01/02/2008

100 anos sobre o regicídio

D.N.-Defesa proíbe Exército na evocação a D.Carlos

--Começo por afirmar que não me considero de forma alguma monárquico, sou francamente adepto de regimes presidencialistas e parlamentos com amplos poderes. No entanto passam hoje 100 anos que um chefe de Estado português, o rei D. Carlos, foi cobardemente assassinado por uma organização terrorista composta pela pior escumalha da época, a carbonária. Esse atentado veio fragilizar o regime monárquico constitucional, que viria a ser deposto em 5 de Outubro de 1910, dando origem á I república, um dos períodos mais tristes e lamentáveis da História de Portugal, onde canalhas do calibre dum Afonso Costa deram cartas, levando a que o povo exigisse ordem, suplicando que alguém restaurasse a dignidade das instituições, o que possibilitou o fenómeno Sidónio Pais e mais tarde o Estado Novo. Ainda hoje, esta república que nunca teve coragem para se legitimar, por exemplo promovendo um referendo, tem dificuldade em honrar a memória dum chefe de estado assassinado em funções, preferindo seguir a doutrina duma certa esquerda, bastando que Fernando Rosas questionasse a legitimidade da banda do exército tocar numa cerimónia de homenagem ao rei, para que os restantes partidos e o próprio governo se acobardassem. A meu ver, o melhor serviço que os historiadores não comprometidos com a esquerda radical podem prestar ao país, será esclarecer em pormenor todo o período da I república, para que o povo português possa saber exactamente o que se pretenderá comemorar daqui a dois anos, e quem foram na realidade os revolucionários republicanos.

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