resistir. Entrar de manhã ao trabalho, olhar para o relógio, e suspirar pelo final da tarde, chegar ao dia do aniversário e desejar ser mais velho uns quinze anos, pois só assim poderá ver o seu trabalho recompensado, é o estado de espírito que os neo-socialistas procuram impôr nos trabalhadores, mas como todas as opressões, esta também verá o seu fim, libertando os bons do estigma das progressões automáticas, terminando com a frustração de não se poder pagar condignamente perante uma boa avaliação de desempenho.

4 comentários:

Blondewithaphd disse...

Eu defendo acerrimamente, aliás, a meritocracia, mas neste país tenho sempre as minhas dúvidas da sua aplicabilidade. Chamem-me desconfiada, pessimista e etc. mas há sempre esquemas e esqueminhas para os bons ficarem, mais frequentemente do que não, na cepa torta.

Tiago R Cardoso disse...

Subir por mérito ?

Em Portugal ?

Eu não acredito, serão raros os casos, infelizmente...

joshua disse...

Infelizmente, não a meritocracia o espírito de estas reformas, mas a desatractividade nelas como forma sem espinhas de desalijar carga humana ao Estado.

joshua disse...

Para haver mérito é preciso acreditar no seu reconhecimento. Como isso não acontece, ninguém se esmera por coisa nenhuma.